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O Desafio Da Sustentabilidade Na Construção Cívil

Por:   •  16/9/2018  •  2.032 Palavras (9 Páginas)  •  304 Visualizações

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O terceiro capítulo apresenta as influências da construção civil para as mudanças climáticas. Ações humanas estão interferindo no clima do planeta, pois tem como resultados o aumento da concentração de gases poluentes. As mudanças no solo são grandes responsáveis para a o aumento desses gases na atmosfera, assim como a destruição das matas nativas.

A indústria da construção civil também tem uma parcela significativa na emissão desses gases, como por exemplo, a decomposição de carbonatos, especialmente calcário, que ocorre principalmente nos fornos de cimento, de aço e da cal. A extração de madeira nativa de forma ilegal merece destaque na emissão de gases do efeito estufa no Brasil, mas nem toda emissão do desmatamento é atribuída à construção civil, o agronegócio é o principal responsável.

O uso dos edifícios no mundo é responsável por 25% da emissão de CO2, incluindo emissões diretas e indiretas. No Brasil os edifícios não têm maiores contribuições para a emissão de CO2, a queima de combustíveis fósseis é responsável por 60% das emissões, e são fundamentalmente relacionadas a atividades na qual a construção tem pouca ou nenhuma influência. Uma parcela importante das emissões do setor está associada ao movimento de materiais de construção.

Essa indústria é responsável por uma pequena parcela de emissões, no entanto a economia de energia é importante em qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável. Assim, uma estratégia eficaz para redução de gases poluentes no setor da construção demanda uma ação setorial que inclua as cadeias produtivas de materiais de construção. À inovação e adaptação ás mudanças climáticas é parte dessa estratégia.

O capítulo quatro apresenta a relação entre a cadeia produtiva de materiais e de componentes e a sustentabilidade. Nesse capítulo os autores exemplificam os impactos ambientais e sociais associados à produção, uso e fim da vida útil dos materiais, discutindo alguns deles, apresentando uma visão do método de análise do ciclo de vida, que procura minimizar os impactos ambientais.

Estima-se que entre ½ a ¾ dos materiais retirados da natureza ao final da vida útil retornam como resíduos em um período de um ano. A massa de resíduos gerada é proporcional ao consumo de materiais. O desafio é desmaterializar a construção, reduzindo a massa de materiais utilizada, o volume de resíduos gerados, assim diminuindo os impactos ambientais.

A minimização dos impactos é adquirida atreves de soluções na fase de construção, que diminuam manutenção, reduzam consumo de energia e água. Para obter tal redução destaca-se a introdução de materiais sustentáveis. No Brasil a taxa de reciclagem e muito baixa, e é necessário o desenvolvimento de técnicas de processamento permitam separar diferentes frações e desenvolver novas aplicações.

No capítulo cinco a importância da durabilidade para a sustentabilidade é discutida. De forma geral a velocidade de degradação de um dado material depende de sua interação com o ambiente. Quando um produto chega ao fim da sua vida útil transforma-se em resíduos A vida útil desses materiais pode ser prevista e planejada, e um aumento da durabilidade implica na redução de impactos ambientais, traz benefícios econômicos e sociais.

A análise do ciclo de vida não pode ser conduzida de maneira precisa sem que as vidas úteis sejam precisamente estimadas. Atualmente existem muitas informações sobre degradação de matérias, e formas de prevenção, porém poucos profissionais prioriza o tema, perdendo assim uma estratégia eficiente de mitigação dos impactos ambientais, por isso é necessário um esforço maior de propalação de tais informações.

No sexto capítulo é discutida a informalidade e a sustentabilidade social e empresarial no setor da construção civil, frisando que a falta de informação conduzem a área para ilegalidade, consequentemente a devastação do ambiente. A informalidade cria condições de competição desigual entre empresas, gerando a corrupção nos agentes públicos e privados.

A redução da informalidade é uma das principais tarefas para um país sustentável. A formalização do setor é um grande desafio social, que requer novas estratégias. Estas deverão combinar o aumento de produtividade, que depende de mudanças tecnológicas e atração de trabalhadores qualificados, com salários, mudanças culturais, segurança no trabalho, formação de recursos humanos e questão de gênero.

Toda sociedade é usuária da construção civil, e medidas de sustentabilidade são discutidas e introduzidas sem considerar o interesse real da mesma. A qualidade do ambiente interfere diretamente com o bem-estar das pessoas, e para que as inovações relacionadas à sustentabilidade tenham sucesso, deve-se respeitar a cultura do usuário até que a mesma seja modificada.

A informalidade ocorre em todas as áreas de economia, e isso destruí a capacidade do governo de programar politicas publicas que promovam a sustentabilidade. Na área da construção isso esta relacionado com a formação de favelas pela população de baixa renda. É essa mesma informalidade que permite a devastação de áreas nativas, fontes de boa parte da madeira utilizada na construção civil.

Na economia informal não é possível que politicas públicas sejam eficazes, assim a construção sustentável depende da redução da informalidade, e para isso é necessária à participação da sociedade. Para facilitar o engajamento social foi elaborada uma ferramenta denominada “Seis Passos”, que pode ser utilizados por leigos, órgãos públicos, construtores e toda e qualquer empresa, se aplicando também a ramos que sejam não a construção.

No capítulo final, os autores relacionaram as demais ações indispensáveis, que não foram detalhadas. Os primeiros itens relacionados à sustentabilidade na construção a serem investigados e normalizados foram energia e água, que são consumidas durante todo ciclo de vida e têm impactos dominantes na fase de uso da edificação.

A ação humana modifica os fluxos naturais da água, acarretando danos no seu ciclo natural. Uma parcela de 10% da água consumida é utilizada no ambiente construído. A educação da sociedade é fundamental para utilização consciente da água. É, portanto, necessário uma ação articulada, pois a demanda por água vai aumentar, devido ao aumento da população e ao desenvolvimento.

Os problemas do uso da água são resultados de vários fatores, como as perdas do sistema, contaminação de fontes, etc. a construção pode contribuir

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