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A Psicologia Hospitalar

Por:   •  8/11/2018  •  1.851 Palavras (8 Páginas)  •  330 Visualizações

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- Especialidades:

Ginecologia/Obstetrícia, Neonatologia, Mastologia, Pré Natal de Alto Risco, Propedêutica de patologias do colo uterino, Sexologia, Planejamento Familiar, Climatério, Fertilidade, Terapia Ocupacional, Fisioterapia pediátrica, Fonoaudiologia pediátrica (apoio aos recém-nascidos que recebem alta da MOV), Neurologia Pediátrica, Cirurgia Pediátrica, Pediatria Oftalmológica, Uroginecologia, Oncologia, Endocrinologia (apoio ao pré-natal), Psicologia, CM Risco Cirúrgico, Cardiologia Pediátrica (apoio aos recém-nascidos que recebem alta da MOV), Serviço Social, Pré-Natal, Laparoscopia, Nutricionista, Pronto Atendimento, Bloco Obstétrico/Admissão, Alojamento Pronto Atendimento, Alto Risco, Bloco Cirúrgico, Vídeo Laparoscopia, Berçário.

- Serviços:

Ambulatório: atendimento do pré-natal normal e de alto risco, Mastologia, Ginecologia, propedêutica do câncer de colo de útero. Atendimento multidisicplinar às mulheres vítimas de agressão sexual.

- Internação:

Obstetrícia/alojamento conjunto, Ginecologia, Neonatologia, UTI Neonatal. Banco de Leite Humano.

DESENVOLVIMENTO

O presente relatório pretende refletir sobre todo o trabalho realizado ao longo do estágio decorrido na Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte, inserido no âmbito da Graduação em Psicologia, no ramo de especialização em Saúde da Mulher. A intervenção feita ocorreu mais especificamente na área da psicologia em Obstetrícia.

Com este estágio procurei desenvolver e aperfeiçoar capacidades técnicas e práticas de cariz profissional, como também competências a nível pessoal. Tentei melhorar e tornar cada vez mais eficaz o raciocínio clínico, tentando igualmente basear-me naquela que é a melhor prática baseada na evidência científica, sempre com as dificuldades do equilíbrio entre aquilo que é desejado e aquilo que é possível. Concentrando-me naquela que é a relação entre o papel do Psicólogo e a sua intervenção, é possível fazer distinção das várias etapas de um ciclo, no qual cada uma delas goza da sua especificidade. Todo esse ciclo se desenvolve desde o momento em que a puérberas nós e apresentada.

Deste modo, os reais objetivos para este estágio foram à prestação de cuidados de Psicologia centrados na puérberas e com a maior qualidade, o desenvolvimento de capacidades profissionais e pessoais ao nível da capacidade de reflexão, da realização de um raciocínio clínico acurado e da conclusão de todos os passos do processo da Psicologia. Não só com este estágio se consegue tais oportunidades, mas também a aposta no desenvolvimento profissional contínuo proporcionam a atualização e adaptação face às imprevisibilidades da realidade do dia a dia profissional. Pois, só um profissional atualizado, com resposta eficaz às tarefas reflexivas, com capacidade de usar conhecimentos aprofundados e selecionar a evidência científica existente, em contextos de intervenção específicos, e com vontade de superar desafios profissionais se pode tornar um excelente Psicólogo.

Neste contexto, e com o objetivo de aprofundar os conhecimentos específicos na área da Saúde da Mulher, tive a grande oportunidade de estagiar num local dedicado plenamente à mulher, no qual a minha intervenção se centrou no tratamento de mulheres em situação de preparação para a maternidade e puérperas. Importa referir que, em cada uma destas vertentes, o papel do Psicólogo é significativamente diferente, uma vez que se contacta com pacientes em contextos clínicos inteiramente distintos.

A gravidez faz parte do processo normal do desenvolvimento. Nesse sentido, percebe-se tanto na mulher quanto no homem diferentes mudanças em função desse momento peculiar. Como exemplo é a articulação de novos papéis, isto é, além de serem filhos e, respectivamente, mulher e homem, tornam-se pais. São muitas mudanças que percorrem essa nova configuração tais como psicológicas, fisiológicas e socioeconômicos (MALDONADO, 2002). O puerpério, período após o parto, é considerado uma etapa de grande sensibilidade. Stern (1997) destaca que a mulher vivencia um momento provisório, porém, fundamental para a vinculação mãe-bebê denominado Constelação da Maternidade. Por conseguinte, identifica-se nessa etapa da vida da mulher e também do homem, um momento que merece atenção da psicologia em virtude de que esta pode vir a contribuir com momentos de escuta, acolhimento e atenção. Nesse sentido, a maternidade de um hospital constitui um espaço de prática psicológica.

Primeiramente, convém salientar que o trabalho do psicólogo no hospital evidenciase à beira do leito do paciente, sendo uma atenção diretamente voltado a esse (ROMANO, 1999). O principal objetivo da psicologia hospitalar consiste na minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, desenvolvendo intervenções no sentido de diminuir possíveis intercorrências emocionais no que tange a esse processo (ANGERAMI-CAMON, 2002).

Nos nove meses de gestação que antecedem o parto, a mulher passa por transformações físicas e psíquicas. É a partir do momento da percepção, consciente ou inconsciente, de que a mulher está grávida, que se inicia a formação da relação maternofilial e mudanças nas relações familiares. Nesse período, a mulher pode apresentar sentimentos ambivalentes tendo em vista ser um momento ligado a mudanças interpessoais, intrapsíquicas, físicas, emocionais (MALDONADO, 2002).

Quanto ao puerpério, período que sucede o parto, pode ter uma duração variável. Zimmermann et al (2001) apontam que o puerpério legal dura 40 dias, o orgânico até 90 dias, e o psicológico não há um término preciso. Esse período pode ser acompanhado por dúvidas pelas mães referentes à sua capacidade de cuidado com o filho. No entanto:

os pais devem estar conscientes de que esse é seu bebe, seus sentimentos e necessidades devem ser prioridade. As pessoas encarregadas dos cuidados – seja o médico, a parteira, a doula ou a enfermeira – estão lá para apoiar a nova família, responder às perguntas dos pais e estimular os talentos inatos que os pais têm para criar seus filhos (KLAUS, KENNEL, KLAUS, 2000).

No puerpério, a mãe entra numa nova organização psíquica temporária denominada por Stern (1997) como Constelação da Maternidade, tornando o eixo 100 organizador da vida psíquica da mãe. Nesse momento, a puérpera pode vivenciar angústias relacionadas à capacidade sua capacidade em manter seu filho

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