Psicologia do trabalho

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Em relação aos profissionais da enfermagem, para que haja o cuidado, o profissional deve ultrapassar suas capacidades técnicas, colocando o paciente no núcleo desse processo, a fim de estabelecer vínculos solidários, que favoreçam uma relação de confiança e compromisso com os usuários, com as equipes e os serviços, garantindo a participação coletiva no processo saúde doença e o vínculo indissociável entre atenção e gestão (SILVA, 2008). No caso da população idosa, para que seja realizado um cuidado competente, os referidos profissionais devem planejar e programar as ações, estar preparados para lidar com questões inerentes ao processo de envelhecimento e estimular ao máximo a autonomia desses usuários (SILVA; BORGES, 2008).

Além disso, o cuidado em enfermagem requer um direcionamento específico a essa clientela. Para tanto, o profissional além de compreender as questões inerentes do processo de envelhecimento, deve facilitar o acesso do idoso aos diversos níveis de atenção, estar qualificado e estabelecer uma relação respeitosa ( PROCHET; SILVA; FERREIRA; EVANGELISTA, 2012).

Segundo Barros, Santos e Ardmann (2008), desta forma será possível constituir um modelo de cuidado que permeie as mudanças próprias do envelhecimento do indivíduo e a sua experiência de vida, propondo assim, ações de cuidado que considerem seu contexto de saúde-doença (BARROS; SANTOS; ERDERMAMM, 2008).

Procedimentos

A intervenção no lar de idosos ocorrerá com os cuidadores e técnicos de enfermagem. A proposta de intervenção foi apresentada para a direção do lar, com o aceite convidamos os cuidadores e técnicos para uma roda de conversa. Nesta conversa introduzimos a seguinte dinâmica: a coordenadora do grupo chama um voluntário e pede que ele escolha um colega com quem tenha afinidade, esse colega vem para junto dele e escolhe outro com quem tenha afinidade e assim sucessivamente. Quando tivermos um determinado número de participantes, o coordenador vai pegar o barbante, amarrar na cintura do primeiro e assim sucessivamente. Quando todos estiverem ligados pelo barbante, pede que se aproximem e passe o barbante em Volta do Grupo, de forma que fiquem todos juntos. E assim o coordenador pede que um membro daquele grupo realize uma tarefa que exija que ele se movimente, mas para isso, o grupo todos precisam se movimentar junto.

Resultados

Começamos a nossa intervenção nos apresentando e falando o motivo que nos trazia ali, que era a saúde e o bem-estar do trabalhador. Pedimos para que todos dissessem seus nomes e quanto tempo estavam ali trabalhando. Logo após falamos que gostaríamos de fazer uma brincadeira com eles na qual ninguém seria humilhado ou exposto, mas sim nos proporcionaria uma maneira de nos conhecermos melhor e também de interagirmos um pouco mais.

Pedimos por um voluntário, logo o grupo apontou para uma pessoa, então esta pessoa se disponibilizou a vir. Pedimos para ela escolher uma pessoa com a qual ela se identificasse e se ela quisesse poderia falar algo de bom para essa pessoa. Então fomos amarrando um no outro até que todos haviam sido chamados e amarrados em um círculo. Foi muito positiva esta parte da dinâmica, pois algumas pessoas falaram coisas que nunca haviam dito umas para as outras, apontando suas qualidades e demonstrando seu carinho.

Logo após amarramos um cordão em volta de todos com o objetivo de deixá-los mais próximos, e pedimos para que uma pessoa do grupo pegasse um livro, a tarefa foi conduzida com êxito, pois todos caminharam juntos na mesma direção. Logo após pedimos para outra pessoa pegar outro livro mais distante na sala, porém uma outra pessoa do grupo tinha que ficar parada, e a corda não poderia rasgar. Neste momento o grupo nos olhou e disse: “não vamos conseguir”, mas logo após eles começaram a se organizar de formas diferentes e conseguiram fazer a tarefa proposta. Então nos desamarramos todos e fizemos uma roda de conversa.

Na roda de conversa perguntamos qual o significado dessa brincadeira? Ficou um silêncio por um tempo e então alguém falou: “A brincadeira foi para nos mostrar sobre união?” outro falou: “que unidos conseguimos fazer as tarefas melhor” E assim surgiram algumas coisas a respeito da união do grupo. No fim da discussão acrescentamos a importância que tem a união desse grupo, e como foi demonstrado na brincadeira, é possível que todos se ajudem e consigam resolver problemas como um grupo.

Por fim colocamos um vídeo, que contava uma história de união, onde todos precisam um do outro. Finalizamos a intervenção agradecendo a eles por este momento de aprendizagem.

Discussão

Com base na intervenção proposta, pode-se perceber que cada integrante deve trabalhar para manter o equilíbrio da equipe, criando um ambiente onde haja motivação. A dinâmica mostrou também que, quando se trabalha em equipe, não deve - se somente criticar as ações dos outros, mas elogiar e elevar o trabalho dos companheiros de equipe.

Quando pedimos para o grupo, buscar o livro de modo que um dos integrantes não se movesse e que não poderiam deixar o barbante arrebentar, houve uma resistência inicial, pois acreditavam que não conseguiriam, porém em seguida pensaram numa forma de executar a tarefa juntamente, concretizando o objetivo da dinâmica.

Um fator muito importante que pode - se trazer à tona com a proposta foi o da cooperação dos participantes em vivenciar situações no dia-a-dia de uma organização: como união, respeito, o valor do outro, responsabilidade, compromisso e outros aspectos que influenciam no clima organizacional.

O grupo conseguiu identificar o objetivo em relação à dinâmica, visualizando a importância do trabalho em equipe e do bom relacionamento com os colegas. Dessa forma, o comprometimento e o gerenciamento dos objetivos foram concluídos e a troca de experiências entre os integrantes da equipe foi marcante ao realizar o processo e organização da equipe.

Observou-se como fator fundamental no contexto organizacional, na dinâmica do relacionamento interpessoal que é necessário respeito, diálogo, responsabilidade e bom humor. Cada relacionamento possui vida própria e podem produzir transformações positivas ou negativas de acordo com as experiências vividas e compartilhadas.

Portanto o grande desafio para o ser humano é conciliar o trabalho e seu relacionamento com as outras pessoas

Considerações finais

A intervenção que organizamos para o Lar