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O Transtorno de Humor

Por:   •  23/2/2018  •  3.385 Palavras (14 Páginas)  •  259 Visualizações

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Segundo estudos, a depressão bipolar é responsável, em grande parcela, das perdas de qualidade de vida e funcionalidade do indivíduo e em grande parte a primeira manifestação da patologia se da a partir da depressão. Seus principais sintomas são: humor deprimido na maior parte do dia, indicado por relatos ou falado por outra pessoa, vendo que diferencia-se para crianças e adolescentes, onde esses sintomas podem ser considerados como irritabilidade. Perda ou ganho significativo de peso ou aumento significativo do apetite, ideação ou comportamentos suicidas, diminuição de interesses nas atividades do dia a dia, na maior parte do dia, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor e culpa excessiva. Os sintomas precisam causar algum prejuízo ou sofrimento no funcionamento social, profissional ou áreas importantes para a vida do indivíduo. Os sintomas precisam estar presentes durante duas semanas, com cinco ou mais sinais e que apresentem mudanças em relação ao funcionamento anterior do indivíduo (LAVER; NERY, 2011; DSM-V, 2014).

Para o diagnóstico de TAB tipo I, é necessário que ocorra pelo menos um episódio maníaco. Vale salientar também que em caso de uso de alguma substancia não é considerado os sintomas descritos para diagnóstico de TAB (DSM-V, 2014).

A prevalência para o TAB I é de 0,6%, a média para o início é de aproximadamente 18 anos, é mais comum ocorrer em países com renda maior, cerca de 1,4% e o risco de suicídio é alto, cerca de ¼ dos suicídios ocorrem por indivíduos com TAB tipo I (DSM-V, 2014).

No TAB tipo II, as principais características são os episódios hipomaníacos e depressivos, como descrito anteriormente. Para um diagnóstico TAB II é necessário que nunca tenha ocorrido nenhum episódio maníaco, um ou mais episódios depressivos maiores e um episódio hipomaníacos. Os episódios da hipomania não causam prejuízo, o que traz prejuízo a pessoa com TAB tipo II são os episódios depressivos. O uso de substâncias exclui a possibilidade de diagnóstico do TAB II. A prevalência para o TAB II é de 0,3%, a idade média para o início dos sintomas de TAB II é aproximadamente 25 anos, o mais comum é o início com um episódio depressivo maior (DSM-V, 2014).

O tratamento indicado para o TAB é medicamentoso, contendo drogas anticonvulsivantes e antipsicóticos atípicos, com a finalidade de regularização do comportamento, controle dos sintomas e prevenção de surtos. Temos que enfatizar também que a terapia é crucial para o tratamento de alguém com TAB (MORENO. R; MORENO D.; RATZKE, 2005).

Falando sobre ansiedade, trata-se de sentimentos naturais do ser humano, que estabelece relação entre o físico e o psicológico. Em baixo nível, ansiedade é algo bom para o indivíduo, nos deixando menos vulneráveis aos perigos do dia-a-dia, com finalidade de nos adaptar aos obstáculos da vida (NARDI, 1998 apud PAES, 2009). O DSM-V (p. 198, 2014) diferencia medo e ansiedade, sendo que medo é a resposta emocional a ameaça iminente real percebida, já ansiedade é antecipação da ameaça futura.

Os transtornos de ansiedade englobam características de medo, ansiedade excessiva, prejudicial ao indivíduo e perturbações comportamentais, que causam distorções na percepção da realidade, alterações cognitivas, comportamentais e fisiológicas (PAES, 2009; DSM-V, 2014).

O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) tem como características principais a presença de pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, isso é, eventos mentais, pensamentos intrusivos e comportamentos repetitivos, ambos geram incomodo ao indivíduo (DSM-V, 2014).

Para diagnóstico do TOC, é necessário que os sintomas causem limitações e ocupem tempo nas atividades do indivíduo, que causem interferências ou limitações ou que causem sofrimento. Os sintomas são: pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e intrusivas e causa ansiedade excessiva na maior parte dos indivíduos; tentativa de neutralização de pensamentos ou comportamentos com algum outro pensamento ou ação; os comportamentos têm como finalidade a diminuição ou prevenção da ansiedade ou sofrimento, porém não há conexão realista com o que visam neutralizar (CAMPOS; MERCADANTE, 2000; DSM-V, p. 237, 2014).

A prevalência do transtorno nacional varia de 1,1 a 1,8%, para adultos, as mulheres são mais afetadas, porém para as crianças, os meninos são os mais afetados. A média de idade para o início do TOC é de 19 anos e é muito pouco provável TOC depois dos 35 anos.

Para o tratamento do TOC é recomendado a medicação, que são inibidores da receptação de serotonina, porém as drogas só devem ser inseridas quando causam grandes prejuízos para o indivíduo, quando não, é indicado a adesão de processos terapêuticos. Para o tratamento medicamentoso a adesão é mais difícil, pois dentre os efeitos colaterais, temos o aumento do peso, um fator complicador para o tratamento (CAMPOS; MERCADANTE, 2000; SOUZA, 2005).

Para avaliação do indivíduo, segundo a psicopatologia, é necessário a realização de uma entrevista de anamnese para conhecer melhor o paciente, suas características e sua dinâmica, assim tendo uma melhor visão de quem é esse paciente e como conduzir o tratamento de forma adequada (DALGALARRONDO, 2008).

- Método

Esse trabalho consiste em um estudo de caso, análise de sinais, sintomas e hipótese diagnóstica dos personagens Pat, Sr. Solatano e Tiffany, referente ao filme O lado bom da vida, direção de David Russell, uma comédia romântica.

- Resultado

O filme conta a história de Pat, um homem com diagnóstico não confirmado de Transtorno Afetivo Bipolar que estava internado por agredir um senhor e quase cometer um homicídio. A causa dessa agressão foi a traição de sua esposa com o professor de história, os três trabalhavam juntos.

Pat retorna para casa de seus pais após o período de internação, se recursa a tomar remédios, porém é obrigado a comparecer a terapia para continuar em sua casa.

O pai é viciado em apostas, acredita seriamente que alguns resultados são influenciados pela presença ou acontecimentos importantes que sucedam simultaneamente ao jogo. Arriscando a estabilidade familiar com apostas, o pai apresenta alguns sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo. A mãe tenta estabilizar o ambiente familiar, porém o descontrole emocional é frequente no lar.

Pat está separado e sem emprego, tendo que obedecer a um limite de distância de sua ex-esposa, Nick, e seu antigo emprego. Acredita que ainda vai reconquistar sua

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