O ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Ednelso245 • 11/1/2018 • 1.578 Palavras (7 Páginas) • 639 Visualizações
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Das matrizes analisadas destacamos a Faculdade de ensino presencial Bilac, que propõem, além das aulas tradicionais, atividades de pesquisa, utilização de imagens e materiais midiáticos, como vídeos, produção de canais universitários, contextualização histórica através da música. Propõem também atividades extras, como: visitas ao Mirante de São Francisco Xavier para enriquecimento da área de geografia. E outra ao centro histórico de São José dos Campos contribuindo para o ensino de história. Além de retomar alguns conteúdos básicos das disciplinas.
Entretanto, percebemos que, a carga horária para a disciplina é restrita, em média 57h o que certamente dificulta a realização completa das atividades descrita nas matrizes, incluindo estudo de todas as obras dos referenciais bibliográficos, visto que todos os cursos que em geral possuem três referenciais básicos e indicações de cinco obras complementares.
Ainda quanto aos referenciais bibliográficos, encontramos nas duas faculdades presenciais, UNIP e Bilac, dois autores em comum, sendo eles: Circe Maria Fernandes Bittencourt e Celso Antunes, enquanto que na Uninter não há nenhum autor comum aos demais.
Entrevista com professores
Entrevistamos duas professoras do Ensino Fundamental I de São Jose dos Campos, com objetivo de compreender como se sentem em relação a sua formação para lecionar as disciplinas de história e geografia.
Nossa primeira entrevistada Martha possui graduação máxima em pedagogia e atua na rede municipal, que tem como proposta pedagógica o sócio- construtivismo o qual ela busca seguir. Martha afirma que acredita na proposta, mas lamenta pelo fato de não ter tempo compatível para desenvolver um trabalho realmente condizente com a mesma. Relatou-nos que busca os materiais para suas aulas em livros e internet e assim formula textos para serem trabalhados em sala de aula. Diz a professora que se esforça, porém sente que sua formação não a preparou adequadamente e que tem muito a melhorar.
Nossa segunda entrevistada, Cintia, possui além da graduação em Pedagogia, Pós Graduação em Psicopedagogia e Licenciatura em História. Assim como Martha atua na rede pública, e acredita na proposta pedagógica que utiliza, diz que o sócio- interacionista é pautado na linha de projetos e que isto torna os alunos mais atuantes e participativos. Apesar dessas informações Cintia afirma que trabalha história e geografia seguindo expectativas da Matriz Curricular e que desenvolve sequências de atividades utilizando o livro didático como material de apoio. Sente- se segura para dar aulas de história e geografia por conta da sua licenciatura em história, que segundo ela proporciona uma nova visão de aluno e de ensino aprendizagem, bem considera que a sua participação nos HTCs contribuiu para a sua formação continuada.
Penteado faz uma abordagem sobre a postura do professor em sala de aula, sua ação mediadora das condições internas e externas de aprendizagem. Professor como meio de ligação entre o conhecimento e o aluno, quebrando assim o paradigma de que as disciplinas de História e Geografia são ciências decorativas. Devemos levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos. Esse trabalho engloba três níveis: nível do desenvolvimento de conceitos específico; nível de ampliação dos conceitos e nível exploratório de formação dos conceitos. No qual Penteado diz:
“Em quaisquer dos três níveis, esses conceitos deverão ser trabalhados a partir de fenômenos que possam ser experienciados pelas crianças. Só assim se tornaram de fato instrumentos de trabalho dos alunos das séries iniciais do 1º grau (única maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo).”( Penteado, 2004, p. 42)
Sintetizando
Realizadas as análises, percebemos que há, tanto por parte dos pedagogos em sala de aula quanto das matrizes curriculares dos cursos de graduação, um esforço para atender aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nesse sentido toda a teoria pauta-se na formação do pedagogo visando sua futura atuação de forma que consiga mediar, ajudar e conduzir as crianças a construírem seus conhecimentos em história e geografia, respeitando o estágio de desenvolvimento das mesmas elevando-as progressivamente a situarem-se como cidadãos ativos, responsáveis e capazes de modificar sua história e o espaço em que vivem.
“... desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, ética, estética de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania...” (PCN, 97).
Segundo Vygostsky a aprendizagem se da de fora para dentro, ou seja, através da relação do sujeito com o meio em que esta inserido, ressaltando a importância da escola como fundamental no desenvolvimento da criança, juntamente com a família. Entendemos que a melhor maneira de se lecionar a disciplina de história e geografia é sempre considerar os conhecimentos prévios que o aluno traz consigo e juntamente a isso agregar por meio dos projetos os conteúdos. Fazer uma relação entre esses dois pontos, na qual o professor também aprenda com o aluno, nas trocas de experiências.
Conclusão
Concluímos que não só nas Universidades como nas salas de aula do Ensino Fundamental I a fragmentação do tempo e dos conteúdos apresentam-se como uma grande dificuldade para o desenvolvimento de um trabalho mais significativo e proveitoso.
Observamos que a dicotomia entre teoria e prática faz com que, ao trabalho docente seja indispensável o trabalho de formação e pesquisa contínuas. Desta maneira a boa atuação do professor dependerá da reflexão de sua prática e da busca constante de novos métodos de ensino, levando em consideração as experiências vividas pelos alunos, proporcionando assim, uma troca
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