IMPACTOS GERADOS PELA DISPOSIÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Por: Juliana2017 • 3/5/2018 • 2.261 Palavras (10 Páginas) • 385 Visualizações
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O objetivo deste texto é o estudo das consequências da má gestão dos resíduos e a busca de soluções que envolvam, sobretudo, o aproveitamento e a destinação consciente, social e ambiental dos mesmos, com a tentativa de minimizar áreas degradadas e com riscos á saúde..
METODOLOGIA
Esse trabalho foi realizado com sua base principal em pesquisas e textos extraídos da internet e da Literatura de Apoio indicada, que envolvem desde a coleta dos diferentes tipos de resíduos sólidos, suas classificações e as etapas até sua destinação final, e objetiva conscientizar os leitores sobre a importância e cuidados que devem ser empregados para o manuseio correto dos resíduos sólidos.
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DESENVOLVIMENTO
Com os novos padrões de consumo da sociedade, refletindo visivelmente na quantidade e nas características dos resíduos gerados, o lixo deixou de ser predominantemente orgânico e biodegradável passando a ser constituído de materiais com pouco ou nenhum grau de degradabilidade, como é o caso dos plásticos, metais e vidros entre outros. Assim, para um melhor aproveitamento de sua destinação final passou-se a analisa-lo de acordo com sua composição gravimétrica, que consiste em determinar a quantidade de cada elemento presente em uma amostra, eliminando todas as substâncias que interferem e convertendo o componente desejado em um composto de composição definida, que seja suscetível de pesar- se. Abaixo encontra-se uma tabela com a composição gravimétrica dos resíduos sólidos analisados em alguns países:
Fig. 1 – Composição gravimétrica do lixo de alguns países
Fonte: Instituto Brasileiro de Administração Municipal ( IBAM ) 2001
Nos aglomerados urbanos, o lixo deixou de ser visto apenas como uma atividade dos serviços públicos de limpeza urbana, que o afastava da fonte geradora, mas também tornou-se um agravante aos problemas de saúde pública e ambiental, com elevado grau de complexibilidade. A tabela abaixo identifica os tipos de resíduos e o órgão responsável pelo seu gerenciamento.
Fig. 2 – Órgãos responsáveis pela destinação dos resíduos
As áreas destinadas à disposição de resíduos sólidos recebem diariamente resíduos dos diversos setores da sociedade. São lançados lixo domiciliar e hospitalar, resíduos industriais, químicos e tóxicos em áreas que devem receber um tratamento para que os efeitos da
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contaminação sejam minimizados. Entretanto, boa parte do que deveria ser um aterro sanitário não recebe uma preparação adequada. Funcionam como verdadeiros lixões a céu aberto, sendo responsáveis pela contaminação do solo, da água e do ar, bem como atraindo micro e macro vetores de contaminação. Isso sem abordar a questão social que sem dúvida não pode ser esquecida.
Fig. 3 e 4 – “Lixões” a céu aberto
CLASSIFICAÇÃO DO RESÍDUOS
Segundo a ABNT, através da Norma NBR 10.004 os Resíduos Sólidos são divididos em
2 classes:
Classe 1: Especiais ou perigosos;
Classe 2: Não perigosos: a) Inerentes;
b) Não inerentes
Esses classes são adotadas de acordo com o grau de PERICULOSIDADE do resíduo, ou seja, com o risco que este oferece a saúde pública e ao meio ambiente. São avaliados 5 critérios de periculosidade:
Inflamabilidade;
Corrosividade;
Reatividade;
Toxidade;
Patogenicidade.
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Fig. 5 – Fluxograma dos tipos de resíduos e suas classificações
Para os resíduos gerados na área hospitalar e que costumam ser os mais contaminados, de acordo com a ANVISA os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) podem ser classificados como:
Fig. 6 – Classificação utilizada para resíduos hospitalares (RSS)
PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELOS RESÍDUOS
Se os resíduos sólidos forem constantemente jogados em rios ou córregos, vão se acumular a ponto de não permitir o fluxo da água para locais onde o rio é canalizado, o que resultaria em grandes enchentes, o que já acontece ao longo de todo o país na época das chuvas.
O lixo exposto ao ar, atrai inúmeros animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os fungos. O cheiro da decomposição se alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e urubus, que além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo, se proliferam, pois o local também lhes oferece abrigo. Estes animais são veiculadores (vetores) de muitas doenças, podendo citar-se a febre tifóide, a cólera, diversas diarréias, disenteria, tracoma, peste bubônica. Quando o lixo se acumula e permanece por algum tempo em determinado local (solo), começa a ser decomposto por bactérias anaeróbicas, resultando na produção de chorume, que é 10 vezes mais poluente que o esgoto. Isto por que o chorume dissolve substâncias como tintas, resinas e outras substâncias químicas e metais pesados de alta toxicidade, contaminando o solo e impedindo o crescimento das plantas, ou fazendo com que estas substâncias se acumulem na cadeia alimentar;
Quando chove, o solo se torna mais permeável e os líquidos que saem do lixo podem chegar até os lençóis freáticos e águas subterrâneas (processo conhecido como lixiviação),
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poluindo águas de rios que servem de habitat para inúmeras espécies e fonte de água para muitas outras, inclusive o homem. A poluição pelo lixo pode chegar até o oceano, causando um considerável desequilíbrio ecológico;
É muito comum o lixo ser queimado para diminuir o volume, evitando
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