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A EDUCAÇÃO ESPECIAL

Por:   •  26/12/2018  •  2.576 Palavras (11 Páginas)  •  419 Visualizações

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para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1998, p. 21)

Portanto, todos os cidadãos tem o direito à educação, garantindo que estes além de receber o conhecimento possam refletir diante dos conhecimentos e se tornarem críticos e ativos perante a sociedade.

A educação escolar que antes era privilégio de algumas pessoas, com o desenvolvimento da sociedade passou a ser dever do governo e direito dos cidadãos. Sendo assim, necessitou-se de modificações para conseguir atender a grande demanda e foram desenvolvidos os seguintes documentos: Parâmetros Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares da Educação Básica e as Leis de Diretrizes e Bases Curriculares Nacionais, os quais a escola deve ter como base para o ensino/aprendizagem. Esses têm como principal objetivo orientar os profissionais da educação para que o ensino seja padronizado e de qualidade.

2.2 Educação Inclusiva

Com o desenvolvimento do período histórico da Educação Especial no Brasil, é possível perceber o quanto os indivíduos portadores de necessidades especiais foram excluídos pela família, pela escola e pela sociedade, criando um estado social ignorante e preconceituoso. Todavia, percebe-se que nos dias atuais essas pessoas estão sendo alvo de diversas discussões, as quais trazem como principal assunto a inclusão.

O termo inclusão no contexto da educação especial, como o próprio nome diz, é o ato de incluir uma criança e/ou adolescente com necessidade especial no ensino regular com o objetivo de socializá-la no ambiente educativo.

A inclusão social, portanto,é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade, através de transformações pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços interno e externo, equipamentos, aparelho e utensílio, mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto, do próprio portador de necessidades especiais (SASSAKI, 1997, p.42)

Diante disso, percebe-se que o principal objetivo da inclusão é priorizar o atendimento educacional e social das crianças com deficiências, evitando o isolamento e a discriminação. Essas crianças devem ser vistas pelo meio social não como portadoras de “defeitos”, mas sim como um modelo social diferenciado que exige maior aprimoramento para atingir seu potencial máximo

Conforme Mittler (2003, p. 25),

No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. Isso inclui o currículo corrente, a avaliação, os registros e os relatórios de aquisições acadêmicas dos alunos, as decisões que estão sendo tomadas sobre o agrupamento dos alunos nas escolas ou nas salas de aula, a pedagogia e as práticas de sala de aula, bem como as oportunidades de esporte, lazer e recreação.

Para que o ensino seja de qualidade, os educadores e as escolas precisam aprimorar suas práticas, adaptando seus planos de trabalho de acordo com a necessidade de cada educando, utilizando salas de recursos, atendimentos diferenciados, métodos tecnológicos como computadores adaptados, sintetizadores de fala, programas e aplicativos, dentre outros diversos modelos tecnológicos.

Com base nas considerações apresentadas e nas experiências no ensino regular, podemos constatar que a inclusão já vem sendo implantada nas escolas, principalmente, com educandos portadores de deficiências moderadas como a intelectual, visual e auditiva, pois as escolas ainda não estão preparadas o suficiente para receber alunos com deficiências severas.

“O outro, o diferente, o deficiente, representa muito mais coisas. Representa consciência da própria imperfeição daquele que vê, espelham suas limitações, suas castrações. Representa também o sobrevivente, aquele que passou pela catástrofe em potencial, virtualmente suspensa sobre a vida do outro. Representa também uma ferida narcísica em cada profissional, em cada comunidade. Representa um conflito não camuflado, não explicito – em cada dinâmica de inter-relações”. (ANACHE, 1994, p. 123 apud AMARAL).

Portanto, todos possuem capacidade de se adaptar ao contexto escolar, e com os alunos especiais isso não é diferente.

2.3 O aluno surdo no contexto escolar

De acordo com as Diretrizes, os sujeitos da Educação especial podem ser definidos como portadores de necessidades e cuidados diferenciados, e isso abrange os educandos que possuem dificuldades físicas e intelectuais. Sendo assim, as pessoas surdas também têm o direito de frequentar o espaço escolar onde é efetivada a aquisição da linguagem oral e escrita, mas antes essa não era a realidade dos alunos surdos, os quais eram atendidos em escolas especializadas. “Por muitos e muitos anos os surdos foram atendidos em sua escolarização em instituições filantrópicas: institutos, associações, etc.”. (ARAÚJO & FONTE, 2009).

Ser contrário à inclusão escolar de alunos com surdez é defender guetos normalizadores que, em nome das diferenças existentes entre pessoas com surdez e ouvintes, sectarizam, homogeneízam a educação escolar. As pessoas com surdez e/ou alguns profissionais que atuam na sua educação, em alguns momentos, usam o discurso multicultural, defendem as identidades não fixadas, o pluralismo cultural, mas, enfatizam as relações de poder de um grupo majoritário de ouvintes sobre o grupo minoritário de pessoas com surdez. A escolaridade guetificada tem sido defendida, pautada em cultura, língua e comunidade próprias para as pessoas com surdez e que essa posição se baseia em teorias que estão camuflando a visão segregacionista em nome das diferenças (DAMÁZIO, 2005, p.12).

Sabemos que proporcionar um aprendizado de qualidade para estudantes surdos em escola regular é um grande desafio, pois é necessário capacitar professores, disponibilizar materiais didáticos especializados e um ambiente adaptado. Porém, a escola comum é para todos e de todos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, nº 9394/1996) institui que os sistemas de ensino deverão assegurar, principalmente, professores especializados

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