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PESQUISA: BIOGRAFIA DO AUTOR ARIANO SUASUNA, RESENHA O AUTO DA COMPADECIDA, COMPARAÇÃO ENTRE SECA NO BRASIL DA ÉPOCA DO LIVRO E HOJE EM DIA

Por:   •  24/11/2018  •  1.379 Palavras (6 Páginas)  •  574 Visualizações

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Se sua poesia teve modesta repercussão, o teatro, com a força do humor, o consagrou. Ariano recebia inúmeros convites para realizar "aulas-espetáculos" em várias partes do país onde, com seu estilo próprio e seus "causos" imaginativos, deixava o público encantado.

Ariano Suassuna faleceu no Recife, no dia 23 de julho de 2014, decorrente das complicações de um AVC hemorrágico.

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2.2 O AUTO DA COMPADECIDA

A história acontece no nordeste brasileiro, local de grande escassez de vários recursos necessários, o que é retratado nas obras, e se desenrola em torno das trapaças do esperto João Grilo e seu “fiel escudeiro” o atrapalhado Chicó. Grilo engana o seus superiores, o clero, a burguesia, o cangaço e até mesmo o diabo, tamanha são as proporções que seus atos tomam, tornando assim uma história bem humorada e muito divertida.Entretanto, mesmo sendo uma peça onde há varias vários momentos cômicos ainda assim, Ariano Suassuna consegue de forma objetiva fazer diversas críticas a dimensões sociais, desde a burguesia ao clero.Nesta obra Ariano Suassuna teve varias inspirações de folhetos de cordéis como ele mesmo explica em suas entrevistas, como o caso onde temos o enterro de um cachorro em latim, o testamento desse mesmo cachorro para um padre, um bispo e um sacristão, o debate de João Grilo com o diabo, um gato que defeca dinheiro e uma gaita que ressuscita os mortos. Essa é uma obra fruto da tradição popular, das crendices e supertições de um povo irreverente que é o povo do nordeste. Ariano Suassuna soube dosar exatamente cada palavra e cada pingo nos “is”. Com muito humor, Ariano, fala sobre a miséria humana, como avareza, racismo e das desigualdades sociais.

2.3 A OBRA NAS TELINHAS E SUAS CRÍTICAS ARDENTES

As questões geográficas, econômicas, sociais, políticas e religiosas são apresentadas como se fosse um jogo lúdico. A falta de informação e o alto grau de analfabetismo do sertanejo nordestino justificam a liberdade restrita imposta pelo coronel e o comportamento moralmente imposto pela igreja. Ainda assim, a esperteza e o raciocínio rápido é a arma que este mesmo sertanejo tem para sobreviver nesse ambiente hostil. A cultura nordestina é rica: a literatura de cordel, a musicalidade como que inata e o artesanato peculiares são de total originalidade e criatividade estéticas.

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A dupla João Grilo e Chicó é uma personificação dessas características de brasilidade típica. Os diálogos ágeis e a rapidez de raciocínio do Grilo comprovam a tese de que saber comunicar-se é básico em qualquer relação social. Saber usar a palavra e o seu poder é a arma mais eficiente que se pode ter. A crítica à igreja, que vê nas ofertas a sua perpetuação, é oposta à fé que perdura mesmo nos momentos críticos como na hora do julgamento, afinal a fé é gratuita. A redenção de Severino apresenta uma visão relativista quanto ao bem/mal, já que se trata de um cangaceiro assassino que tem seus atos justificados pela sua história de vida. Deus aparece na pele de um negro e permite a reflexão, sugerida pela personagem, acerca do preconceito. Há um mundo exposto de questões que podem ser exploradas: a crença religiosa arraigada, o trabalho, a seca, a dimensão geográfica, a política, a economia, a sociedade e a cultura.

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3. CONCLUSÃO

3.1 COMPARAÇÃO ENTRE OS DIAS ATUAIS E ANTIGOS

A respeito do tema que no foi passado sobre a obra não fica difícil perceber a relação da obra com o local onde Ariano Suassuna morava, as duas no Nordeste onde um tempo foi na Paraíba e logo após morando em Pernambuco onde escreveu "O auto da compadecida", mesmo essa criação tendo sido feita em 1955 ainda assim pode se perceber temas bem atuais como o racismo, relações da igreja impostas as pessoas daquela região, escassez de recursos como já foi dito, e por isso nós deixamos para fazer essa comparação na conclusão, pois dessa forma fica mais simples observar as críticas impostas em seu trabalho, como o caso em que há o julgamento das pessoas com a presença do próprio deus e do diabo onde deus aparece na pele de um homem negro, oque gera uma reflexão por conta do preconceito, algo que fica bem explícito, outro caso é o cangaceiro assasino que foi perdoado por conta de seus crimes sempre terem uma explicação pelo seu passado.

Olhando de longe parece ser apenas mais uma obra bem humorada com críticas tolas, mas quando bem observado pode se perceber que há vários pontos a se olhar, em nosso ponto de vista fica muito mais simples de se observar essas opiniões através do filme em vez do livro, porem é iminente que essas críticas podem ser trazidas para os dias atuais fazendo varias relações com religiões, políticas, racismo e as diferenças sociais entre o povo,de qualquer forma os dois trabalhos tem seus pontos altos e conseguem trazer seus pensamentos a tona a respeito das regiões de seca daquela área do nordeste mostrando que a inteligência de certas personagens era a única arma que podia ser utilizada naquela época.

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4. BIBLIOGRAFIA

http://www.modro.com.br/cinema/filmes/oauto.htm

https://www.ebiografia.com/ariano_suassuna/

https://omelete.uol.com.br/filmes/criticas/o-auto-da-compadecida/?key=21173

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