A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA SOB A VISÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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foi utilizada uma entrevista semiestruturada com perguntas acerca dos principais desafios encontrados pelos professores diante a inclusão de alunos com deficiência. FALTA MONTAR O QUESTIONÁRIO PARA REPASSAR AOS PROFESSORES.

Contextualização Teórica

Temos no passado a valorização do belo, do perfeito e do igual, no qual a sociedade não reconhecia a diversidade. Muitas dessas concepções do passado contribuíram para a exclusão que existe atualmente.

Os corpos com deficiência antigamente foram excluídos e estigmatizados por décadas. No presente, esses corpos passaram a ser vistos como eficiente, revelando assim suas capacidades frente à superação dos desafios, vencendo os seus próprios limites a partir do momento que passaram a ter oportunidade de participar da sociedade. No futuro próximo que sejam compreendidos como seres humanos, dignos de respeito, de direitos e que não existam barreiras para impedir que se superem a cada dia para que assim eles tenham uma nova condição de vida.

Segundo Oliveira et all (2014, p.72) o termo “portadores” pressupõe algo que se “porta”, de que é possível se desvencilhar quando quiser. Retrata como algo temporário, sendo que a deficiência na maioria das vezes é algo permanente, não cabendo o termo “portadores”.

A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa pelo cuidado com a linguagem, através da qual se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência (OLIVEIRA et all., 2014, p. 71). Para Sassaki (2009, p. 15) é preciso promover atividades de sensibilização e conscientização dentro e fora da escola a fim de eliminar preconceitos, estigmas, estereótipos e estimular a convivência com alunos que tenham as mais diversas características atípicas para que todos aprendam a evitar comportamentos discriminatórios.

Segundo Schneider (2003) a inclusão exige da escola brasileira novos posicionamentos que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais adequando às ações pedagógicas a diversidade dos aprendizes.

A escola inclusiva deve ser compreendida como um espaço que reconhece e respeita a diversidade dos educando e educadores, além de combinar todos os alunos em sala de aula regular e lhes proporcionar oportunidades educacionais adequadas e desafiadoras, ajustadas às necessidades e habilidades de cada aluno.

A inclusão é um processo que prevê adequação dos sistemas sociais para a diversidade humana que compõe uma determinada sociedade. Nesse processo é preciso que todos entendam seus potenciais e limitações, o respeito deve ser mútuo inclusive o próprio aluno com deficiência deve reconhecer as dificuldades que a presença da deficiência lhe impõe. Esta relação deve ser de superação e emancipação e não de supressão.

A política de inclusão dos alunos na rede regular de ensino não consiste somente na permanência física desses alunos, mas o propósito de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade, exigindo da escola a criação de espaços inclusivos (SCHNEIDER, 2003).

De acordo com Rechineli et all (2008, p. 303) os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) aparece como primeiro documento oficial que propõe de forma efetiva, o desenvolvimento de práticas pedagógicas voltadas à diversidade propondo o princípio da inclusão através de uma Educação Física aberta a todos os alunos, independente de suas diferenças.

A Educação Física como disciplina introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, facilitando e promovendo a educação do corpo e movimento para a diversidade, formando o sujeito que vai reproduzi-la e transformá-la através dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício da sua qualidade de vida e consequentemente contribuindo com o seu desenvolvimento.

A partir do momento que a Educação Física passa a se preocupar com a motricidade humana adequando metodologias de ensino para atendimento as características de cada pessoa com deficiência e respeitando as suas diferenças individuais ela passa a integrar o princípio da inclusão. Sendo assim ela possibilita a pessoa com deficiência compreender as suas limitações e identificar as suas capacidades, auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação, potencializando o indivíduo de forma a ajudar na construção da sua identidade e das suas competências.

Costa e Sousa (2004, p. 39) relatam que é preciso repensar sobre a Educação Física Escolar e buscar compreender a diversidade, pois é na diferença que ocorre a compreensão dos seus limites e possibilidades, é necessário redimensionar o tempo e o espaço do trabalho escolar e flexibilizar os conteúdos a fim de aprender a lidar com o diverso, o que se torna