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Teoria do Urbanismo

Por:   •  11/2/2018  •  1.721 Palavras (7 Páginas)  •  339 Visualizações

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O artigo A Questão do Alojamento evidenciava o caráter paternalista e reacionário das soluções sociais para a crise do alojamento. O alojamento para ele é um aspecto social de problema global, que não podem se dissociar e só seria resolvido com uma ação revolucionária. Ele se recusa a modelos dos socialistas utópicos.

Crítica as grandes cidades industriais:

Londres por exemplo era uma cidade muito particular onde se anda por horas e não se chega a um determinado fim. Sem se perceber a proximidade ao campo. Se tornou a capital comercial do mundo. A população teve que sacrificar o melhor de suas condições para realizar a civilização que inundava a cidade. A desagregação das pessoas, cada uma com seu princípio de vida é bastante criticada por ele. Toda cidade possui um ou muitos bairros ruins onde se localizam as classes operárias, na Inglaterra esses bairros praticamente estão organizados da mesma maneira, as ruas são sujas, sem esgoto, nem escoamento de água, o comércio é feito na rua.

Liverpool mesmo sustentando seu luxo e riqueza dispõe de trabalhadores lançados as mesmas condições que Londres, uma parte da população vivem no subterrâneo da cidade.

Manchester é uma cidade que não está voltada a operários, porque os mesmos estão separados com rigor da classe média, o lugar abriga um bairro comercial extenso, a noite é um bairro extremamente deserto. Esse bairro comercial, é envolvido pelo bairro operário, e depois de uma largura considerável vivem a média e a alta burguesia.

Os diferentes bairros operários de Manchester apresentam quase em sua totalidade uma moradia em mau estado, úmida e suja, aparentemente foram construídas sem o menor cuidado com a ventilação, com a preocupação apenas no lucro, nos bairros operários nota-se que não há limpeza e nem conforto.

A questão do alojamento:

A crise do alojamento é o agravamento particular das más condições de habitação dos trabalhadores como conseqüência do afluxo da população pára as grandes cidades. Está crise não é atual, e a única solução seria exterminar a exploração e opressão a classe trabalhadora pela classe dominante. Essa situação alcança hoje os trabalhadores e uma pequena parte da burguesia das nossas cidades modernas, um dos inúmeros males de importância menor e secundária que resultam do atual de produção capitalista.

Em nossa sociedade como em qualquer outra precisa estabelecer gradualmente um equilíbrio econômico entre oferta e demanda. É necessário que exista uma revolução social. Sendo uma das mais essenciais a supressão da oposição entre a cidade e o campo. A problemática do campo e da cidade só poderá ser resolvida se a sociedade for profundamente transformada, para poder se dedicar e suprimir essa oposição. Querer resolver o problema conservando a cidade moderna é um absurdo. As grandes cidades só serão suprimidas com a abolição do modo de produção capitalista.

Engels é contra os projetos utópicos, acredita que nenhum capitalista tem interesse em edificar colônias operárias ao lado das cidades, mesmo que ela siga um modelo mais organizado e confortável, para ele é uma colônia totalmente copiada dos socialistas que foi aburguesada tirando tudo que é socialista dela. Assim ela se torna utópica.

Karl Marx:

O horizonte da cidade é a tela de fundo sobre aquela se desenha o conjunto do pensamento histórico e político de Karl Marx. A história das sociedades, até hoje é a história de luta das classes sociais. Desenrola-se na cidade onde surge a burguesia e chegam ao proletariado industrial, esses são os motores da história e da revolução. A partir do tempo a cidade pode desempenhar dois papeis: alienante e libertador. A cidade industrial do século XIX é um momento dessa dialética.

A grande cidade industrial tira a necessidade do operário em ser livre, o homem volta a caverna, essa tal caverna não pode ser considerada sua própria casa, mas sim na casa de um estranho, a luz, o ar ou a limpeza mais elementar deixa de ser necessidade para o homem, nenhum de seus sentidos existe mais, mas não sob seu aspecto “inumano”.

Nenhuma sociedade expira antes de ser desenvolvidas todas as suas forças de produção, nunca relações superiores de produção são estabelecidas antes que as condições materiais de suas vidas surjam no meio da velha sociedade. Por isso a humanidade só propõe tarefas que pode realizar, a tarefa surge onde as condições materiais necessárias para ser realizada, já se formaram, ou estão quase criadas.

Londres ocupada o primeiro lugar onde se remete a alojamentos obstruídos ou impróprios para ser habitados pelo homem. Há dois fatos para isso: O primeiro é que Londres tem vinte colônias fortes, com aproximadamente 10 mil pessoas cada, cujo estado de miséria é alarmante, isso resulta na instalação degradada de suas moradias. O segundo é que o grau de obstrução dessas moradias é muito maior que há vinte anos. Pode-se dizer que alguns bairros de Londres têm uma vida infernal. A melhor parte situada da classe operária incluindo nela pequenos comerciantes e uma pequena classe média, sofrem a maior influência fatal dessas condições de alojamento, a medida e que eles vão se desenvolvendo com suas fábricas, os bairros vão sendo demolidos e fazem afluir massas para a metrópole e então até os alugueis das casas sobem em ritmo da renda predial.

Os operários expulsos dos seus bairros não abandonam de todo o seu bairro, ou se estabelecem o mais próximo possível deles. Tentam se alojar vizinhos aos seus trabalhos, levando famílias a se adaptarem a uma casa muito menor que a antiga por conta do aluguel caríssimo. Alguns caminham até 2 milhas para chegarem aos seus serviços.

No começo do século XIX, não havia nenhuma cidade

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