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Recuperação de Area Degradada

Por:   •  11/3/2018  •  1.866 Palavras (8 Páginas)  •  318 Visualizações

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A pluma de contaminação pode ser contida ou manipulada através de poços de bombeamento ou de poços de injeção. Quando as características geológicas do sistema não permitem a reinjeção da água contaminada após o tratamento e/ou em muitos casos devido à lentidão do processo de difusão hidráulica em alguns solos, é necessário o uso de enormes tanques de tratamento devido ao enorme volume de água envolvido, elevando o tempo de tratamento e tornando o processo bastante oneroso.

EXTRAÇÃO DE VAPOR DO SOLO (SVE)

Neste processo há a remoção física dos contaminantes, principalmente os compostos orgânicos voláteis, clorados ou não, e os BTEX da zona saturada (camada mais profunda do solo onde se concentram as águas subterrâneas), através de poços perfurados no solo, aplicando extração a vácuo.

Sua eficiência pode ser aumentada se combinado a outros métodos como a injeção de ar. Neste caso, o ar injetado retira a água dos poros do solo, causando uma dessorção do contaminante da estrutura do solo, fazendo com que este se movimente para a superfície, com a ajuda do sistema SVE. Essa técnica pode ser utilizada na descontaminação de solos com baixa à média permeabilidade, tendo seu funcionamento limitado se o nível d’água apresentar-se rasa.

AERAÇÃO in situ (Air Sparging)

Este método de remediação é utilizado para extrair compostos voláteis e semi-voláteis que se encontram na zona saturada do solo. Envolve a injeção de ar para a remoção de contaminantes como CHCs, BTEX, PAHs, promovendo também a biodegradação aeróbica de determinados compostos, por incrementar a quantidade de oxigênio dissolvido nas águas do aquífero. Entretanto, a injeção de ar abaixo do nível d’água pode causar uma elevação da superfície da água subterrânea, levando o contaminante a migrar para fora da área de tratamento, ou seja, a espessura saturada e a profundidade do lençol freático devem ser os fatores controladores da injeção de ar.

BARREIRAS REATIVAS PERMEÁVEIS (BRPs)

Barreira Reativa Permeável constitui-se em uma técnica que vem sendo utilizada em diversos países na remediação de plumas de contaminação no lençol freático subterrâneo. O inicio dessa tecnologia consiste na alocação de um material reativo no subsolo, onde uma pluma de água subterrânea contaminada flui por esse material, promovendo reações que atenuam a carga de contaminante. As BRPs são projetadas para serem mais permeáveis do que os materiais ao redor do aquífero.

Estas barreiras promovem a passagem das águas subterrâneas através de porções reativas que possibilitam a remediação, por processos físicos, químicos e/ou biológicos, de solos contaminados com CHC e metais pesados. No Brasil a tecnologia de barreiras reativas permeáveis tem grandes perspectivas de utilização devido a vários estudos nas universidades e centro de pesquisas em diferentes regiões do País que mostram boa eficiência da utilização das BRPs em várias regiões.

INCINERAÇÃO

A Incineração é um processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura (900 a 1250 ºC) com tempo de 76 residências controlada. É utilizado para o tratamento de resíduos de alta periculosidade, ou que necessitam de destruição completa e segura. É muito usado para a extração de compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis, como PAHs, PCBs, pesticidas, entretanto, pode ocasionar emissões de substâncias que poluem a atmosfera, a água e o solo e com efeitos nocivos na saúde humana.

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO

Método que promove a separação de poluentes, como CHC e metais pesados, mas não a sua remoção. Trata-se da imobilização física ou química dos contaminantes, através da introdução de material que pode provocar a solidificação ou pode causar uma reação química ou modificação do pH que acarretará na imobilização destes compostos.

É considerado um processo muito simples e barato, por utilizar equipamentos convencionais e facilmente disponíveis, contudo o processo exige um longo período de monitoramento porque o processo pode reverter e liberar os contaminantes.

BIORREMEDIAÇÃO

Esta técnica de remediação se refere ao uso de microrganismos capazes de degradar resíduos provenientes, principalmente, de depósitos de lixos e solos contaminados com hidrocarbonetos de petróleo, incluindo os PAHs e os BTEX. Os microrganismos geralmente utilizados na bioremediação são as bactérias e fungos, e estas degradam, normalmente, substâncias mais simples e menos tóxicas.

É uma tecnologia que apresenta atualmente um crescimento rápido, sobretudo em colaboração com a engenharia genética, utilizada para desenvolver linhagens de microrganismos que tenham capacidade de lidar com poluentes específicos. A biorremediação in situ pode ser estimulada com a injeção de nutrientes, como nitrogênio (N) e fósforo (P), diretamente na água subterrânea, objetivando aumentar a habilidade e multiplicação dos microrganismos nativos do solo, em cumprir o seu potencial biorremediador.

FITORREMEDIAÇÃO

A fitorremediação se refere ao uso de plantas na descontaminação de solos poluídos, principalmente com metais pesados e poluentes orgânicos, reduzindo seus teores a níveis seguros à saúde humana, além de contribuir na melhoria das características físicas, químicas e biológicas destas áreas.

Infelizmente no Brasil, o uso desta tecnologia ainda é desconhecido pela maioria dos profissionais envolvidos na área ambiental, apesar de apresentar condições climáticas e ambientais favoráveis ao desenvolvimento deste processo.

Como a evolução das tecnologias vem se direcionando para soluções cada vez mais naturais, já há um reconhecimento comprovado de que processos de atenuação natural como a biorremediação e fitorremediação, podem contribuir de forma significativa no controle das plumas de contaminação no solo e águas subterrâneas, além de serem economicamente mais viáveis que as outras tecnologias empregadas.

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- CONCLUSÃO

Partindo do princípio de que a melhor forma de recuperação de uma área degradada é não precisar fazê-la, é importante realizar trabalhos de educação e conscientização ambiental e,

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