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Entrevista com pessoas de nomes incomum

Por:   •  18/5/2018  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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Saber utilizar as novas tecnologias é considerado, por Perrenoud (2000, p. 138), a oitava competência para ensinar. Atualmente o computador é a principal ferramenta de multimídia mais acessível nas escolas e universidades, dessa forma é necessário que o professor seja familiarizado na cultura tecnológica, visto que essa cultura, reflita as relações entre o avanço dos instrumentos no que diz respeito a informática e a hipermídia, considerando as competências intelectuais e a relação com o saber que a escola pretende construir.

O computador vem auxiliar no ensino, de maneira que o docente se liberte de um cotidiano corretivo e repetitivo, usando esse recurso na sala de aula, o professor identificará com mais agilidade os “pontos fortes” do aluno, levando-o a uma aprendizagem com maior eficiência. Diante disso, a educação escolar eleva o professor como um técnico de alto nível, quer dizer, aquele que, mesmo com uma certa soberania em sala de aula, deve cumprir regras e metas decididas por outrem.

Um fator importante que vale ressaltar sobre o uso da tecnologia no ensino-aprendizagem de línguas, é a manipulação que o recurso de mídia pode trazer para quem ensina e também quem aprende. Os meios de comunicação de massa são mecanismos responsáveis pela proliferação, de valores e normas de comportamento, formando as relações sociais, inclusive na escola. O ensino nas instituições escolares deve passar primeiramente pelos aspectos de reflexão, crítica e contestação do que se aprende, sem a seletividade desses aspectos o conhecimento obtido se perde em meio a aglomeração de informações supérfluas contida na massificação da cultura midiática. A escola e o professor, sabendo lidar com esse mecanismo, contestando e criticando suas dominações e as suas influências nas relações humanas, podem favorecer para a independência político-cultural do aluno.

É necessário que o professor de língua estrangeira utilize as mídias – específicas e sociais − com finalidades bem direcionadas. Pois o uso pedagógico desses meios midiáticos no ensino, necessita transcender a ideia de que eles servem como artifícios “facilitadores” da aquisição do aluno através dos seus mecanismos de “sedução” e “encantamento”. Com o apoio da utilização das mídias no ensino e à aprendizagem, é fundamental o trabalho no âmbito da capacidade mental da razão e da criticidade do aluno.

Nesse sentido, as possibilidades que as línguas trazem para outras leituras são focalizadas por Bourdieu (1991). Ele postula que conhecer uma língua estrangeira é ter acesso a outros conjuntos de possibilidades interpretativas, de entendimentos de mundo. Enfim, alcançar outras perspectivas de leitura sobre si, sobre as pessoas e sobre as culturas às quais elas pertencem.

Se tratando das modernas abordagens e metodologias de ensino e aprendizagem de língua estrangeira, o espaço para outras leituras é pouco explorado, uma vez que a própria natureza da linguagem exige que se considere seu uso social, e não apenas sua organização. Quando o ensino se resume a vocabulário, gramática, funções (cumprimentar, pedir informação) e questões ligadas ao conhecimento sistêmico, a própria língua e sua estrutura passam a ser entendidas como objeto de ensino, valorizam apenas as questões relativas à cognição e a comportamentos (aquisição de hábitos linguísticos), sem considerar o contexto social, a interação e a mediação.

O importante é não cair em engodos da moda, mas usar diferentes recursos para entender as práticas sociais de leitura e escrita e participar delas. "Em vez de trabalharmos só com exercícios de gramática deslocados da realidade, precisamos pensar na língua como instrumento e resultado do ensino", explica Andrea Vieira. Nesse sentido os materiais de ensino levam um certo destaque considerando as práticas pedagógicas na formação do aluno. Processo esse, que sugere a consistência da investigação-constatação-afirmação de diversos usos sociais da linguagem em relação aos ideais de uma outra cultura a partir da nossa, aparentando a desvalorização do caráter dialógico e crítico, específico do ensino de línguas estrangeiras. A esse respeito, Wielewicki (2002, p. 115) pondera que, ao que tudo indica, o professor de língua estrangeira trabalha sob situações de ensino aparentemente “eficientes” sem dar importância à “plurissignificância (as várias possibilidades de significado) para a criatividade e senso crítico do aluno”.

Isso, portanto, exige do professor de línguas uma reflexão sobre o seu desempenho na função de mediador da composição do papel social, político e histórico do aluno. Com essa interação social e critica a formação de significados a respeito dos conteúdos difundidos pelas mídias, firmando assim no aluno o seu caráter de sujeito crítico e sua identidade cultural.

Discutir as mudanças, desafios e perspectivas no que se refere ao papel do professor com a introdução das novas tecnologias da informação e comunicação na educação. Há muito deixou de ser novidade afirmar que a formação tecnológica do professor faz-se necessária e urgente. É a partir do letramento digital, que o professor terá condições de cumprir o papel da escola – o de inovar.

Cabe também ao professor interessar-se pela formação tecnológica, buscar compreender as particularidades, ferramentas e programas oferecidos pelas novas tecnologias da informação e comunicação. Só assim, poderemos ter professores realmente interessados em ser letrados

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