A Psicologia Hospitalar

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A intervenção no pronto atendimento pode auxiliar o tratamento médico, uma vez que os aspectos emocionais serão considerados. A escuta psicológica como também a escuta amiga, como na maioria dos casos, contribui para melhorar a qualidade de trabalho da equipe, intervindo junto ao paciente e seu familiar. O seu papel como protagonista do sistema de saúde tem impacto direto na melhoria da relação entre ele e o serviço. Assim, é fundamental conhecer como os usuários avaliam o atendimento a eles prestado, para repensar as práticas profissionais ou intervir sobre a forma de organização dos serviços, visando seu aperfeiçoamento.

É necessário considerar, porém, os limites inerentes a estudos baseados na percepção do usuário, cujo olhar deve ser complementar ao do técnico. Acesso e acolhimento são elementos essenciais do atendimento, para que se possa incidir efetivamente sobre o estado de saúde do indivíduo e da coletividade. Tem-se observado inúmeros problemas nos serviços básicos de saúde com relação a acesso e acolhimento. O hospital é hoje um local de acolhimento e intervenções médicas, o que visa o bem estar biopsicossocial. O ambiente hospitalar sofreu mudanças ao longo do tempo quando era visto como lugar de exclusão. Essas mudanças deram abertura para uma nova visão acerca do processo de adoecimento. Neste contexto, há uma inserção do profissional de psicologia para saciar demandas que vão além da dor física, pois perpassavam por questões psíquicas/emocionais.

Foi a partir das discussões em torno da atenção integral à saúde que os profissionais da psicologia começaram ganhar destaque e inserirem-se no mercado de trabalho dentro da psicologia hospitalar. Assim, passa-se a entender a psicologia hospitalar como um campo de atendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento a fim de facilitar o lugar do sujeito frente a sua doença. Deste modo, a psicologia hospitalar visa ter um olhar como um todo para o paciente, ou seja, não faz dicotomia entre causas psicogênicas versus causas orgânicas, pois esta modalidade analisa os indivíduos em sua totalidade e integridade de maneira singular respeitando as condições pessoais de cada indivíduo diante do adoecimento.

Diante do ambiente hospitalar, são notórias as diversas formas de atuação que vão de acordo com o público alvo e as demandas específicas. O psicólogo tem a possibilidade de realizar atendimentos individuais e/ou em grupos, tanto com os usuários/pacientes, como também com os familiares/acompanhantes e equipe de profissionais. O psicólogo não tem uma área específica para atuar, sendo elas desde o Pronto Socorro à Unidade de Terapia Intensiva – UTI, dentre outras. Ambientes que agregam diferentes níveis de gravidades como diferença biopsicossocial como crianças, adolescentes, adultos e idosos não havendo rotinas nem planejamentos.

O Pronto Socorro pode ser caracterizado como a porta de entrada dos hospitais, possuindo o objetivo de diagnosticar e tratar os usuários acometidos por acidentes ou outras formas de adoecimento imediato ou situações inesperadas. Cabe ainda destacar a grande rotatividade dos indivíduos neste local, onde destacam-se também as emergências médicas, tendo em vista que o propósito é o equilíbrio das funções vitais do paciente e o alívio da dor, exigindo tratamento imediato por parte da equipe médica multidisciplinar. Para tanto, é importante destacar que os aspectos psicológicos estarão sempre influenciando diretamente o processo de saúde-doença, de forma visível ou não. Cabe ressaltar que, infelizmente, os aspectos psicológicos não são alvo das ações médicas no momento em que o paciente chega ao Pronto Socorro, fazendo com que as intervenções psíquicas fundamentem-se como opções secundárias diante das emergências. Os atendimentos realizados neste ambiente exigem do profissional de psicologia algo que vai além do saber teórico, pois torna-se necessário criatividade para possibilitar a verbalização dos conteúdos emocionais relacionados ao processo de adoecimento.

A atuação do psicólogo no hospital, em especial no Pronto Socorro, deve estar direcionada à escuta da urgência subjetiva. Em outras palavras, à escuta daquilo que é urgente para cada sujeito naquele momento. A realização da escuta nas situações limites pode funcionar com um convite para se trabalhar frente à urgência. Assim, partindo da premissa de que o processo de hospitalização é um desafio para os pacientes internados, torna-se importante analisar quais as consequências e de que forma estes, neste ambiente encaram-se a si próprio e a doença. Para tanto, faz-se necessário uma breve discussão do que vem a ser a internação e a intervenção psicológica aos pacientes internados no Pronto Socorro.

- Metodologia

A pesquisa foi feita como uma prática da disciplina Psicologia Hospitalar, por isso antecedeu a sua realização e a preparação dos alunos, que consistiu-se, inclusive, na realização de supervisões, pesquisas de campo bem como observação e colhimento de dados. Como também Cada temática foi desenvolvida dentro das visitas. Foram feitas visitas a entidades. Portanto, conforme descrito, foram realizadas cinco visitas na instituição do hospital materno infantil (Crer) em Goiânia goiás. A instituições trabalha no pronto atendimento de crianças, adolescentes na prestação de saúde, onde visa o bem estar da criança, são atendidos dos casos mais simples aos mais complexos. Utilizou-se a metodologia qualitativa, que contempla a fala como elemento de significação dos dados. O instrumento usado foi relatórios de anotações e pesquisas relacionados ao tema. Participaram da pesquisa (pacientes) dirigentes ou responsáveis e (funcionários) e um profissional de Psicologia.

- Síntese das observações

O local observado foi o pronto atendimento mais comumente conhecido como pronto socorro do hospital materno infantil (Crer) em Goiânia Goiás. A equipe e dinâmica, flexível, e trabalha com o que tem, dando assim um ar de pro ativo, como em todos os locais públicos encontra se dificuldades porem não se deixaram abater com as dificuldades, o clima organizacional e bem desenvolvido tendo assim uma estrutura boa de relação, e com o lema de igualdade foi de enorme valia passar esse período com toda a equipe.

Proposta de intervenção

Conclui-se pela necessidade de aumento de profissionais, capacitados para o acolhimento, implantação de modalidade complementar de atendimento psicológico, com o intuito de mostrar o tema em questão que buscou os desafios do psicólogo