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ANÁLISE DE PESQUISA SOBRE A PROVINHA BRASIL

Por:   •  3/9/2018  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  336 Visualizações

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HISTÓRICO

Também segundo o site do INEP, Desde 1990, com o surgimento do Saeb (Sistema Nacional Avaliação da Educação básica), o Inep vem apresentando umaprodução de indicadores do sistema educacional no país sobre a condição de analfabetismo, se mostrando alarmante, sendoatribuído a ineficiência do ensino no país.

Com intuito da reversão desse quadro, os poderes estaduais, municipais com o Governo Federal, vem demonstrando interesse nesse sentido. Assim, o Governo Federal aumentou a quantidade de anos do ensino fundamental para nove anos, com obrigatoriedade de ensino a partir dos seis anos de idade, além de que, o MEC executou o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, o qual prevê a alfabetização obrigatória até oito anos, e elaborou o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.

Em 2008, foi aplicada a primeira Provinha Brasil, com intuito de compreender a eficácia das medidas governamentais diante de todos os índices críticos, e prever uma melhoria nos quesitos ineficazes que não conseguem garantir o auxílio a uma aprendizagem adequada.

A PROVINHA BRASIL EM UM CONTEXTO EDUCACIONAL

Fizemos uma pesquisa de campo em uma escola de ensino publico convencional, localizada em um bairro suburbano de Maceió, Escola Municipal Octávio Brandão. Lá, fizemos uma entrevista com uma das professoras da manhã, que expôs alguns pontos interessantes sobre as mudanças reais ou impactos desse teste naquele ambiente, e faz algumas críticas a essa avaliação, que destacaremos ao decorrer da discussão.

Ao ser perguntada o que é a Provinha Brasil? A professora nos responde ser: uma prova que vai medir o nível de conhecimento que os alunos estão obtendo em sala de aula, o que foi aprendido, e o que precisa ser mais trabalhado pela professora. Continua dizendo, que a prova funciona da seguinte forma: vem um aplicador da prova da SEMED (Secretária Municipal de Educação), esão concedidos ao aluno 3 horas de prova, 2 horas para elaboração da prova e 1 hora para preenchimento do gabarito, a professora fica em sala de aula preenchendo um formulário com questões pessoais como: nível de escolaridade, valor salarial, horário de trabalho, etc... A prova traz noções básicas de português e matemática, e também pede que o aluno leia e interprete textos, que eles infiram informações do texto implícita ou explicitamente.

É uma tentativa de nivelar a aprendizagem nacional dos estados brasileiros- explica a professora- porém como a prova não é baseada e nem elaborada segundo a realidade de cada estado ou cidade, vem baseada nos alunos da região sul e sudeste do Brasil, então, foge da realidade dos alunos daqui da escola, que sofrem com a carência de recursos e apoio familiar, pois muitos pais são analfabetos e desempregados, muitos alunos não moram com os pais, outros vivem em uma realidade de marginalização por meio de seus responsáveis, e outros fatores mais, fazendo assim que a distorção nacional seja alarmante.

Além do quê - critica a professora – a prova é aplicada em uma determinada data e a devolutiva só acontece com dois anos posteriores, então isso dificulta o diagnóstico dos alunos, deveria ser antecipada essa devolutiva, para que o professor pudesse trabalhar as dificuldades que os alunos demonstraram através da prova.

Indagamos a professora se ela percebe alguma eficácia no diagnóstico que a prova traz, ela diz que depende muito de escola para escola, tem escolas que diante do diagnóstico apresentado pela prova, a gestão e corpo docente se empenham para mudar ou melhorar a qualidade do ensino, para alcançar melhores resultados, porém enquanto outras, continuam de braços cruzados, buscando culpar alguém.

Esses fatores nos mostram que, as politicas públicas de educação precisam estar inteiradas da realidade escolar em cada região dos estados brasileiros, das necessidades reais dos educandos de região para região. São muitos os problemas que cercam a educação brasileira, restando assim, para os professores a responsabilidade de correrem contra o tempo e preparar os alunos, para tal avaliação. As investigações sobre a qualidade da educação através dessas avaliações em larga escala, não tem resolvido e parece não resolver o problema, pois não tem como haver qualidade sem igualdade social, ou melhor, justiça social, como uma criança dará rendimento escolar passando por necessidades básicas em seu lar?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Provinha Brasil não é uma prova classificatória que demonstra quais os melhores escolas, alunos ou professores, ela é um instrumento de intervenção pedagógica, que identificará as deficiências gestuais e do sistema de ensino e aprendizagem. Contudo, essa avaliação perde relevância a partir do momento que seus objetivos não são alcançados por falta de suporte governamental, como foi observado durante esta simples entrevista com a professora da Escola Municipal Octávio Brandão.

Existe uma incoerência gritante, pois o mesmo poder que oferece e possibilita tal avaliação diagnóstica, ao mesmo tempo não oferece subsídios para que as deficiências detectadas sejam sanadas. O problema não está em uma questão específica, está em todo um contexto físico, estrutural, conceitual, que envolvem gestores, professores, alunos e inclusive responsáveis.

A prática escolar é muito mais complexa do que teste irá mostrar, existem muitos aspectos que não são quantificados. A prova em si é eficaz, mas não parece que escancarará todas as dificuldades que o aluno ou professor tem de enfrentar, é uma questão que envolve

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