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As escalas do poder e o poder das escalas: o que pode o poder local?

Por:   •  27/6/2018  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  357 Visualizações

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Propõe então que a política local deve ser concebida como parte de uma estratégia transescalar, ou seja maior que sua própria escala, a fim de atingir os seguintes objetivos:

- Redução das desigualdades e melhoria das condições (materiais e imateriais) de vida das classes trabalhadoras, e, de modo mais amplo, das classes e grupos sociais oprimidos e explorados, através principalmente da transferência de recursos (materiais e simbólicos) em seu favor — e, necessariamente, em detrimento das classes e grupos dominantes;

- Avanço e radicalização de dinâmicas sociais, políticas, culturais, que propiciem a organização e a luta populares, e, de modo mais geral, a constituição de sujeitos políticos coletivos expressando interesses, segmentares e gerais, das classes e grupos sociais explorados e oprimidos.

- Enfraquecimento dos grupos e coalizões dominantes, envolvendo desde a desmontagem de mecanismos tradicionais de reprodução de seu poder (clientelismo, etc) até a desarticulação de suas alianças horizontais (no Estado e na região) e verticais .com grupos nacionais e internacionais), passando também por desarticulação das redes (inclusive dentro da administração pública) e dispositivos (inclusive legais) que favorecem a privatização de recursos públicos e a captura de vultosos recursos extraídos direta ou indiretamente da população, através de posições monopolistas (adquiridas, quase sempre, pelo exercício do poder pol ítico, pela advocacia administrativa, pela troca de favores entre famílias e pela corrupção).

Para Iná Elias de Castro antes de mais nada, escala é uma fração que indica a relação entre as medidas do real e aquelas da sua representação gráfica, contudo a mesma afirma que tal conceito é mais complexo e amplo, não se resumindo a cartografia na qual é normalmente utilizada.

Assim como o autor do texto anterior, Iná ressalta a problemática do uso das escalas nos estudos geográficos, pois tais problemáticas podem variar de escalas locais até planetárias, e que o tamanho da escala e o tamanho do fenômeno não podem ser separados, assim como afirma Lacoste (1976) que afirma que diferenças no tamanho da superfície, implicam diretamente em diferenças quantitativas e qualitativas.

Logo Iná deixa claro que a escala é na realidade a medida que confere visibilidade ao fenômeno, significa que a escala global não é a mais efetiva ao se estudar por exemplo a falta de saneamento básico, assim como a local não é por excelência a escala a ser usada ao se analisar conflitos territoriais.

- COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO

Os textos deixam claro os conflitos escalares existentes nos estudos geográficos, os argumentos dos defensores de cada uma das escalas e as críticas realizadas por cada uma das correntes as demais correntes. O texto é claro e de fácil entendimento, sendo muito elucidativo quanto ao emprego das escalas.

Ressalto a proposta transescalar sugerida pelo autor, onde é possível vislumbrar a realização de estudos que não necessariamente optam por uma única escala, tendo que obrigatoriamente negligenciar as demais.

- CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS PARA DISSERTAÇÃO

O texto poderá auxiliar na produção da dissertação auxiliando no entendimento do conceito de escala, bem como no entendimento que é possível trabalhar com mais de uma escala, estudando como as mesmas interagem entre si, não devendo ser sempre uma relação conflituosa. A dissertação a ser produzida está inserida na escala do município, contudo deve-se ter ciência que também possui um contexto regional, nacional e talvez global.

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