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Paralisia Cerebral: Aspectos Conceituais

Por:   •  16/11/2017  •  1.416 Palavras (6 Páginas)  •  444 Visualizações

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No entanto, estes sinais e sintomas variam de criança para criança.

Uma lesão no cérebro pode afectar outras funções para além das motoras; com alguma frequência, os problemas motores podem estar acompanhados por alterações da linguagem; audição; visão; desenvolvimento mental e intelectual; problemas de personalidade, atenção e percepção. (Gil Munoz et al,1997).

Factores que influenciam o desenvolvimento da criança.

Dentre os factores de risco, que aumentam a probabilidade de défices no desenvolvimento motor, o nível socioeconómico da família é um factor que pode interferir no desenvolvimento.

Segundo Victora (1992) algumas pesquisas evidenciaram a importância dos factores socioeconómicos na determinação da saúde da criança. Tem-se considerado a educação da mãe e a renda familiar como elementos básicos, por serem indicadores de recursos disponíveis e conhecimento ou comportamento em relação à saúde da criança.

As crianças com paralisia cerebral também se desenvolvem, só que num ritmo mais lento, contudo o seu desenvolvimento não é apenas atrasado, mas é desordenado e prejudicado, isso por consequência da lesão cerebral (Bobath, 1989). Portanto, como há desenvolvimento, consequentemente ele pode ser influenciado por factores de risco.

Factores de risco

Dentre os factores de risco, estão características familiares, que podem colocar as crianças em maior risco para o seu desenvolvimento saudável. Dessas características podemos citar a baixa renda familiar, baixa escolaridade dos pais, elevados níveis de stress da família, baixos níveis de suporte social, entre outros (FIGUEIRAS, 2004).

Etiologia

Conforme Rotta (2002), no pré-natal, os factores etiológicos principais são as infecções e parasitoses (sífilis, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, HIV); intoxicações (drogas, álcool, tabaco); radiações (diagnósticas ou terapêuticas); traumatismos (direto no abdómen ou queda sentada da gestante); factores maternos (doenças crónicas, anemia grave, desnutrição, mãe idosa.

As causas pós-natais podem ser infecções como meningite ou encefalite, traumatismo craniano, parada cardíaca durante cirurgias, acidentes vasculares cerebrais, tumores. A incidência das causas varia de acordo com a localização geográfica e com a disponibilidade de atendimento médico. (Katherine, 2002)

Diagnóstico

A PC deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar o mais precocemente possível. O entendimento entre os elementos da equipe é decisivo para boa evolução, a prevenção é o melhor tratamento. (CÂNDIDO, 2004)

Para Durham e Green (2000) o exame neonatal é indispensável, principalmente se o bebê for prematuro ou tiver sido exposto a eventos que acarretam riscos. Os sinais clínicos importantes são: alteração da consciência, como irritabilidade ou diminuição do estado de alerta; perturbações generalizadas e constantes do tônus, convulsões, problemas com a alimentação e assimetrias duráveis de postura e do movimento. Essas crianças precisam passar por exames especializados.

Os exames clínicos abrangem medida do crescimento cefálico, desempenho visual e auditivo, presença ou não de convulsões e análise do tônus muscular e do movimento. Determinadas crianças podem requerer investigação cromossômica, se há suspeita de distúrbio genético. Para diagnóstico diferencial são indicadas provas bioquímicas e imagens neurológicas (Durham e Green, 2000).

Para Nelson (2004), quando há diagnóstico precoce, os pais têm a oportunidade de entender mais completamente e ajudar no desenvolvimento do seu bebé. Entretanto, esse diagnóstico precoce pode ser acompanhado por previsões quanto ao futuro dessa criança, isso pode causar forte impressão, devido ao momento de tensão emocional em que essa família está exposta.

Tratamento

O tratamento da PC visa controlar as crises convulsivas, as complicações decorrentes das lesões e a prevenção de outras doenças ou problemas. O tratamento medicamentoso baseia-se no uso de anticonvulsivantes e psiquiátricos, quando necessários para obter controle dos distúrbios afetivos-emocionais e da agitação psicomotora.

A terapia ocupacional é indispensável para o indivíduo com PC, visto que estes apresentam dificuldades em níveis variados na realização de suas actividades de vida diária, como alimentação, banho, vestuário, higiene pessoal, mobilidade. O terapeuta ocupacional trabalha com a rotina do indivíduo e o auxilia a desempenhar suas actividades de maneira autónoma e independente, buscando o melhor nível de desempenho em todas suas actividades, incluindo auto cuidado, lazer, trabalho, participação social e educação.

A fisioterapia tem por objectivo inibir a actividade reflexa anormal normalizando o tônus muscular e facilitar o movimento normal, consequentemente molhorando a força, flexibilidade. As metas de um programa de reabilitação são reduzir a incapacidade, prevenir contraturas e deformidades e optimizar a função. Os alongamentos músculo-tendinosos devem ser lentos e realizados diariamente para manter a amplitude de movimento e reduzir o tônus muscular com exercícios.

CONCLUSÃO

Ao concluir este trabalho, percebemos que a PC pode ocorrer devido à etiologia e manifestações clínicas variadas e se refere ao grupo de condições crônicas que têm como denominador comum a anormalidade na coordenação de movimentos, isto é, transtorno do tônus postural e do movimento

Ela ainda é uma área de difícil estudo devido à sua ligação com o sistema nervoso e cérebro. No entanto, é essencial conhecê-la para a podermos tomar medidas de

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