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A agressividade na sala de aula

Por:   •  26/12/2017  •  1.469 Palavras (6 Páginas)  •  487 Visualizações

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- Segundo o psicólogo social Paulo Carvalho, são vários os fatores que podem provocar os condutos agressivos por parte dos jovens no interior das escolas, entre os quais aponta, a desestruturação das famílias das quais as crianças são oriundas, de violência ou ainda, vindas de comunidades fechadas à sociedade com uma conduta própria.

Para o combate a estes conflitos, o especialista considera que a aposta tem de ser feita na prevenção, com um trabalho organizado na escola contudo, quando de ano para ano os professores mudam, tal trabalho, que tem de ser continuado e demora a assimilar, tem de começar do zero.

Ao mesmo tempo, considera que os pais têm de ser envolvidos no trabalho, já que é uma tarefa que tem de ser desenvolvida em casa.

Segundo a terapeuta Ivania Pimentel, “agressividade exagerada geralmente é sintonia de problemas mais graves”.

A criança com comportamento agressivo pode estar passando por situações especiais sem o devido apoio, como separação dos pais, nascimento de um irmão ou morte de alguém querido.

Ana Coelho Vieira Silva, professora do Departamento de Psicologia, afirma que “é fundamental que o aluo não seja estigmatizado nem acusado por atos agressivos”.

Se o professor grita e resolve os conflitos e em classe de maneira agressiva, o aluno pode reproduzir essas atitudes.

Segundo o professor de Filosofia Reinaldo Voltolini, “Uma das funções da escola é civilizar o indivíduo não sendo condescendente com a agressividade exagerada”.

Na maioria dos casos agressões físicas ou verbais, furtos ou fofocas são maneiras que o aluno encontra para se expressar.

Segundo a Psicopedagoga Luciene Tognetta, “conflitos podem ser ótimas oportunidades de aprendizado para o estudante e o educador”. “Se houve agressão por causa de uma fofoca, o professor deve explicar as conseqüências desse ato para toda a classe”.

O ideal é trabalhar o problema com a turma, o “culpado” em especial, para que a situação não se repita. “O maior desafio é não tomar partido ou dar castigo. Quando isso acontecer, um lado acaba sempre se sentido injustiçado e a situação tende a se repetir”.

“A briga e as razões que levaram a ela não devem ser expostas para o resto da turma”.

“É importante que os envolvidos contem um ao outro o por quê de terem ficado bravos e depois que proponham uma solução para o conflito”.

Pesquisas mostram que o ambiente influi na auto-estima das crianças. “Em lugares alegres e bem cuidados, elas se sentem amadas têm mais disposição para aprender”.

Pesquisa aponta a omissão dos pais como principal causa para a violência desses alunos. A família transfere para as escolas a sua responsabilidade, ou porque eles trabalham muito e não têm tempo para os filhos, ou porque têm algum vício.

Não deixar que a agressividade e as atitudes impensadas dos seus alunos roubem sua tranqüilidade.

O papel da família e da escola na agressividade infantil

A agressividade das crianças e dos adolescentes é um tema que preocupa pais, educadores e a sociedade em geral.

Para entender a agressividade, é necessário olhar um pouco para o desenvolvimento da criança e como ela aprende a se comportar agressivamente. É bastante comum as crianças apresentarem condutas agressivas em relação dos adultos e às outras crianças, como morder, bater, dar chutes, etc. A agressividade é essencialmente manipulativa, a criança agride os outros para alcançar determinados fins. Essa conduta é a forma que a criança encontra de controlar o ambiente, ou seja, é a forma mais eficaz de satisfazer suas necessidades.

A agressividade não desaparece por completo com o passar do tempo. A criança aprende com os adultos que há outras formas de se defender e obter aquilo que deseja.

Os pais ou professores ensinam que não é necessário tirar dos colegas os brinquedos, mas que é possível pedir para brincar com eles ou chegar a um acordo sobre dividi-los, eles estão ensinando à criança estratégias sociais que podem substituir condutas agressivas. Esse tipo de estratégia se mostra eficaz, a criança aprende a negociar e, se o ambiente dela (escola, família, etc.) valorizar essa atitude, aos poucos, a conduta agressiva passa a ser menos freqüente que outras formas de controlar o ambiente. É por isso que as brigas e as disputas violentas são menos freqüentes com o passar do tempo e só acontecem em situações extremas.

Mostra que a agressividade não é algo próprio da “natureza” das crianças. É um tipo de comportamento que tem uma função no desenvolvimento, é aprendido, pode ser substituído por outras condutas.

As condutas agressivas tornam-se um padrão freqüente de comportamento e persistem com o tempo, podendo se transformar em um problema mais sério na adolescência e na vida adulta. A agressividade torna-se a forma preferencial da criança ou do adolescente para resolver qualquer dificuldade. Mostram que o desenvolvimento padrão de comportamento começa na infância e tem relação, com as interações familiares e com o ambiente social.

Há uma série de condutas dos pais que podem ser chamadas de “condutas de risco” para o desenvolvimento de padrões agressivos de comportamento nos filhos. Uma conduta é rejeitar a criança, mostrando claramente que ela não é amada ou que ninguém se importa pelo que possa lhe acontecer. Outra conduta de risco é a inconsistência na forma de colocar limites: por vezes, os pais são permissivos demais, deixando que a criança faça tudo o que deseja, em outras ocasiões, são autoritários, punitivos e inflexíveis em excesso. Esse tipo de educação deixa a criança confusa sobre o que pode e o que não pode fazer. Não é raro encontrar pais que estimulam a conduta agressiva dos filhos, dos meninos, para a resolução de conflitos.

A escola, se não é responsável por

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