PESQUISAS: Automatização e Manufatura no Brasil
Por: eduardamaia17 • 6/1/2018 • 3.574 Palavras (15 Páginas) • 425 Visualizações
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A automação surgiu como o caminho para a redução da participação da “mão humana” sobre os processos industriais. Frente a essa ideia podemos dizer que a criação do moinho hidráulico para fornecimento de farinho no século X foi um divisor de aguas. O moinho hidráulico foi uma das primeiras criações humanas com o objetivo de automatizar o trabalho, ainda que de forma arcaica. Essa criação, foi sem dúvida o pontapé inicial que mais tarde, geraria a criação da automação como a conhecemos hoje.
A produção do moinho hidráulico em larga escala pela Europa Ocidental se destacou por um volume de produção de alimentos nunca antes visto. Ainda na época um único moinho era capaz de substituir o trabalho de dez a vinte homens. Desde então o homem tem direcionado seu conhecimento para o desenvolvimento de tecnologias que desprezem suas atividades braçais. Nessa longa historia de constantes evoluções, um descendente direto do moinho hidráulico, certamente seria a maquina a vapor. A necessidade crescente de produzir cada vez mais e melhor culminou na Revolução Industrial, ocorrida a partir da segunda metade do século XVIII. Em 1946 o conceito de automação, mais semelhante ao que temos hoje, foi instituído nos Estados Unidos, nas fábricas automotivas. Atualmente, o termo significa qualquer sistema que utilize computação e que substitua o trabalho humano com o intuito de aumentar a velocidade e a qualidade dos processos produtivos, a segurança dos funcionários, além de obter maior controle, planejamento e flexibilidade da produção.
2 A IMPLANTAÇÃO DA AUTOMATIZAÇÃO NO BRASIL
Tendo o café como grande fonte de capital até o século 30 aqui no Brasil, podemos dizer, ao menos no sentido da evolução industrial que a “queda”, significou o erguimento de tal revolução. O declínio da produção do Café no Brasil abriu caminho para a industrialização do país ainda na década de 30 após a crise de 1929. Mas a industrialização de fato, se concretizaria apenas na segunda metade do século XX com o término da Segunda Grande guerra que afetou toda a indústria norte americana e Europa não ocupada, que em sua maioria concentrou esforços na produção de ferro, aço, equipamentos e suprimentos para as forças aliadas.
Ainda há época, uma completa expansão da industrialização em território nacional era inviável, graças às dimensões continentais do Brasil e as limitações com o transporte e a produção de matéria prima que existia na época. Com isso, apenas a principio, a automatização limitou-se estrategicamente a região sudeste do país, perto dos portos e aeroportos mais importantes, onde poderia ser escoada a produção para o mercado nacional e exterior.
A princípio era produzido apenas produtos que empregavam pouca tecnologia como a indústria têxtil, alimentícia, fábricas de sabão e velas. A indústria no país apenas veio a se firmar com o constante aumento dos grandes centros populacionais e o surgimento da produção de bens de consumo para atender a crescente demanda.
Esse aumento populacional se deu justamente pela migração do homem do campo para as cidades, vitimas da grande queda na produção do café. Junto ao homem do campo, os grandes centros contaram também com imigrantes Europeus, fugindo da Europa pós-guerra. Com os imigrantes vieram também novas praticas e técnicas de produção que se somaram a força de crescimento do país, alemães, italianos e espanhóis trouxeram na mala a experiência necessária para o fortalecimento dos processos produtivos.
A Europa cruelmente castigada pela guerra não podia mais exportar; situação que forçou vários países da América do sul, inclusive o Brasil, a serem forçados a empregar recursos para o crescimento da indústria.
Na segunda metade do século XX é que ocorreu a implementação de industrias multinacionais que atuavam no segmento automobilístico, químico, eletroeletrônica e farmacêutica. Desde então o Brasil entrou definitivamente no processo de industrialização deixando de lado a tendência de país produtor primário para o modelo de estado industrial e com grandes centros urbanos que seguimos até hoje.
Entrando um pouco –inevitavelmente- na historia politica do país o Brasil ainda viria a passar duros anos de crise com o regime militar de 31 de março de 1964. Após o golpe militar que derrubou João Goulart em 1985, o Brasil elegeu Tancredo Neves. Logo após a sua morte José Sarney, assumiu o país na fase de transição até o início da década de 90 com a eleição de Fernando Collor. Recém-eleito o então presidente fez uma declaração que ficou para a história da indústria automobilística no Brasil: “O Brasil não tem carros, tem carroças.” Com uma política cambial agressiva e com inflação voltando mais forte do que na gestão de seu antecessor José Sarney, Collor viu na abertura do mercado nacional para a importação de produtos e maquinas a saída da crise. “Vamos combater a crise com trabalho.”
Ai começou a entrada de máquinas industriais e de processos produtivos capazes de impulsionar a indústria do Brasil para a Automação e aumento da sua capacidade de produzir mais com custos menores.
Desde então, a indústria nacional impulsionada pelas transformações geradas pela chamada 3ª Revolução Industrial com a entrada das inovações da tecnologia da informação a indústrias no Brasil buscam a inovação e investem em novas tecnologias como a robótica e a produção nacional se expande.
3 PRIMEIRAS EMPRESAS A INICIAREM PROCESSOS AUTOMATIZADOS
Ao pensar sobre o que o texto acima sugere, comumente, mesmo para quem não é da indústria mecânica, é normal visualizarmos instantaneamente o padrão de automação que conhecemos, seja na linha de montagem de uma empresa automobilística, ou mesmo em uma linha de produção de uma metalúrgica de grande porte. No entanto no Brasil, o avanço tímido da automação, começou pelas empresas menores, de forma contida. Bem longe do que normalmente imaginamos.
A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Desde o Antigo Egito, já se utilizava o tear antigo. Aqui no Brasil, mesmo antes da chegada dos colonos os índios já praticavam atividades artesanais, utilizando de técnicas bem primitivas, como o entrelaçamento manual de fibras vegetais.
A indústria têxtil foi uma das pioneiras no processo de industrialização no Brasil. A automação da indústria têxtil coincidiu com a Revolução Industrial, quando as máquinas, até então acionadas por força humana ou animal, passaram a serem acionadas
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