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Relatório de Observação da Escola e da Sala de Aula

Por:   •  19/10/2018  •  13.859 Palavras (56 Páginas)  •  245 Visualizações

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Ao indagar sobre os conhecimentos prévios dos alunos a propósito dos conteúdos trabalhados, fazemos com que o aluno participe e compreenda que o seu conhecimento também é válido, fazendo com que esse, sinta-se abarcado pelo conteúdo. A partir disso o professor deve aprimorar o conhecimento já existente do aluno; corroborando para que os alunos entendam e interpretem os acontecimentos da atualidade e os processos passados com múltiplas visões.

Podemos considerar portanto um dos princípios constitutivos apresentados por Rüsen, o qual explana sobre o método, sendo este utilizado tanto para a leitura quanto para a interpretação ou pesquisa, a partir desse princípio observamos que possuiríamos metodologia com embasamentos teóricos para lecionarmos, e também colaborarmos para o desenvolvimento do aluno e que esse, apenda a aprender. É possível fazermos algumas considerações, acerca de que necessitamos nós, enquanto professores executarmos modificações no ensino, mesmo que essas sucedam lentamente, o importante é que sejam efetivadas mudanças levando em conta o conhecimento de nossos educandos e aperfeiçoando esse pensamento tornando-o uma produção de conhecimento histórico, fazendo com que o aluno aprenda a aprender, e a pensar como um sujeito da história.

1.1. Análise do Livro didático

Análise do livro Historia Geral do Brasil- Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo- volume 1 Com base na apresentação do livro História Geral do Brasil- volume 1 podemos perceber que os autores expõem nela a respeito da História como algo que remete ao passado e que ela é um instrumento de suma importância para a compreensão da realidade, fazendo entender que os alunos também têm sua história imbricada no passado. Em relação ao PNLD, podemos considerar que a partir da apresentação supracitada proposta no livro didático, a obra encaixar-se-ia no quesito que se pede no PNLD, o qual seria de que em todas as obras didáticas devam colaborar não apenas para a apropriação do conhecimento histórico abordado, mas também corroborando para que o aluno também tenha uma compreensão dos processos de escrita da História, ''a fim de possibilitar que os jovens atribuam sentidos ao estudo da História'', compreendendo esse processo de escrita como uma construção social e historicamente produzidas, como se pede no PNLD''. Propõe uma concepção de ensino como algo inacabado, não como uma verdade absoluta, podendo perceber que gostariam de fazer dos alunos formadores de opiniões, e reforçam que não há história neutra, ou seja, o que é escrito esta imbricado em determinado tempo e interesses de quem está escrevendo, e o intuito do livro é para ampliar a visão histórica dos alunos, e prepará-los para futuramente prestarem vestibular ou Enem, e fazer intersecções entre as disciplinas, fazendo portanto um ensino interdisciplinar. Podemos fazer considerações acerca de que os autores priorizam a visão de que o aluno é um sujeito da história, e que devem se ver de tal forma, fazendo portanto com que tenhamos a concepção de história de que se correlaciona o passado com o presente. Possibilita vermos que os autores propõem ao menos já apresentação uma periodização que visa o estudo da história a partir de questões cotidianas para fazer sentido as análises históricas as quais serão trabalhadas no corpo do livro. O autor tem sua concepção teórica embebido na nova historiografia francesa, isso já na apresentação, e na bibliografia pôde se observar o uso de historiografia marxistas também, e na sua escrita percebemos que sobressai a historiografia francesa.No que tange a concepção teórica metodológica em relação ao PNLD, podemos considerar que desde a apresentação temos o discernimento de tal, ao passo que desfoca da visão política e europeizante, nesse viés podemos interpretá-la de forma como historiografia francesa, a qual tinha-se a pretensão de desfocar da história tradicional e abarcar também o social. Ao observarmos o livro didático que nos foi disponível no laboratório de História percebemos que no capítulo1 o qual fora escolhido para efetuar a análise, os autores fazem uma escrita em uma perspectiva historiografia a qual chamamos de nova história, à qual tem-se o foco modificado, não mais uma história apenas a partir de fontes restritas, mas também a história que é a partir de novos instrumentos, trazendo por exemplo fontes antes da própria escrita, bem como as pinturas rupestres que são passíveis de estudos, e a partir dessas ter uma possível compreensão de como e davam as relações antes mesmo da invenção da escrita. No capítulo em que se partiu a análise há uma citação de Wilhelm Friedrich Hegel, e outras citações de Alfredo Bosi, Héctor Bruit no entanto não se acham citado nas referências bibliográficas, há grandes expoentes da história citado na bibliografia, e antes do primeiro capítulo o livro traz uma narrativa acerca do que seria a história, como é construída, o que são fontes e como se deve trabalhá-las; é possível vermos nitidamente a concepção de história de March Bloch, que essa seria o estudo do homem no tempo, e cita várias vezes o historiador Jacques Le Goff, ambos estão citados nas referências bibliográficas. No que se diz a metodologia da História podemos perceber que não está somente em uma vertente historiográfica, o livro se faz de maneira cronológica, muito embora se busca mostrar ao aluno que a história está em constante construção, há exemplo ele faz contrapontos entre os apontamentos que tangem o desenvolvimento da humanidade, fazendo com que o aluno entenda que a história não é um processo acabado, portanto dá a ideia de que tudo que fora ali colocado está imbricado em alguém, e esse tem suas intencionalidades, embora não saibamos de que maneira o professor trabalhara com seus alunos essa produção, podemos considerar que o fato de haver essa incorporação ao longo do texto já faz se diferente a outros livros didáticos que não corroboram para que o aluno tenha qualquer acesso a essas diferentes narrativas historiográficas. O autor no que dispõe à metodologia de ensino-aprendizagem, ele traz fontes como: charges, fotografias, pinturas e imagens, e logo abaixo ou ao lado uma explicação do que seria essa imagem, é válido ressaltar que podemos perceber que na página 33 do livro didático, duas imagens com pinturas rupestres distintas e nelas ele explica de onde e como foram feitas; ambas pertencentes ao Brasil, eles as incorporam em um texto que falava sobre o surgimento da humanidade, cujo viés além da explicação pela religião, tem-se da evolução de Darwin, e ao colocar as imagens rupestres pertencentes ao Brasil faz com que o aluno perceba que haviam

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