O Desenvolvimento Mineiro
Por: Juliana2017 • 16/3/2018 • 5.380 Palavras (22 Páginas) • 401 Visualizações
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Nota: O desenvolvimento só deve ser iniciado após a concessão da lavra e emissão de posse.
O desenvolvimento simultâneo, acompanhando a lavra à medida das conveniências ou imposições locais, pode ser sistemático ou supletivo. Na prática o desenvolvimento só termina com a lavra. Em jazidas a céu aberto, há caso de desenvolvimentos prévios completos, de desenvolvimentos com adiantamentos acentuados ou de desenvolvimentos com pequena antecipação (especialmente no caso onde ocorre deposição do capeamento em trechos já lavrados). Em mina subterrânea os acessos principais costumam ser prévios.
IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO
Possui importância técnica e econômica, não apenas pelas despesas que envolve, como pela sua influência nos custos de produção, na produtividade, na segurança, higiene da lavra e etc.
Os desenvolvimentos principais (vias de acesso, e alguns subsidiários) podem oferecer flexibilidade para mudanças à medida que a lavra prossegue. Mas há casos, que eles são impossíveis, especialmente no que se refere as divisões em unidades de desmonte, traçados de centrais de transportes e de vias de ventilação dos alargamentos, entradas de enchimento e transferências (passagens e caídas de minério). Isto porque estes serviços são intimamente correlacionados com o método de lavra e ao ritmo de produção.
Os próprios acessos dependem, essencialmente da extração diária planejada, dos meios de transportes utilizados, dos tipos de veículos, dos equipamentos empregados na lavra, etc.
VIAS DE ACESSO
Vias de acesso são desenvolvimentos básicos que permitem atingir a jazida em um ou em vários horizontes e escoar as substâncias úteis desmontadas. Normalmente elas requerem complementação por desenvolvimentos subsidiários, com a finalidade de acesso a várias frentes de lavras, localizadas em níveis diferente. Por exemplo, a execução de um túnel, no caso de lavra subterrânea, fornece acesso direto a apenas um único horizonte. No caso de poços ocorre acesso a vários horizontes. Em qualquer desses casos, desenvolvimentos subsidiários - representados por subidas, descidas ou travessas complementam as vias de acesso.
Em alguns casos a finalidade de uma “via de acesso” é apenas ventilação ou esgotamento, sendo por isto considerada subordinada.
Em lavra a céu aberto, as vias de acesso, são, em geral, simples estradas principais convenientemente construídas para possibilitar a lavra a diversos bancos que verticalmente dividem a jazida.
Vale lembrar que, freqüentemente, a lavra a céu aberto, requer remoção de material estéril detrítico ou não sobrejacente ao material útil e denominado capeamento (overburden). Esta operação de descapeamento ou desnudamento (stripping) é executada antes ou durante a lavra.
ACESSO EM SERVIÇOS SUPERFICIAIS
As estradas inclinadas para acesso principal aos diversos bancos de uma lavra a céu aberto são denominadas simplesmente de acessos (approachs). As ligações secundárias, de um ou outro banco são designadas por rampas. O traçado dos acessos, envolvendo a locação, largura, greides, raios de curvatura e etc., depende fundamentalmente do tipo de veículo empregado, das produções visadas e obviamente das condições topográficas e comportamento das jazidas.
Nota: o traçado desses acessos requer conhecimento bastante detalhado da jazida.
Em geral, os dados fornecidos durante a exploração não são suficientes para realização de um desenvolvimento seguro e por isto nesta fase são executados serviços de sondagem intensivos (cujo espaçamento vai depender da regularidade do minério). (Normalmente interpõe-se os valores de isoteores, por exemplo, como na construção de curvas de nível).
Após a disposição mais detalhada dos elementos procura-se estabelecer o traçado do trecho a ser lavrado, isto é a cava, se abaixo do nível principal dos trabalhos superficiais ou do flanco, se superior a esse nível em encosta (em inglês qualquer desses serviços é designado por “pit”).
Quer em cava, quer em flanco, o trecho a ser lavrado a céu aberto é limitado, em área pelos pontos em que a lavra a céu aberto é mais econômica que a lavra subterrânea considerada também a remoção de estéril capeante, que aquela impõe.
A relação máxima de capeamento para minério, em que a lavra a céu aberto seria mais econômica que a subterrânea é expressa por:
[pic 2]
Esta relação, contudo não expressa a relação de capeamento para minério que poderia ser economicamente removida e conseqüentemente, os limites da cava. Isto dependerá do que se chama “relação econômica de descapeamento” envolvendo o valor recuperável por tonelada ou metro cúbico de minério, o custo total envolvido pela obtenção unitária desse valor, o lucro desejado por unidade de capeamento chamado de k” e deposição de cada unidade de capeamento. Chamando k’ essa relação deveríamos ter:
[pic 3]
Os grandes equipamentos modernos requerem bermas largas, o que se concilia bem com taludes pequenos de lavra, contudo, isso acarreta um indesejável aumento da relação estéril/minério ou força a abandonar muito minério sob nível do fundo da cava projetada, pela redução da profundidade economicamente lavrável. Portanto, na prática os taludes são os maiores possíveis, compatíveis com a segurança e largura das bermas necessárias para uma eficiente operação de equipamentos impostos pelos vulto da produção diária desejada.
A largura das bermas depende não apenas dos equipamentos, como também das frentes em trabalhos simultâneos. Deverá atender o raio de trabalho das escavadeiras, ao giro dos caminhões, ao espaço da furação progamada, espaço para material desmontado, além de ser também condicionada pela altura do banco e o talude geral da lavra.
Projetada a lavra em cava ou em flanco, serão necessários serviços de desenvolvimento para que se processe a lavra. Ter-se-á descapeamentos, abertura dos acessos, rampas, valetas de proteção (para que a água superficial não se acumulem na cava ou escoem-se pelos taludes e bermas), drenagem de água subterrânea (se necessário) evitando que exerçam pressão nos taludes por infiltração, construção de chutes e depósitos etc.
Vagões
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