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Projeto tcc Adolescente Infrator

Por:   •  15/3/2018  •  1.965 Palavras (8 Páginas)  •  492 Visualizações

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A maconha especificamente, é a droga mais consumida em todo o mundo, por ser barata e de fácil acesso. Seu uso continuo interfere na aprendizagem, memorização e fertilidade, seu uso indiscriminadamente causa dependência química e leva a esquizofrenia isso é cientificamente comprovado

Dentre tantos contrastes, de um lado temos os benefícios da maconha ( ) para pessoas doentes, sem expectativas de cura, propensos à uma melhor qualidade de sobrevivência com uso medicinal da maconha. Em outra ponta temos os problemas sociais gerados por essa droga, e a dificuldade em alinhar os pós e contras da liberação da referida droga.

Legalizar, mas não discriminalizar¿ Seria essa uma solução aprauzivel¿ Segue abaixo trecho da entrevista do Dr. Dráuzio Varella com o Dr. Elisaldo Carlini, médico psicofarmacologista que trabalha no CEBRID, Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas, e é professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.

Drauzio – Como você encara a legalização da maconha?

Elisaldo Carlini – Sou totalmente contra o uso e a legalização da maconha. No entanto, é necessário distinguir legalização de descriminalização. Quando falo em descriminalizar, não estou me referindo à droga. Estou me referindo a um comportamento humano, individual, que atinge o social. Quando falo em legalizar, falo de um objeto. Posso legalizar, por exemplo, o uso de determinado medicamento clandestino ou de um alimento qualquer desde que prove que eles não são prejudiciais à saúde.

Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada. O que defendo é a descriminalização de uma conduta. Veja o seguinte exemplo: se alguém atirar um tijolo e ferir uma pessoa, não posso culpar o tijolo. Só posso criminalizar a conduta de quem o atirou. A mesma coisa acontece com a maconha. O problema é criminalizar seu uso e assumir as consequências da aplicação dessa lei.

[Site do Dr. Drauzio Varella]

Pode se pensar em uma forma de liberar a susbstancia da maconha em capsular, exclusivamente para tratamentos de doenças conforme as mencionadas anteriormente, desde que com receita médica e liberação judicial. Seria esta uma forma de ajudar aqueles que necessitam da Cannabis para tratamento de saúde, sem colocar em risco a sociedade, de forma que os usurários da droga em si, continuariam a agir de forma ilegal.

Precisamos de uma política que coloque em pratica aquilo que é benéfico a sociedade, existem tantas lei em nosso país, porque elas não funcionam¿ porque não beneficiar aqueles que necessitam do avanço da ciência, dá para fazê-lo sem arriscar a segurança da sociedade¿

Trecho da entrevista da revista época á Presidenta (candidata a reeleição) Dilma Rousseff):

A senhora é a favor da repressão mesmo no caso de drogas leves, como a maconha?

Dilma - Não conheço nenhum estudo que comprove que a droga leve não seja passo para outra. Esse é o problema. Num país com 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, é complicado falar em descriminalização, a não ser que seja para fazer um controle social abusivo da droga. Não temos os instrumentos para fazer esse controle que outros países têm. A não ser que a gente tenha um avanço muito grande no controle social da droga, fazer um processo de descriminalização é um tiro no pé. O problema não é a maconha, mas é o crack. O crack é uma alternativa às drogas leves, médias, pesadas. Não é possível mais olhar pura e simplesmente para a maconha, que não é um caso tão extremo nem tão grave."

[Dilma Rousseff, então candidata à Presidência, em entrevista a "Época"]

Para ser comercializada, a maconha deveria ser comercializada em farmácia com receita medica controlada como psicotrópico.,dessa forma, a legalização da maconha com fins médicos não contribuiria para aumentar o consumo entre os jovens. Recentemente diretores da Anvisa decidiram tirar o canabidiol da lista de substâncias proibidas e incluir na lista de substâncias de uso controlado. Na prática, significa a liberação do canabidiol para uso terapêutico.

“Uma classificação que estava inadequada foi corrigida. Isso passa uma sinalização para pesquisa, para a sociedade, para pacientes, para médicos, de que aquela substância, ela não pode ser considerada uma substância tão nociva e sem efeitos terapêuticos quanto antes se imaginava”, explica o presidente da Anvisa Jaime Oliveira.

A venda do canabidiol continua proibida no Brasil. Até agora, apenas um laboratório estrangeiro pediu o registro na Anvisa para importar e comercializar um remédio com a substância. A agência também decidiu que em 40 dias vai apresentar uma resolução para facilitar a importação do canabidiol.

A liberação do canabidiol foi bem recebida pelos pesquisadores brasileiros. A repórter Graziela Azevedo explica o que é essa substância e as diferenças entre os efeitos que ela produz e os efeitos da maconha.

O canabidiol é uma das mais de 400 substâncias encontradas na maconha. Também conhecido como CBD já estava liberado em vários países da Europa e em boa parte dos Estados Unidos

para tratar além de convulsões, doenças como esclerose múltipla, Parkinson, e combater sintomas da AIDS e do câncer.

O composto isolado da erva da maconha não altera os sentidos e não provoca dependência. Mas a proibição total tornava até a pesquisa científica muito difícil.

O médico Elisaldo Carlini, o primeiro brasileiro a estudar, nos anos 70, o efeito do canabidiol na epilepsia chegou a contrabandear a substância para o laboratório.

"Os primeiros trabalhos científicos publicados no mundo sobre o efeito do canabidiol em epilepsia em adultos, efeito benéfico, foi nosso, foi brasileiro", diz o presidente da Cebrid, Elisaldo Carlini.

A reclassificação de substância proibida para substância controlada deve facilitar a pesquisa e o monitoramento dos pacientes, mas a importação ainda será necessária até que o canabidiol tenha registro no Brasil. O CBD foi a única substância extraída da maconha liberada nesta quarta-feira (14), todas as outras continuam proibidas.

Mas o passo dado foi considerado importante pelos pesquisadores da faculdade de medicina da USP de Ribeirão Preto. Responsáveis pelas pesquisas mais recentes do

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