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Relatório de Estágio de Planejamento de Intervenção - Psicologia Hospitalar

Por:   •  11/1/2018  •  3.715 Palavras (15 Páginas)  •  592 Visualizações

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conhecer, descobrir, perceber o todo. Como posso eu intervir num espaço na qual eu não me permito? É necessário se permitir a ver e não só olhar, a escutar e não só ouvir. O escutar não pode se restringir a uma coleta de informações, nosso papel não pode ser apenas de caráter interpretativo. Uma escuta surda que eu chamaria de “ouvir” torna-se uma atividade julgadora, portanto, é imprescindível uma escuta de experimentação, onde o estranhamento predomine dos modos que são instituídos no fazer daquela instituição gerando assim, uma responsabilidade coletiva com aquilo que construímos e faz parte de nossas vidas. (ARANTES, 2012)

Caracterização do campo de estágio

As informações gerais aqui trazidas foram retiradas do site da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na Carta de Serviços ao Cidadão oferecido pelo Hospital das Clínicas (HC).

O Hospital das Clínicas (HC), fundado em 14 de setembro de 1979 é vinculado a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para apoiar as atividades de graduação e de pós-graduação do Centro de Ciências da Saúde. Atua nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e assistência. No ensino, seu foco é servir de campo para a prática na formação de profissionais. Na pesquisa, busca desenvolver novos conhecimentos na área da saúde. A extensão aproxima a universidade da sociedade por meio de projetos comunitários. Nesse sentido, a assistência prestada à população no hospital, no atendimento ambulatorial e de internação, também é considerada uma extensão universitária. Portanto, busca prestar um serviço de excelência à sociedade nos âmbitos da assistência, do ensino, da pesquisa e da extensão, com o intuito de avançar nos conhecimentos científicos relacionados à saúde, à promoção e à preservação da vida.

O HC é Hospital de Ensino certificado pelo Ministério da Educação. No âmbito da saúde, é prestador de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo atendimento médico-hospitalar ambulatorial e de internação à população do Estado de Pernambuco e de outros Estados da Região Nordeste, como referência de média e alta complexidade. Ser referência nacional e internacional como hospital público universitário fortalecendo o Sistema Único de Saúde faz parte da visão da instituição.

O Hospital das Clínicas oferece atendimento hospitalar de dois tipos. Um é o internamento para realização de procedimentos em que o paciente é admitido e recebe alta no mesmo dia. Esse tipo de internação é chamado de hospital-dia. O outro é quando o paciente tem a necessidade de ficar internado por mais de 24 horas. Nesses casos, o paciente é admitido em enfermarias, de acordo com a sua patologia. Para ser internado no HC, o paciente deve se dirigir ao Serviço de Admissão e Alta (SAA), onde será acolhido pela enfermagem e pelo serviço social, para receber as orientações sobre direitos, normas e rotinas. Em seguida, ele será encaminhado à enfermaria e admitido pela enfermagem. Nos sábados, domingos e feriados, o paciente deve se dirigir à portaria 1 para ser encaminhado diretamente para a enfermaria, onde receberá todas as orientações necessárias. É disponibilizada um quantitativo de vagas reguladas para determinadas áreas médicas. Para marcar a primeira consulta em alguma dessas áreas, o paciente deve primeiramente se dirigir a uma unidade de saúde, como um Posto de Saúde ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para agendar consulta através do sistema de regulação.

O Serviço Ambulatorial é a principal porta de entrada do cidadão para o atendimento sistemático no Hospital das Clínicas. Os ambulatórios funcionam de segunda a sextafeira, pela manhã, das 7h às 12h, e à tarde, das 13h às 16h. O ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) situa-se no 5° andar- Ala Norte e presta serviços de segunda à sexta-feira, manhã e tarde e oferece atendimento clínico com equipe multiprofissional na área de doenças infecciosas e parasitárias, SAE – Serviço de Atendimento Especializado – AIDS. Este ambulatório é um dos lugares onde se dá a minha prática de estágio de planejamento de intervenção, na qual observo o grupo de Adesão ao Tratamento do HIV-AIDS que é facilitado por duas profissionais, sendo uma assistente social e uma psicóloga.

Eu observo também a enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias que se situa no 8° andar- Ala Sul, na qual possui esses dois tipos de internamento, tem no total de 13 leitos, um deles - leito-dia, e possui como horário de visitas das 14h às 15h30, diariamente. Alguns leitos são ocupados por pacientes encaminhados de outros setores, às vezes pelo tipo de demanda do paciente e pelo tipo de serviço prestado na enfermaria.

A enfermaria de DIP conta com uma psicóloga, duas enfermeiras, quatro a cinco técnicos de enfermagem, assistente social, nutricionista e médicos. Fonoaudiólogos e Biomédicos se fazem presente apenas quando necessário e se possuir algum paciente com tais necessidades. No dia de quinta-feira que é quando me faço presente, de estagiários sou apenas eu. Em termos de estrutura da Enfermaria irei descrever ela de modo que se possa perceber o espaço, dividindo em ala direita e ala esquerda para que fique mais organizado e sistemático:

- Ala direita: sala da psicóloga, sala sem identificação, banheiro dos residentes, sala sem identificação, sala Expurgo, Endocrinologia, sala sem identificação, sala de estoque de soro, banheiro de acompanhante, banheiro de funcionários, sala sem identificação, posto de enfermagem, recepção, copa, sala de TV, sala de descanso enfermagem, dormitório auxiliar enfermagem e sala de estudos residência médica.

- Ala esquerda: sala da CIPA-HC: Comissão interna de prevenção de acidentes, leito dia, leito Dermatologia, leito Dermatologia, Leito urologia, Leito de paciente Neuro, Leito DIP masculino, Leito isolado DIP, sala de utilidades (medicações e materiais), leito isolado DIP, leito isolado DIP.

O tipo de doença que predomina mais no setor DIP é o HIV-AIDS, mas se encontram internados também pacientes acometidos de doenças como a tuberculose e infecções respiratórias. Alguns pacientes que estão internados no leito isolado nem sempre tem um diagnóstico. Uns têm sim o diagnóstico já estabelecido, outros ainda estão em exames para que possam saber que doença os acomete e alguns são transferidos da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para DIP e por estarem “frágeis” são alocados nesses quartos isolados. Existem pacientes também acometidos pela tuberculose e pelo HIV-Aids concomitantemente. O setor é bastante calmo, silencioso, os pacientes ficam mais nos quartos apesar de encontramos alguns pelos corredores e pela

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