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Fichamento Angell, A Grande Ilusão.

Por:   •  12/4/2018  •  3.036 Palavras (13 Páginas)  •  317 Visualizações

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Ele enxerga uma grande contradição na postura política dos países. Pois creem ser essencial ter uma grande força armamentista para proteger suas riquezas e para serem mais poderosos, e, no entanto, países mais fracos são os que têm demonstrado uma maior prosperidade. Eles argumentam que o segredo destes países é que mantem tratados internacionais que garantem sua neutralidade; e por outro lado enxergam que os tratados não têm valor nenhum, e não cumprem com eles. (ANGELL, Ralph. Pg. 30)

Percebe-se ao longo do texto que Angell idealiza a relação de paz entre os países a partir de uma amplificação das relações econômicas entres eles, bem como uma maior cooperação e amplificação dos acordos de paz internacional. Afinal o autor apresenta ao longo da obra vários argumentos a respeito das vantagens de haver uma reação pacífica entre os Estados, dos baixos investimentos no exército, e os tratados de cooperação internacional. Angell conclui afirmando:

No seu aspecto geral, a questão não passa, como disse, de uma ilusão provocada pelo hipnotismo de uma terminologia antiquada. (...) Em nossos dias, a atividade de governo é sobretudo um assunto administrativo e tende a sê-lo completamente. A mera mudança do cenário administrativo - a absorção dos Estados menores pelos maiores ou a subdivisão dos grandes em outros menores - não basta para afetar em qualquer sentido a essência da questão. (ANGELL, Ralph. Pg. 35)

Fichamento: A grande ilusão. Angell

a estabilidade financeira e industrial de cada nação, sua segurança no campo comercial- em suma, sua prosperidade e bem-estar - dependem da aptidão para defender-se contra os atayues dos outros países, os quais estarão prontos, sempre yue possível, a tentar uma agressão, para aumentar seu poder e, portanto, o seu bem-estar e sua prosperidade, às custas do fracos e dos vencidos. (pg. 21)

No momento, o objetivo destas páginas é demonstrar que essa idéia quase universal, da qual a carta de Harrison é manifestação singularmente vívida e evidente, constitui um dos erros mais enganosos e perigosos que se possa cometer - erro que tem em alguns dos seus aspectos, o caráter de uma ilusão de ótica, de outros o de uma simples superstição, a qual, além de ser profunda e universal, engendra males tão graves como o de deslocar dos seus caminhos normais um imenso caudal de energia humana, desviando-o de tal forma que, se de tal superstição não nos conseguirmos despojar, representará uma verdadeira ameaça à civilização. (pg. 22)

Pontos que comprovam que a ideia da ação política por meio do poder é danosa e em nada benéfica. Todos eles tentam demonstrar que a guerra só trás malefícios e nenhuma confição vantajosa que valha a pena o risco.

A riqueza, o bem-estar e a prosperidade das nações não dependem de modo algum do seu poder político. (...) Os habitantes de países como Suíça, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Suécia desfrutam de tanta prosperidadc e bem-estar quanto os habitantes da Alemanha, Rússia, Austria-Hungria e França.(...) E não se trata apenas do fato de que a segurança dos pequenos Estados repousa em tratados de neutralidade; a questão fundamental é saber se o poder político pode ser convcrtido positivamente ern vantagem econômica. (pg. 24)

A Inglaterra não recebe das suas colônias, nem poderia receber, qualquer tributo ou vantagem econômica especial; e não é possível conceber que outro país, necessariamente menos habilitado na administração colonial, conseguisse o que a Inglaterra não consegue, especialmente se levarmos em conta a história de outros impérios coloniais como os da Espanha e de Portugal, da França, além da própria Inglaterra em épocas anteriores. (pg. 25) – Essa informação na corresponde com a realidade.

Portanto, não podemos presumir que qualquer nação européia se empenhasse em projeto tão estéril como seria a conquista da Inglaterra, tentando uma experiência que toda a história colonial do mundo nos mostra que é infrutífera. (pg. 25)

Para o autor só de enunciar os problemas causados pelos embates políticos, já é o suficiente para provar que ação do estado não deve ser pelo meio polítio de um jogo de poder.

Além disso, essas sete proposições podem ser resumidas em uma só, que é a seguinte: em nossos dias, a única conduta possível para o conquistador é deixar a riqueza de um território em mãos dos seus habitantes; por conseguinte, há uma ilusão de ótica, uma falácia lógica, na idéia hoje alimentada na Europa de que uma nação aumenta a sua riqueza ao expandir o seu território, porque, ao anexar-se uma província ou um Estado, anexam-se também seus habitantes, que são os únicos e verdadeiros proprietários da riqueza correspondente, e o conquistador nada ganha. (pg. 26)

Em consequência, qualquer confisco ou devastação extensa do comércio no território conquistado repercute desastrosamente nos interesses do conquistador. Assim, este se encontra reduzido à impotência econômica, o que significa que o poder político e militar é economicamente inútil; ou seja, em nada contribui para a prosperidade e o bem-estar daqueles que o detêm. (pg. 26)

Tudo isso nos leva à conclusão paradoxal de que, quanto mais se protege militarmente a riqueza de uma nação, menos segura ela parece. (pg. 27)

Defesa do liberalismo. Compara a riqueza de países que tem garnde exercito com países mais pacíficos, e demonstra que os países com um exército mais fraco (Noruega) tem uma riqueza maior do que países com um exército forte. (Alemanha e Rússia)

Se não fosse assim, não presenciaríamos a estranha contradição que existe entre as convicções políticas predominantes e as práticas comerciais correntes que percebemos ao contemplar a segurança e a prosperidade dos Estados menores (pg. 28)

De um lado, temos a declaração unânime de todos os especialistas em política, segundo a qual os grandes exércitos e as grandes esquadras são indispensáveis para proteger nossas riquezas contra os assaltos dos vizinhos poderosos, cuja cobiça e voracidade só se detêm diante da força; ao que se acrescenta que os tratados nada valem e que, nas relações internacionais, o fundamento do direito é a força; que a segurança comercial se identifica com a segurança militar; que há uma justificativa para os armamentos: a necessidade de garantir o comércio; que a marinha britânica é um "seguro"; e que um país sem forças militares com que possam contar os seus diplomatas ao "negociar" no concerto europeu encontra-se em posição de

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