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O PROFESSOR E A METODOLOGIA UM ELO ENTRE ALUNO/SALA DE AULA/SOCIEDADE: PORTAS PARA O FUTURO.

Por:   •  24/11/2017  •  1.561 Palavras (7 Páginas)  •  634 Visualizações

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O professor hoje pode ser considerado um aluno porque em suas práticas pedagógicas vindas de metas tradicionais que não trazem a convivência do aluno para sala de aula, têm sofrido alterações no contexto de relações entre conhecimento e aplicações na sociedade, ou seja, onde isto é aplicável? Isso porque os avanços nos meios de comunicação vêm crescendo com muita frequência na sociedade, refletindo na sala de aula e nas práticas docentes.

Motivo que nos faz refletir a cerca da informação em sala de aula por meios digitais de comunicação. Como nos relata FREIRE (2006), a informação é a mais poderosa força de transformação do homem, onde o poder da informação, aliado aos modernos meios de comunicação de massa, tem capacidade ilimitada de transformar culturalmente o homem, a sociedade e a própria humanidade como um todo. O que nos permite entender que os avanços das tecnologias no campo da informação conduzem os indivíduos a se tornarem mais críticos e a correlacionarem fatos sociais a realidade dos mesmos no seu meio de vivência: cultural, econômico, politico, etc.

Os meios de informações são orientadores fundamentais para um bom trabalho do docente visto que

Ensinar é orientar, estimular, relacionar, mais do que informar. Neste novo cenário muda o papel do professor: ele é o orientador e precisa ter uma boa base teórica, saber comunicar-se, estar sempre atualizado, refletir sobre as informações trazidas pelos alunos, aprender e interagir com o aluno. (BARBOSA, 2004, p. 189).

Como também entender que o professor deve estar sempre atualizado e pronto a qualquer interferência crítica por parte dos alunos que hoje são mais críticos, fato que se dá, não por eles não terem mais medo, mas sim por hoje estarem muitas vezes mais informados que o próprio professor com relação a diversos temas.

Fato, que não deve ser entendido como a queda do professor, mas sim como proposta pedagógica para que possam mediar sobre possíveis práticas que estimulem a participação do aluno nas diversas descobertas em sala de aula que dimensionem espaço e tempo.

Reflete-se assim, que “(...) o essencial de todo trabalho educativo é a prática, a avaliação da prática e a volta a prática, após a sua avaliação” (LUCKESI, etal, 2012, p.37). Porém a um equivoco por parte de alguns professores que muitas vezes se recusam a mudar seu ponto de vista com relação a sua prática de trabalho em sala que muitas vezes são de transmissão, onde segundo BORDENAVE (1999) não leva a uma troca de informações entre professor e alunos, alunos e professor ou mesmo entre alunos e alunos.

Para que se tenha um professor preparado há assumir uma sala de aula e contemplar os diversos fatores que comungam em comum na sociedade, é preciso principalmente que os dicentes tomem a decisão de serem autocríticos. Como diz VASCONCELLOS (2008, p. 32), "É preciso um profundo respeito pelo professor, mas, ao mesmo tempo, coragem de questioná-lo para ajudar a crescer". Daí nota-se as dificuldades discentes e posturas docentes quando muitas vezes nem alunos criticam nem tanto professores questionam.

Situação docente que VASCONCELLOS (2008, p.78) posiciona-se e elenca que: "Cabe, pois, ao professor desembaraçar-se de uma posição reativa, defensiva e parti para a autocrítica e (re)construção de sua proposta político-pedagógica". Quando como sujeito de sua prática ele vai se alto-avaliar e daí assumir uma postura de crítico, de um professor que não se prende apenas ao livro didático, mas que estar aberto a todos os meios de informações e práticas que possam vim a ser postas em sua sala de aula. Proporcionando espaço de conflito entre docente e discente.

Onde há conflito, há aprendizado, há formação do sujeito autocrítico; ligeiramente constrói-se a educação um espaço para formação do cidadão (BENETTI, 1996). Preparar o indivíduo para o exercício da cidadania com plenitude social, ética e moral, conduzidas a reprodução do conhecimento de maneira prática e com valores que são estruturados pela sociedade. Um exercício construindo no ambiente da educação pautado na sociedade e mediados na teoria cientifica.

Portanto, contempla-se atualmente que os avanços tecnológicos nos meios de informação, assim como o aumento gradativo na busca e reprodução do conhecimento, acarretaram na educação mudanças que não foram plenamente diagnosticadas por professores e gestores do ensino. Onde a prática para com o aluno ainda é a mesma dos primórdios jesuítas não satisfazendo as necessárias mediações entre conteúdo/aluno/sociedade. Contudo, é preciso que o professor sente-se em uma carteira normal e deixe que seus alunos também se sintam professores. Esse será o marco final do docente deixar de ser “rei e passar a ser o mordomo”.

REFERÊNCIAS:

BARBOSA, JÂNIA Do Valle. Do Giz ao Mouse – A Informática no Processo de Ensino- Aprendizagem. In: COLOMBO, Sonia Simões & Colaboradores. Gestão Educacional Uma Nova Visão. Porto Alegre: Artmed, 2004.

BORDENAVE, Juan E. Dias. Alguns fatores pedagógicos-In: Capacitação de recursos humanos. J.P. Santana e J.L. Castro (orgs), p. 261-268. Natal: editora da UFRN, 1999.

BENETTI, Santos. Por uma educação criativa. São Paulo: Paulinas, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

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