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A Avaliação Educacional

Por:   •  17/5/2018  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  368 Visualizações

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O autor nacional Cipriano Luckesi também utiliza esta expressão, “pedagogia do exame”, para se referir à centralidade do processo de avaliação.

Ana Maria Saul analisando as distorções entre a teoria e a prática da avaliação diz que a avaliação pode ser uma “grande janela” pela qual podemos entrar e alterar as nossas práticas o nosso projeto pedagógico. Ela como pesquisadora teve a oportunidade de fazer algumas experiências bem sucedidas que mostram ser possível a partir da avaliação transformar a prática pedagógica dando-lhe significado e qualidade, isso quando se apresenta como necessidade da escola.

Mudar a avaliação implica em mudar o contexto no qual ela está inserida.

RELATO DE EXPERIÊNCIA EM AVALIAÇÃO ENQUANTO PROCESSO

ISABEL FRANCHI CAPPELLETTI

Isabel Cappelletti, professora de Didática na PUC/SP, assume as aulas de licenciatura aos sábados com 52 alunos de diferentes cursos de licenciatura, e isso enriquece a troca de informações em sala de aula, outro fator que enriquecia era que todos lecionavam.

Neste trabalho ela poderia abordar várias questões mais resolveu abordar o processo de avaliação dos alunos em sua classe que era numerosa. Ela escolheu avaliação porque tem sido colocada em cena num palco de muitas confusões sendo um dos maiores problemas na formação dos professores. Os múltiplos objetos de avaliação como o aluno, professor, curso, etc., mostram sua amplitude e complexidade tornando a poderosa e mítica, quando seu caminho deveria abrir um espaço para práticas mais simples e eficazes.

Essas dificuldades apontam para a distância entre a riqueza das propostas teóricas e a precariedade das práticas avaliativas. Riqueza teórica que concebem a avaliação como um processo participativo, auto-reflexivo, crítico e emancipador. Precariedade das práticas predominantemente tecnicistas, nas quais avaliação significa medir, atribuir notas, acarretando em grande parte os problemas de repetência, fracasso e exclusão escolar.

Procurando desmistificar o processo avaliativo, Isabel Cappelletti, desenvolveu com seus alunos uma prática cujos procedimentos fazem parte do cotidiano das situações de aprendizagem, desvinculando-a da parafernália instrumental e da referência a que a avaliação corresponde somente à realização de provas com atribuição de notas ou pontos, transformados em conceitos.

Em suas palestras, na maioria da vezes, as perguntas feitas apontam para o papel da avaliação como um meio eficiente de controlar e adaptar as condutas sociais dos alunos, centrado em técnicas com forte apelo instrumental.

É de se esperar que diante de um processo autoritário o aluno passe a usar de esperteza, recorrendo a todos os meios disponíveis para atingir seus objetivos que é obter notas e não ser reprovado.

Dentre as perguntas feita para ela, poucas estão no pólo positivo da avaliação, mas revelam as dificuldades de assumi-las no fazer, e apesar de vários autores abordarem esse tema na prática pedagógica não tem sido utilizada. E por esse motivo Isabel propôs um novo contrato didático.

DESCREVENDO O CONTRATO FEITO COM OS ALUNOS

Periodicamente, durante o ano, os alunos realizam ações que eram elaboradas no cotidiano do ensinar/aprender. Discutiam questões que exigiam uma síntese própria da teoria estudada, discussões e resumos de textos.

Cada aluno recebia seu trabalho com a análise crítica da professora por escrito para que pudessem refletir sobre seu próprio trabalho. A partir disso, era discutido com a classe os ganhos, as dificuldades,as possibilidades de aprofundamento, indicações de bibliografia complementar, a participação dos alunos era intensa. Esses trabalhos eram colocados em envelopes e guardados par auto-avaliação. Mas para que tenha significado para o aluno, ele tem que participar ativamente, participando e fazendo a auto-reflexão.

Cada aluno, depois da auto-avaliação, trazia o resultado em nota. A auto-avaliação qualitativa e a nota atribuída pelo aluno eram analisadas e discutidas por eles. Como toda mudança não é fácil, alguns alunos ficavam inconformados, já que não recebiam nota alguma, não entendiam o processo de avaliação, a professora poderia até recorrer a referências teóricas para quantificar a produção dos alunos, mas se fizesse isso estaria caminhando para o único caminho que seus alunos já viveram até hoje.

É difícil para o aluno acostumado a ser objeto da avaliação, assumi-la como uma situação do aprender num projeto educacional como ação consciente, reflexivo e crítico, oferecendo-lhe condições de pensar, de ver-se, de optar e de realizar-se, o ensinar só tem sentido no aprender se aluno sente que melhorou sua aprendizagem.

AVALIANDO A AVALIAÇÃO

Apesar das dificuldades encontradas no processo avaliativo, a atividade de avaliação pode ser diferente de uma simples medição. É bem mais fácil acomodar e deixar como está do que buscar a mudança, e para que essa mudança aconteça o primeiro fator que devemos constatar é o significado que a avaliação tem para os alunos.

Para mudar o sistema de avaliação é preciso estar com eles,

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