ESTUDO ETNOGRÁFICO COM ALUNOS E PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, NO MUNICÍPIO DE ITAMBÉ-PE

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Partindo dessas informações será feita a analise sobre o planejamento das aulas de acordo com os PCNs e os recursos escolares disponibilizados na escola em foco, a fim de questionar os modos como acontecem as aulas de língua inglesa e como ocorre o processo de ensino-aprendizagem.

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3.DESENVOLVIMENTO

Foi feita a observação de uma turma com 43 alunos, com faixa etária de catorze e dezesseis anos de idade, cuja maioria dos pais trabalha no cultivo da cana de açúcar. Os alunos estudam o 9° ano B do ensino fundamental, no período da manhã. E também com a participação da docente de língua inglesa da turma alvo.

No primeiro instante da aula a professora me apresentou a turma como sendo uma universitária que estava ali para observar a aula. A primeira impressão que tive era de uma turma um tanto numerosa, com grupinhos de amigos já devidamente formados. O que ficou bem evidente foi desde o inicio aos momentos finais foi a movimentação de alguns alunos conversando, outros distraídos com o celular, e outros debruçados sobre a carteira.

Eram duas aulas de língua inglesa seguidas uma da outra. A professora, na primeira aula, revisava um texto trabalhado na aula anterior, onde era lido um pequeno dialogo entre dois personagens. Em momento algum os alunos fizeram qualquer questionamento sobre o texto em questão, e mal se interessavam em interagir com mesmo. Ao termino da leitura do dialogo a professora pediu para que os alunos construírem um dialogo entre dois personagens, para isso eles poderiam trabalhar em grupos. Equipes formadas a aula seguiu no mesmo padrão e os grupos só facilitou as conversas paralelas que já vinham ocorrendo desde o inicio da aula. A primeira aula acabou sem muita produtividade.

A atividade continuou na aula seguinte, onde os alunos não executaram a tarefa, e a mesma foi encaminhada para ser feita em casa e entregue na próxima aula. Enquanto conversava com a professora, ela me relatava a falta de interesse dos alunos, apontava o descompromisso dos mesmos e dizia que não sabia mais o que fazer, já que muitos afirmavam que a matéria era difícil e não gostavam de inglês.

A partir dessas observações em sala de aula, constatou que a metodologia de ensino utilizada na referida unidade encontra-se bem distante da realidade desejada por professores e alunos. Vale ressaltar que os PCNs ( Parâmetros Curriculares Nacionais), são diretrizes para serem usadas como instrumentos direcionadores e que não são capazes de mudar nossa realidade do dia para a noite. E também e bem verdade que os PCNs inovaram muito na questão dos procedimentos para o ensino de línguas estrangeiras. Para que o ensino-aprendizagem venha ocorrer de fato faz-se necessário a parceria entre professores e alunos juntos dedicando-se a uma nova construção de metodologias que sejam satisfatórias para ambos os lados. Afinal educamos para vida, educamos seres pensantes e críticos que buscam uma sociedade justa e igualitária.

Uma grande dificuldade observada e comentada entre os professores da área é o grande número de alunos por turma. Segundo os professores, este fator contribui negativamente para a falta de aprendizagem. Eles ainda ressaltam sobre o fato de trabalhar apenas dois dias por semana por turma, a falta de respeito pela profissão vinda dos alunos a desvalorização da categoria economicamente falando, as cobranças da coordenação pedagógicas e questionam a falta de interesse e compromisso do aluno com a disciplina.

De um lado pode-se ver a claramente a desmotivação dos discentes com a disciplina, vimos também os questionamentos dos professores para tornar a disciplina de forma produtiva e eficaz. Portanto para que de fato ocorra uma aprendizagem eficaz faz-se necessário que professores alunos caminhem juntos para construção do conhecimento. A partir do momento que professor valoriza seu educando e compartilha ideias como os seus alunos será de grande relevância para que a aprendizagem aconteça com êxito.

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4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino encontra-se com diversos problemas, já demonstrados ao longo do trabalho, e não adianta querer mascarar a realidade. Cabe a nós enquanto educadores propor soluções possíveis para a questão.

Responsabilizar discentes ou docentes não seria uma atitude justa diante das realidades encontradas. Ficou claro durante o desenrolar do trabalho que o ensino de língua inglesa, na escola em pauta, é incompatível com a visão de ensino dos PCNs propõem, porém muitos aspectos contribuem para tal realidade. Ficou claro que há um grande descontentamento dos aprendizes com relação as aulas, devido ao pouco domínio e até a falta de reflexão dos seus professores em uma tentativa de aproveitar o tempo da aula de maneira mais proveitosa possível.

É fato que todos conhecem a importância do idioma para formação do aluno. Portanto, se formandos educandos para o mercado de trabalho ou não, este não deve ser o principal questionamento e sim, o que os nossos educandos conseguem aprender ao longo dos anos em sala de aula. Será que não estramos “fazendo de conta” nossos reais compromissos com a educação de nossos alunos? Precisamos pensar nisso para melhorar nossos métodos de ensino enquanto professores.

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5.REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Orientações curriculares para o ensino médio: Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC/SEMTEC, 2006.

http//: www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-ensino-da-lingua-inglesa-no-ensino-fundamental/3657

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