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OS ASPECTOS MÉDICOS : MENINGITE

Por:   •  7/12/2018  •  1.554 Palavras (7 Páginas)  •  297 Visualizações

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Veronesi (1991), os sinais e sintomas da Síndrome de Meningite incluem: febre, alterações funcionais do SNC, rigidez da nuca e vômitos. É possível ter o acréscimo ou ausência de sintomas, portanto, é necessário ficar atento à possibilidade de surgir a meningite diante de qualquer situação em que o paciente apresente febre e cefaleia holocraniana.

Há dois fatores onde os sintomas da meningite diferem: agente etiológico e a idade do paciente. Diferente de alguns germes que costumam colonizar-se, primeiro em focos infecciosos distantes, algumas bactérias apresentam quadros clínicos instalados abruptamente e acompanhados de graves manifestações sistêmicas. Já a idade do paciente, os sinais e sintomas diferem entre os seguintes grupos etários:

a) Recém-nascidos e crianças até um ano de idade;

b) Crianças maiores e adultos;

c) Pacientes idosos;

No grupo dos recém-nascidos e crianças os sinais podem se ausentar porque a caixa craniana pode-se distender devido à presença de suturas cranianas abertas, as quais permitem a expansão do conteúdo endocriano sem causar aumento da sua pressão (Veronesi, 1991).

Por consequência disso, a criança não apresenta tantos sinais; sendo eles: hipertermia (ou hipotermia, nos processos graves), choro ou gemidos, irritabilidade, recusa alimentar, fontanelas abauladas, vômitos e/ou diarreia. Aos menos frequentemente, rigidez de nuca, estado comatoso, convulsões, cianose de extremidades e etc.

Além disso, dependendo da gravidade do processo infeccioso, a criança pode apresentar sinais neurológicos como; certo grau de letargia, sinal de Moro anormal, tremores, olhar fixo, alterações na tonicidade muscular e, mais raramente, sinais de comprometimento dos nervos cranianos, (Veronesi, 1991).

Em crianças maiores e adultos, a meningite se exterioriza através de três síndromes:

Síndrome Infecciosa – possui sinais e sintomas inespecíficos, comum às doenças infecciosas agudas e graves, e que incluem febre, anorexia, mal-estar geral, prostração, mialgias, estado toxêmico.

Síndrome de hipertensão endocriana – há um aumento do conteúdo intracraniano, sem a distensão de estrutura óssea, provocando compressões neurológicas que se exteriorizam ocorrendo alguns sintomas onde a cefaleia holocraniana e os vômitos estão sempre presentes. Dependendo da intensidade da hipertensão endocraniana, podem ocorrer: cefaleia, vômitos, alterações de consciência, sinais de estimulação simpática, edema de papila, convulsões e sinais neurológios localizatórios.

Síndrome de comprometimento meníngeo – os sinais meníngeos decorrem da compressão do exsudato purulento sobre a emergência dos nervos raquidianos, resultando em sinais clássicos, incluindo a rigidez de nuca.

Algumas meningites bacterianas apresentam lesões exantemáticas petequiais durante as fases iniciais da doença.

2.4 Diagnóstico

O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico completo do paciente. Sendo o diagnóstico laboratorial realizado pelo estudo do sangue e do líquido cefalorraquidiano. Sendo confirmado com exame do líquor coletado através da punção lombar, onde é retirada uma pequena quantidade do líquido existente na medula espinhal.

A aparência do líquido, mesmo não sendo considerado um exame, funciona como um indicativo, assim, é possível verificar se há alguma inflamação nas meninges e qual o agente. O líquor considerado normal (que não possui a inflamação), é límpido e incolor como a água, já no líquor infeccioso (que possui a inflamação), ocorre o aumento de células causando a turvação, podendo variar de quantidade e tipo.

O diagnóstico de meningites virais pode ser realizado através do exame de sangue, urina e fezes. Outros exames laboratoriais para diagnóstico da meningite é a Bacterioscopia, este pode indicar qual tipo de meninge o paciente possui e para descobrir o antibiótico e tratamento mais indicado. Também à Tomografia de crânio, indicada apenas quando há suspeita de lesão cerebral ou sequelas deixadas pela meningite.

2.5 Tratamento

O tratamento da meningite bacteriana se dá com antibióticos, logo depois da coleta de líquido cefalorraquidiano na medula espinhal, os antibióticos são associados a outros tipos de tratamentos suportes como a reposição de líquidos e cuidadosa assistência.

A antibioticoterapia é administrada direto na corrente sanguínea pela via venosa durante 7 a 14 dias, podendo se estender por mais tempo dependendo do quadro clínico do paciente. A precocidade do tratamento e diagnóstico são imprescindíveis para cura e diminuição de sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem e comprometimento cerebral.

O uso de corticoide em situações de choque é discutível, devido às controvérsias sobre o resultado ser favorável. Há evidências de que pode agir na prevenção de sequelas nos casos de meningite devido ao H. influenzae tipo b. Mas em caso de meningites com outros tipos de bactérias permanece ainda em fase de estudos.

O tratamento antiviral não tem sido extensivamente utilizado, em geral usa-se tratamento de suporte, com criteriosa avaliação e acompanhamento clínicos, medicamentos como como antitérmicos e analgésicos são usados para aliviar os sintomas. Os tratamentos específicos são sugeridos apenas para meningite herpética 1 e 2.

Já nas meningites causadas pelo o bacilo da tuberculose e fungos, o tratamento é bem mais extenso, à base de antibióticos e quimioterápicos, aplicados por via oral ou endovenosa.

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