TEORIA DO URBANISMO: Urbanismo Corbusiano

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Sofreu influências de Edward Gibbon Wakefield, Alfred Marshall e Camilo Sitte.

Idealizou uma cidade racionalmente organizada; ruas arborizadas; uma grande avenida, que ligava todos os pontos da cidade; anel rural; como também um parque central.

Com formato radial a cidade se dividia em camadas de acordo com sua setorização: residencial, comercial, industrial, áreas verdes e edificações institucionais.

Raymond Unwin e Barry Parker fizeram a primeira cidade jardim: Letchworth, que possuia um traçado orgânico, cortada por uma rodovia (Londres-Cambridge), e com uma estação central, casas com jardins frontais. Assim a primeira cidade jardim teve um lento crescimento. Welwyn foi a segunda cidade jardim de Horward, teve como arquiteto Louis de Soissons, possuindo um caráter mais formal, também cortada por uma rodovia (Londres - zona norte), possui esquema de circulação radial; Observação para o aproveitamento da topografia da cidade no planejamento das vias, também possuindo casas com jardins frontais e jardins coletivos nos centros das quadras.

CONFRONTO COM LE CORBUSIER

“É viável a construção de novas cidades industriais, independente da intervenção do estado. As famílias podem construir casas em áreas verdes e próximas ao trabalho e às demais necessidades. É possível obter habitações com baixo custo e qualidade, como também uma boa qualidade ambiental”. Pensava no homem e suas necessidades como Le Corbusier, além do ideal de zoneamento da cidade de acordo com sua funcionalidade. Também tinha a intenção de uma via central cortando o centro da cidade, parques e estações, além de vias de circulação planejadas.

URBANISMO NATURALISTA

CARACTERÍSTICAS

Frank Lloyd Wright como seu principal expoente, sofreu grandes influências da Arquitetura Japonesa, como a beleza relacionada a natureza e a horizontalidade, características perceptíveis em grande parte de suas obras, como na Casa da Cascata. E também da Arquitetura Orgânica que tinha a casa como organismo vivo e seguia seis diretrizes.

O naturalismo explorava os materiais tradicionais, e procurava proporcionar uma maior integração com a paisagem e a valorizar o ambiente interno.

Percebemos o urbanismo naturalista nas cidades quando os habitantes vão se adequando à realidade que encontram e se aglutinando na desordem existente, gerando uma vida artificial e gregária. Então com a arquitetura orgânica o homem toma posse de seu território, como também se coloca como parte integrante do mesmo. Wright propôs um conceito de cidade, chamado Broadacre, onde para ele a arquitetura resultaria da topografia, os edifícios construídos seriam parte integrante do solo e compreendia a beleza da paisagem como elemento da arquitetura. Em Broadacre, existiriam largas autoestradas, totalmente integradas à paisagem, com segurança, acessos fáceis e presença de árvores.

Pensava-se também em unidades funcionais integradas umas a outras, diferentes e dispersas; os edifícios altos seriam erguidos isolados. As classes trabalhadoras poderiam comprar uma unidade de alojamento individual completa e seriam unidades-standard (funcional, higiênico, ininflamável). As unidades profissionais geralmente seriam construídas próximas das habitações, as profissionais contribuíram para aumentar o valor estético da cidade. Os locais de lazer seriam colocados ao longo das estradas.

CONFRONTO COM LE CORBUSIER

Le Corbusier tinha a ideia da casa como “máquina de morar”. Já Frank Lloyd Wright seguia o pensamento de que a máquina deveria construir a casa, mas não ser ela.

Assim como Corbusier criticava o caos e a desordem da cidade, propunha a verticalização como medida de solução para o excesso populacional no centro das cidades e possuía um planejamento humanista.

PLANEJAMENTO HUMANISTA E A CIDADE NA REGIÃO

CARACTERÍSTICAS

Patrick Geddes como destaque. Biólogo escocês, conhecido pelo seu pensamento inovador nas áreas de planejamento urbano e sociologia. Tinha o pensamento da cidade como um organismo vivo, porém levava em consideração sua história e geografia. Outro nome desse movimento foi Lewis Mumford, discípulo de Geddes que tinha o pensamento da cidade como um centro nevrálgico do tempo presente, e diferente de Geddes, ele restringe o urbanismo apenas a questões culturais e históricas. Possuía uma visão da cidade voltada para o homem, porém criticava a cidade progressista e tirava o foco da máquina.

O planejamento humanista tem uma preocupação estética com a cidade, com a função biológica dos espaços livres, visto que hoje a cidade está ameaçada pela poluição radioativa. Defende a transformação e apropriação da paisagem, a regulamentação do zoneamento e entende como medida necessária matrizes verdes, afim de fazer da cidade um ambiente termicamente agradável para que as pessoas não passem a procurar uma vida mais rural. O que Geddes almejava era uma cidade com uma qualidade de vida mais completa, em cada ponto da região.

CONFRONTO COM LE CORBUSIER

Um pensamento um pouco parecido com o de Le Corbusier e ao mesmo tempo se contrapondo-se em alguns pontos. →Le Corbusier também acreditava que a ordem e a harmonia do mundo só seria alcançada através da ação de grandes homens, porem para ele a casa era vista como uma “máquina de morar”.

MOVIMENTO CITY BEAUTIFUL

CARACTERÍSTICAS

O movimento foi criado entre 1890 e 1900, tinha como princípio reformar a arquitetura e o urbanismo americanos, buscava o embelezamento e a grandeza monumental das cidades, além da forte importância dada em demonstrar o patriotismo.

O primeiro evento foi em Chicago, em 1893 organizado por Daniel Burnham (criador do plano diretor de Chicago). Em sua proposta ele apresentou a construção de um novo centro cívico em que prédios municipais seriam agrupados num conjunto de parques públicos interligados, formando um espaço aberto diante das novas instalações da estação da cidade. Propunha a demolição de mais de 100 acres de densos e miseráveis cortiços. A proposta foi bem recebida, porém, ninguém se importou com o destino dos moradores dos cortiços.

Chicago foi o projeto Burnham em sua realização definitiva. As soluções para o caos