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CÉSAR UM JOVEM EM BUSCA INCESSANTE DE PODER NA CORRUPTA REPÚBLICA ROMANA.

Por:   •  20/5/2018  •  5.956 Palavras (24 Páginas)  •  274 Visualizações

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1.2 - Nascimento de César, filho da aristocracia republicana.

César nasceu por volta do ano 100 a.C., era filho de nobres e recebeu o nome de acordo com as tradições, como nos mostra Bruns (1988, p. 13 e 14). “Seu nome completo era Caio Júlio César, nome do seu pai e do seu avô. O primeiro era seu nome próprio; o segundo, o título de seu clã; e terceiro, um termo descritivo que diferenciava sua família dentro do clã”. Existe também outra versão para a origem do nome de seu clã, pois alguns historiadores dizem que o nome César foi criado por causa de um fato ocorrido com seus antepassados, como nos relata Bruns (1988, p. 14). “(Alguns historiadores sugeriram que o sobrenome César poderia ter surgido quando um membro de sua família tinha sido retirado cirurgicamente do útero da mãe. Em latim, a língua dos romanos, caeus significa “útero”)”.

César sentia muito orgulho do passado de seus ancestrais de sua família, que eram os Julianos e Aurelianos. Conforme Bruns (1988, p. 14), os Julianos tinham sua origem a partir do legendário herói romano Enéas, que teria fugido de troia muitos anos antes, cidade essa que teria sido queimada e conquistada pelos gregos. Já os Aurelianos que eram sem parentes. Segundo Bruns:

Os Aurelianos, embora fossem sem parentes “recém-chegados”, tinham tido seu primeiro cônsul por volta de 250 a.C., e se destacavam dentre seus ancestrais um importante sacerdote do deus Sol, herói militar na conquista de Cartago, realizada dois séculos antes, e vários cônsules mais recentes. (BRUNS, 1988, p. 15).

De acordo com Bruns (1988, p. 15), era lhe contado historias do passado, enaltecendo os grandes heróis romanos, principalmente as grandes conquistas de seu tio Mário, que tinha sido um grande general e cônsul diversas vezes, mostrando assim como as conquistas militares eram vantajosas, e quanta riqueza se conseguia através das mesmas. Por isso o respeito de César a esses heróis, mostrando ainda mais a importância de ter o controle de um grande exército.

Apesar de César ser filho de aristocratas, e ter sido criado cercado de riquezas, e vivido uma infância cheia de luxo. César teve uma criação muito severa, pois teria que representar bem o nome de sua família, conforme Bruns (1988, p. 15). “Como outras crianças nobres, César foi preparado desde o nascimento para assumir seu lugar na oligarquia senatorial”. Sua mãe Aurélia ficou responsável pela sua educação apenas até os sete anos de idade, como era na tradição romana, segundo Bruns (1988, p. 15). “Ela devia lhe ensinar como ser um vir bônus, um bom homem. [...]. Aí, César foi instruído sobre as virtudes romanas tradicionais. Estas incluíam tolerância, frugalidade, simplicidade, devoção religiosa, procedimento honesto e a determinação de evitar a má conduta”. Depois foi para escola segundo, Bruns:

Aos 7 anos de idade, César começou a frequentar a escola tradicional, localizada numa antiga loja no coração do centro comercial de Roma. Sentado em bancos sem encosto e sob a rígida disciplina do mestre - que o puniria caso cometesse erros. -, César teve de recitar longos trechos de prosa grega e romana, decorar grande parte das leis e do código penal romano e aperfeiçoar a arte de falar em publico. (BRUNS, 1988, p. 16).

César vivi uma infância dentro de Roma, onde a política estava conturbada e vivia um momento muito confuso, pois os aristocratas senatoriais vinham sofrendo ameaças de classes abaixo da sua, que eram os cavaleiros, e por pessoas também de seu próprio meio, tentando dominar o poder. Esses atritos acabaram dividindo os magistrados em dois grupos: os optimates (chamado “homens bons”) e os populares. Isso porque quando César nasceu, Roma vivia um regime democrático que já era controlado por uma nova elite, segundo Bruns:

Quando César nasceu, esse sistema aparentemente democrático era dominado por uma nova elite, formada pelas famílias de ex-cônsules ou antigos funcionários graduados. Esses “nobres”, como ficaram conhecidos, exerciam o poder através do controle do Senado, cujos poderes haviam ampliado bastante. Eram ligados entre si por casamentos e apoiados por uma ampla rede de romanos menos poderosos ansiosos por lhes oferecerem sua lealdade em troca de dádivas materiais e favores políticos. (BRUNS, 1988, p. 10).

Já a relação de César com seu pai foi de muita observação e aprendizado, logo ele foi introduzido no meio politico através de seu pai, que procurou ensina-lo todas as artimanhas da politica romana, porque só assim ele poderia está preparado para galgar os mais altos postos da republica, sempre mostrando a César como era importante ter boas relações no seu meio social e procura fazer amizades com pessoas de poder aquisitivo alto e com grande influencia na republica. César começou a frequentar desde muito cedo com o seu pai os comícios e mercados públicos onde aconteciam os discursos, talvez daí César tenha aprendido que é necessário está próximo e junto do povo, seu pai procurou também deixa-lo informado sobre todos os assuntos de sua família, desde a parte financeira até patrimonial, segundo Bruns:

César desenvolveu sólidas amizades com outros jovens da nobreza. Sob a orientação do pai, aprendeu os meandros da politica romana. Em 93 a.C., seu pai fez campanha para obter o cargo de pretor (juiz do Estado), uma das posições mais importantes no governo romano. O jovem César o acompanhava frequentemente aos comícios e às visitas aos mercados públicos onde os candidatos tentavam conquistar votos. O velho César também levou o filho para conhecer as grandes propriedades rurais da família e preparou-o para assumir, um dia, o controle das finanças familiares. Esse conhecimento se mostraria útil muito mais cedo do que o jovem César poderia ter imaginado. (BRUNS, 1988, p. 16 e 17).

Conforme Bruns (1988, p. 15), no século dois a.C., a família de César já não gozava de um grande poder politico, pois sua força politica vinha em declínio devido seu baixo poder econômico, que era modesto, já que pra se eleger magistrado tinha que ter muito recursos pra financiar as campanhas. Seu pai que era senador e tinha uma carreira politica não muito bem sucedida, vinha de vários fracassos. Parecia que tudo conspirava contra ele, não tinha a sorte de ter nascido no período em que sua família tinha poder e dinheiro, quase se tornou sacerdote por imposição de sua família, e aos 15 anos perdeu o pai, ficando assim muito cedo sem os conselhos e apoio do pai, tendo que assumir muita responsabilidade. Tinha todos os motivos pra baixar a cabeça e não ser o que foi, mas pelo contrario, foi em busca dos seus objetivos

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