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A GESTÃO DEMOCRÁTICA E SEUS DESAFIOS

Por:   •  15/12/2018  •  2.859 Palavras (12 Páginas)  •  250 Visualizações

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Todavia, a administração escolar não está fora desse contexto capitalista e sofre influências de suas ideologias e valores agarrados no bojo dessa sociedade, de sorte que muitos administradores escolares confundem alunos, ora como clientes, ora como produtos. Não se pode negar, entretanto, que muitos problemas e características que se verificam nos tipos de administração de qualquer empresa também se observam na administração escolar.

Conforme apontado por Lück (2000, p. 11), gestão escolar:

[...] constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E A AÇÃO DOCENTE

A necessidade de um projeto político pedagógico na escola antecede a qualquer decisão política ou exigência legal, já que enquanto educadores e membros da instituição escolar é preciso ter claro a que horizonte se pretende chegar com o aluno, a comunidade e a sociedade, caso contrário a classe docente não estaria exercendo o papel de educador. É preciso ter conhecimento de todas as necessidades que a instituição como um todo anseia.

Nos dias atuais o gestor tem a necessidade de repensar alguns fundamentos na educação, e como iniciar conceitos sobre a educação, quebrando novos paradigmas, como relação à interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, temas geradores de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidades.

Os professores tornam-se também responsáveis pelas formas de organização e gestão. Seu trabalho em sala de aula é a razão de ser da organização e gestão escolar (LIBÂNEO, 2005). É nesta perspectiva, muito útil aos objetivos da gestão escolar democrática participativa que, os professores, compreendam os processos de tomada de decisões dos sistemas educativos e do Estado, percebendo que a escola não está isolada do sistema social, político e cultural. Também é preciso esclarecer como esta inserção social é levada a efeito na escola e nas salas de aula.

São de extrema relevância a compreensão e participação do professor nesta nova concepção de gestão, que está definida, como já citada, em nossa Constituição e na LDBEN. Todavia, faz-se necessário esclarecer que “a organização e a gestão são meios para se atingir as finalidades do ensino” (LIBÂNEO, 2005, p.301) e, não fins, muito menos atitudes estanques em si mesmas.

O profissional da educação passa, na incorporação e construção deste novo paradigma, por transformações na sua identidade profissional e social, deixando apenas de ser professor-pesquisador para também ser professor-ensinador, professor reflexivo, professor formador humano, conhecedor, atuante e analista dos contextos sociais e institucionais, exercendo sua profissão e transformando, concomitantemente, seu local de trabalho.

GESTÃO DEMOCRATICA E PARTICIPATIVA NO CONTEXTO PEDAGÓGICO.

A gestão escolar democrática participativa é concebida como um elemento de democratização da escola, que auxilia na compreensão da cultura da instituição escolar e seu processo e, na articulação das relações sociais, da qual fazem parte, os desafios concretos do contexto histórico que vivenciamos. A construção do processo de gestão escolar democrática participativa implica repensar a lógica da organização e participação nas relações e dinâmica escolar, tendo como fundamento a discussão dos mecanismos de participação, as finalidades da escola, bem como, a definição de metas e a tomada de decisão consciente e coletiva.

Pensar a gestão escolar democrática participativa engloba também, “ampliar os horizontes históricos, políticos e culturais das instituições educativas, objetivando-se alcançar mais autonomia” (BRASIL, 2005, p 46).

A gestão escolar democrático participativa é o elemento de democratização da escola e consequentemente da sociedade, de articular as relações sociais com o contexto histórico que vivenciamos. É claro que a gestão escolar democrática participativa é construída no cotidiano escolar e que encontra no professor, um dos responsáveis para a criação e manutenção de processos, atitudes e vivências democráticas.

É de suma importância ressaltar a atuação do educador na mediação à função do gestor. Ao buscar identificar a importância do professor no redimensionamento da gestão escolar democrática e, como elemento básico, na melhora contínua e progressiva, da educação no Brasil, constatou-se que não há estudo específico deste tema, pois ou os estudos estão voltados a diferenciar gestão escolar de administração escolar, ou estão voltados para explicitar a relevância da gestão democrática no contexto da sociedade atual. Analisa-se ainda, que os professores não pressupõem, claramente, seu compromisso com a promoção de transformação nas práticas escolares, como também não compreendem que sua participação é uma forma de atuação conscientemente, por meio da qual, é ofertada aos mesmos e a oportunidade de serem sujeitos de seu próprio trabalho.

A viabilidade desta realidade, apenas será possível, quando superarmos as práticas autoritárias que infelizmente permeiam as práticas educativas, e estas serem substituídas por processos de participação coletiva, que favoreça o desenvolvimento humano, oferecendo novas possibilidades de olhares e ações educativas.

GESTÃO DEMOCRÁTICA NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

A ideia em se realizar uma ação democrática focaliza-se no âmbito educacional a partir da necessidade de substituir o individualismo e o autoritarismo por uma prática de cooperativismo e solidariedade que possa provocar em cada indivíduo o desejo em efetivar uma gestão participativa e de emancipação.

A meta de uma política democrática de educação é conduzir a escola a definir o seu próprio modelo de educação, a gerar a sua própria utopia pedagógica, um projeto educacional novo em função do qual a aplicação de maiores recursos para que a educação tenha sentido.

Faz-se necessário incentivar a participação de todos aqueles que estão envolvidos com os problemas educacionais e, procuram estimular o papel crítico

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