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PROJETO TCC CINTO DE SEGURANÇA

Por:   •  3/5/2018  •  4.835 Palavras (20 Páginas)  •  291 Visualizações

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O principal risco inerente ao trabalho em altura é a possibilidade de queda. Estatísticas indicam que acidentes relacionados ao trabalho em altura, em especial decorrente de quedas de nível, são representativos e frequentemente citados como uma das principais causas de lesões fatais ocupacionais.

Quedas são consideradas como significante problema no trabalho, acarretando fatalidades, dias perdidos e custos à indústria. As maiores taxas de acidentes fatais decorrentes por quedas de altura são encontradas nos setores da construção, da agricultura, da mineração e dos serviços públicos (Lucca; Mendes, 1993; Niosh, 2000; HSE, 2003; HSC, 2006).

Quedas de altura constituem 28% dos acidentes de trabalho relatados nos Países Baixos (Aneziris, 2008). Constituem, também, a principal causa de lesões graves (amputação, fratura e traumas múltiplos) na Dinamarca, com significante aumento de casos nos últimos anos (Kines, 2003).

O National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) identificou as quedas de altura como a quarta causa (10%) de lesões fatais no trabalho. No período compreendido entre 1980 e 1994, cerca de 8.102 trabalhadores morreram em decorrência de quedas de altura nos Estados Unidos (Niosh, 2000).

No Brasil, o MTE identificou 314.240 Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT), cerca de 17,6% referentes a quedas durante período de janeiro de 2005 a maio de 2008. Dessas, 205.832 (65,5%) correspondem a quedas com diferença de nível (BRASIL, 2002a). Telhados (15,2%), andaimes (13%) e escadas (12,3%) foram identificados como os agentes mais comuns associados a lesões fatais no trabalho (Niosh, 2000).

Depois de descargas elétricas, o trabalho em altura é uma das principais causas de acidente do trabalho fatal no Brasil. Alguns setores de atividades profissionais, dentre elas a construção civil, se destaca como uma das grandes fontes de acidente dessa natureza. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constatam que em 2011 quase 12% do montante de acidentes do trabalho correspondem a quedas com diferença de nível (Ministério da Previdência Social [MPS], 2011)

O relatório da Health and Safety Comission (HSC) referente às estatísticas de lesões fatais e não fatais no trabalho na Grã-Bretanha identificou a escada como o agente que ocasiona maior número de lesões envolvendo quedas de altura acima de 2 metros (36%) e abaixo de 2 metros (30%) (HSC, 2006)

Guimarães (2004) afirma que as causas principais de acidentes do trabalho são os atos inseguros e as condições inseguras. As condições inseguras são fatores presentes no local de trabalho e devem ser identificadas, localizadas e alteradas para que não resultem em acidentes de trabalho. O ato inseguro é a maneira como as pessoas se expõem conscientes ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há pessoas feridas.

[pic 1]

Figura 1. Estatística do Ministério do Trabalho sobre acidentes de trabalho causados por queda de altura. Fonte: http://www.cursonr35.net/indice-de-acidentes-causados-por-queda

1.1.4 Identificação de Riscos – Análise Preliminar

Análise preliminar de riscos é uma metodologia intuitiva sistemática utilizada para identificar possíveis riscos. É um documento que mostra passo a passo a atividade em análise, os perigos identificados, as causas, efeitos potenciais, categorias de frequência e severidade e risco, as recomendações para que se reduza ou elimine o risco.

Conforme NR 35 as atividades em altura somente podem ser realizadas após passarem por análise. O item que descreve esta obrigação é o item 35.4.5.1: "Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco" da NR 35.

Conforme esta mesma norma deve-se considerar o local em que os serviços serão executados e seu entorno, o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho, o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem, as condições meteorológicas adversas, a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual.

Tais considerações deverão atender às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda, o risco de queda de materiais e ferramentas, os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos, o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras, os riscos adicionais, as condições impeditivas, as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador, a necessidade de sistema de comunicação e a forma de supervisão.

1.1.5 Requisitos mínimos para a Análise Preliminar de Riscos (APR)

Os requisitos mínimos da APR são apresentados em forma de Planilha, contendo os itens abaixo especificados:

- Número de passos: Nesta coluna são numerados os passos que a atividade em análise é dividida. Uma maior quantidade de passos pode resultar em uma a análise mais abrangente.

- Descrição básica dos passos: Nesta coluna são descritos cada um dos passos de realização da atividade – Pode-se denominar como Fase “PASSO A PASSO”. A descrição deve ser breve e clara.

- Perigos identificados: Nesta coluna são identificados os perigos para cada passo da atividade em estudo. Os perigos são eventos e ou situações que têm potencial para causar danos aos trabalhadores ou a outros próximos do local de trabalho.

- Frequência: De acordo com esta metodologia, os cenários de acidente devem ser classificados em categorias de frequência e por categorias de severidade. Frequência é o número de vezes que uma variável aparece, fornece uma indicação da probabilidade esperada de ocorrência. O quadro abaixo mostra as categorias de frequências.

Tabela 1

Categoria de frequência

Categoria

Denominação

Descrição

A

Extremamente Remota

Extremamente improvável de ocorrer durante a execução da obra

B

Remota

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