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Sartori: Fichamento

Por:   •  23/3/2018  •  4.555 Palavras (19 Páginas)  •  228 Visualizações

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a) As decisões coletivizadas envolvem riscos externos;

b) Os riscos externos podem não resultar prejuízos;

c) O problema é exatamente aumentar a probabilidade de “resultados satisfatórios” e minimizar a probabilidade de “resultados danosos”.

Há dois tipos de risco político

(a) riscos de opressão

(b) riscos de incompetência, estupidez ou interesses sinistros.

Os riscos externos só se efetivam quando uma área de decisão é coletivizada. (P. 290)

Só as decisões grupais envolvem custos de tomada de decisão. As decisões só têm custos com mais de um tomador de decisão. (P.291)

Em suma, o órgão que toma as decisões tem “custos”, embora a coletividade que as recebe enfrente “riscos”. Os custos são apenas internos e procedimentais; os riscos são sempre externos e relacionados a prejuízos. (P. 291)

Com relação aos custos decisórios, a variável crucial é o número de pessoas que participam da decisão. Em termos práticos, quanto maior o número, tanto maiores os custos de tomada de decisão. (P. 291)

Sartori formula duas regras:

1) Desde que cada participante tenha voz independente, o número de pessoas que toma decisões esta em relação direta com os custos das decisões – aumentam juntos.

2) O número de pessoas que toma decisões está em relação inversa com os riscos externos– à medida que o órgão decisório cresce, os riscos externos diminuem.

Risco Externo e Custo decisório

[pic 3][pic 4]

Máx[pic 5]

Mím 1 10 100[pic 6]

Um equilíbrio ótimo que indica não apenas quando é conveniente coletivizar uma área de decisão, mas também como fazê-lo de forma adequada. A questão é de que maneira podemos obter o mundo real, curvas como aquela tomadas como na hipótese do gráfico?

O problema seria insolúvel se o numero de participantes da decisão fosse a única variável.

Porém temos duas variáveis suplementares:

- O método de formar o ato decisório: como é recrutado ou designado, e qual é a sua composição ou natureza.( básica para a questão de redução de risco externo)

- A regra de tomada de decisão: Os princípios e procedimentos para a tomada de decisão ( refere-se aos custos decisórios)

1ª Variável: Conforme o autor, os riscos externos variam à medida que varia o método de nomeação, ou seja, dependem do fato da “única pessoa” chegar ao cargo através da hereditariedade, da eleição, da sorte e se assume o cargo indefinida ou temporariamente. (P. 294)

2ª Variável: A regra de tomada de decisão refere-se essencialmente aos custos de decidir. Ao discutir as regras dos tomadores de decisão, o ponto de partida é a regra da unanimidade.

O método de criação do(s) tomador (es) de decisão é central para o calculo dos riscos externos, independente do fato de ser apenas um ou muitos.

Pode-se argumentar que a unanimidade envolve não apenas um tipo de poder igual, mas também um tipo de poder excessivo, de chantagem. (P. 295)

O princípio da maioria, ou as regras da maioria, só entram em cena sempre que a regra da unanimidade se mostra impraticável. (P. 295)

Existem três tipos de “princípio da maioria”:

a) Maiorias qualificadas: Freqüentemente uma maioria de dois terços;

b) Maioria simples ou absoluta: 50.01%

c) Maioria relativa ou pluralidade: A maior minoria (uma maioria inferior a 50%)

O autor questiona: “Em que bases os critérios majoritários são escolhidos?”. E logo em seguida responde: “É claro que, na medida em que passamos de uma maioria qualificada para uma maioria simples e, em última instância, para qualquer maioria (pluralidade), os custos decisórios diminuem”. (P. 296)

O autor conclui que o princípio da maioria só é “real” sob o critério da maioria absoluta (a maioria simples do universo). (P. 297)

Na verdade, as minorias em questão não têm o poder de decidir. Não podem impor suas preferências – podem apenas protegê-las. (P. 297)

Em suma, dispomos agora de três variáveis:

a) O n° de pessoas que toma decisões;

b) As formas de selecioná-las;

c) As regras da tomada de decisão.

É preciso lembrar também que o problema é minimizar os riscos externos em relação aos custos da tomada de decisão. Mais precisamente, devemos obter, por um lado, uma redução mais que proporcional dos riscos externos e, por outro lado, um aumento menos que proporcional nos custos decisórios. [Ver pág. 297]

- RESULTADOS E CONTEXTOS DECISÓRIOS

Nesse momento, o autor passa a enfocar a forma de tomada de decisão em si, não apenas com respeito às regras segundo as quais as decisões são tomadas, mas sobretudo com respeito à natureza de seu resultado. A questão agora é: “como se decide, com que resultado(s)?”. Para abranger essa nova e mais extensa área, o autor introduz novos elementos: (P. 298 e 299)

- Tipo de resultado: Deve ser introduzido à sua formulação mais abstrata, qual seja, se em geral é vantajoso numa modalidade de (a) soma positiva, ou não vantajoso (para todos) numa modalidade de (b) soma zero.

a) \ Jogo de soma zero: quando um jogador ganha exatamente o que o outro jogador perde. A questão aqui é apenas ganhar. Portanto, quando um jogo é de soma zero, a alternativa é simplesmente ganhar ou perder.

b) Jogo de soma positiva: quando todos os jogadores podem ganhar. Nesse caso, a questão é, em última instância, como dividir e repartir os ganhos. Na política, deve-se compreender que as políticas de soma

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