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Fichamento: O Renascimento - Nicolau Svenko

Por:   •  17/5/2018  •  6.430 Palavras (26 Páginas)  •  304 Visualizações

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A mudança no sistema de trabalho e o enfrentamento da concorrência tornam tanto o trabalhador como o patrono indivíduos regidos pelas novas regras do capitalismo, onde o ser humano é levado a buscar cada vez mais o domínio máximo da natureza afins dos lucros do mercado. Em geral Nicolau faz uma visão histórica mostrando o crescimento econômico e o surgimento das cidades chamadas de burgos, destacando as grandes navegações do mar mediterrâneo, o que o faz tratar o século XV como um período de Revolução Comercial, no qual o tempo de trabalho passa a ser medido pela precisão de suas horas e minutos, tornando assim, o tempo um dos principais artigos do comércio e o indivíduo escravo dele.”

2 - OS HUMANISTAS: UMA NOVA VISÃO DO MUNDO

- “Embora só se tenha difundido no século XV, esse termo indicava um conjunto de indivíduos que desde o século anterior vinha se esforçando para modificar e renovar o padrão de estudos ministrado tradicionalmente nas Universidades medievais. Esses centros de formação intelectual e profissional eram dominados pela cultura da Igreja e voltados para as três carreiras tradicionais: direito, medicina e teologia. [...] Iniciou-se assim um movimento, cujo objetivo era atualizar, dinamizar e revitalizar os estudos tradicionais, baseado no programa dos studia humanitatis (estudos humanos), que incluíam disciplina esta resultante da fusão entre a retórica e a filosofia. Assim, num sentido estrito, os humanistas eram, por definição, os homens empenhados nessa reforma educacional, baseada nos estudos humanísticos.” (Pág. 13)

Inspiração na Cultura Antiga

- “Os humanistas [...] eram todos cristãos e apenas desejavam reinterpretar a mensagem do Evangelho à luz da experiência e dos valores da Antiguidade. Valores que exaltavam o individuo.” (Pág.14)

- “Por isso, a especulação em torno do homem e de suas capacidades físicas e espirituais se tornou a preocupação fundamental desses pensadores, definindo uma atitude que se tornou conhecida como antropocentrismo.” (Pág.14)

- “Petrarca insistia, inclusive, em que o próprio latim degenerado, utilizado pela Igreja, devia ser abandonado em favor da restauração do latim clássico dos grandes autores do período pagão.” (Pág. 14)

- “Estabeleceram em primeiro lugar as bases das línguas nacionais da Europa moderna e passaram, em seguida, ao estudo histórico das novas sociedades urbanas e dos novos Estados monárquicos. Eles davam assim sua contribuição para a consolidação dos Estados – Nação modernos.” (Pág. 15)

Crítica da Cultura Tradicional

- “Crítica cultural, crítica filológica, crítica histórica: a atividade crítica, como se pode ver, foi uma das características mais notáveis do movimento humanista. Uma atividade crítica voltada para a percepção da mudança, para a transformação dos costumes, das línguas e das civilizações.” (Pág. 15)

- “Os humanistas, por sua vez, voltavam-se para o aqui e o agora, para o mundo concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um controle maior sobre o próprio destino.” (Pág. 15)

Perseguições

- “Nem porque trabalhavam para os poderosos, esses homens se sujeitavam a ser meramente seus instrumentos pensantes. Eram ciosos de sua independência e liberdade de pensamento, às vezes com sucesso e na maior parte das vezes com custos elevadíssimos, senão pagando com a própria vida, como vimos.” (Pág. 16)

- “Assim, o humanismo que se iniciou como um movimento típico das cidades italianas no século XV, já ganhava as principais cidades e capitais da Europa do Norte, adquirindo uma amplitude que seus promotores pretendiam que fosse universal.” (Pág. 17)

Diversidade

- “[...] como todos esses pensadores partiam do pressuposto do respeito à individualidade de cada um, houve inúmeras correntes diferentes dentro do humanismo [...] que distinguiam entre si quer pela tradição filosófica na Antiguidade a que se ligavam (platonismo, aristotelismo), quer pela temática que abordavam da preferência (estudo da natureza, estudo da história, estudo da personalidade humana, estudo da matéria religiosa), quer pela prática a que se dedicavam (política, pesquisa científica, arte, poesia).” (Pág. 18)

- “O palco mais prodigioso da efervescência renascentista foi sem dúvida a riquíssima cidade italiana de Florença. Ali se definiu desde cedo uma das mais significativas correntes do pensamento humanista: o platonismo, [...]. O aspecto mais característico e notável do platonismo florentino consistia no seu espiritualismo difuso, condensado na filosofia da beleza. [...] A produção do belo através da arte é o ato mais sublime de que é capaz o homem. Mas a arte não é mera imitação da natureza e sim sua separação no sentido da perfeição absoluta.” (Pág. 18)

- “Os rivais mais próximos dos florentinos eram os intelectuais da Escola Pádua, ligados à tradição aristotélica. [...] Pádua tornou-se um centro de estudos voltado principalmente para a medicina e os fenômenos naturais, desligado de preocupações teológicas. [...] (se ligavam) ao raciocínio naturalista de Arrevóis, o grande comentador árabe da obra de Aristóteles. [...] eles desenvolveram um pensamento e uma atividades voltados para o estudo e a observação da natureza, acompanhado de experimentos e de pesquisa empírica, fundando assim um procedimento que poderíamos já denominar de científico [...].” (Pág. 18-19)

- “Os paduanos levaram seu naturalismo a ponto de romper com alguns dos dogmas fundamentais da Igreja, acreditando, junto com Arrevóis, na supremacia natural da razão, negando a criação, a imortalidade da alma e os milagres.” (Pág. 19)

Religião Renovada e Ordem Política Estável

- “O chamado humanismo cristão, ou filosofia de Cristo, desenvolveu-se principalmente no Norte da Europa, centralizado na figura de Erasmo de Rotterdam e de seus companheiros mais próximos, como Thomas Morus e John Colet. A obra de Erasmo, o Elogio da Loucura, constitui o texto mais expressivo desse movimento. Todo repassado de fina ironia, ele ataca a imoralidade e a ganância que se havia apossado do Clero e da Igreja.” (Pág. 20)

- “Segundo essa corrente, o Cristianismo deveria centrar-se na leitura do Evangelho [...], no exemplo da vida de cristo, no amor desprendido, na simplicidade da fé e na reflexão interior.” (Pág. 20)

- “Os paduanos Albertino Musato e Marcílio de Pádua, já

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