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TRANSTORNO ALIMENTARES

Por:   •  8/1/2018  •  1.540 Palavras (7 Páginas)  •  428 Visualizações

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Os outros dois são o Transtorno de Ruminação e o Pica. O primeiro é diagnosticado quando o paciente apresenta o hábito de engolir e regurgitar os alimentos, remastigando-os e ingerindo novamente, podendo levar uma perda significativa de peso, desnutrição, desidratação e até a morte. E por ultimo e não menos importante, o Pica, que ocorre quando o paciente começa a se alimentar de alimentos inadequados por longos períodos de tempo. Dentre estes alimentos, podemos ressaltar o consumo de fezes, alimentos crus, cabelo, unhas, terra, metais, papéis, pequenos objetos plásticos e até materiais de limpeza, o que acarretará uma intoxicação grave, obstrução intestinal e até mesmo o óbito em casos mais extremos. O Pica também ocorre, mas de forma diferente em gestantes. Logo a intervenção médica e psicológica deve ser imediata em ambos os casos. (OMS. CID-10. 2008. Acessado em 2004).

2. TRANSTORNOS NA ADOLESCENCIA E NA FASE ADULTA

No final da infância, adolescência e fase adulta, é muito comum ocorrerem três formas de transtornos alimentares, sendo eles a Bulimia Nervosa, a Anorexia Nervosa, que são erroneamente tidas como uma mesma patologia pela sociedade, pois ambos têm alguns aspectos em comum ou possam ocorrer os dois casos em alguns pacientes, e o transtorno da compulsão alimentar periódica. (Associação Americana de Psiquiatria, DSM-IV, 1994).

2.1. BULIMIA NERVOSA (BN)

A Bulimia Nervosa ou BN ocorre em com grande frequência na adolescência e na fase adulta, em pessoas que buscam por meios não seguros controlar ou manter o peso e a boa forma física. Existem dois tipos de BN, o Purgativo, onde neste caso, o paciente consome grandes porções de calorias por refeição de uma forma compulsiva e logo após sente-se culpado por tal e usa de métodos como o vômito induzido, usando objetos ou mesmo os dedos no começo, que com passar do tempo se torna automático e sem qualquer estimulo, dispensando estes materiais. Usam-se também diuréticos e laxantes sem qualquer orientação médica. Este tipo é o mais nocivo à saúde do paciente, que pode ter sérias complicações no esôfago, intestino, fora os danos psicológico gerado pela culpa da falta de regras alimentares, como depressão e ansiedade por exemplo. No segundo tipo, o não purgativo, o paciente usa de métodos menos nocivos, como o grande aumento no período entre uma refeição e outra, jejuns de mais de oito horas e exercícios físicos desregrados. (Associação Americana de Psiquiatria, DSM-IV, 1994).

Em ambos os tipos, o tratamento psicológico deve ser focado na reeducação alimentar, intervindo diretamente na extinção da automedicação, onde mesmo podendo o paciente ficar em casa durante o tratamento, em alguns casos extremos, deve haver uma internação em uma instituição especializada na reabilitação. (Nunes MA, Capellini AL, Appolinario JC, 1998. p. 171-80).

2.2. ANOREXIA NERVOSA (AN)

A AN, ou Anorexia Nervosa, tida como o mais preocupante distúrbio alimentar, por ocorrer desde o final da infância até a maturidade e ter efeitos incondicionalmente nocivos, podendo levar facilmente ao óbito em significativa parte dos casos. Quanto ao distúrbio, também existem dois tipos, sendo o Restritivo, onde paciente deixa de consumir alimentos como carboidratos e açucares por atribuí-los diretamente ao ganho excessivo de peso ou deixam de se alimentar por completo, por mesmo quando extremamente magras ao ponto dos ossos salientar-se no corpo, se sentem gordas ao se olhar no espelho, levando a um desconforto, depressão, angustia e fobia de engordar, focando todo o seu tempo em emagrecer. O outro tipo é o purgativo, sendo o mesmo caso da BN, leia-se, podem ocorrer ambos os tipos em um mesmo paciente. (Associação Americana de Psiquiatria, DSM-IV, 1994).

Os principais motivos que desencadeiam esse transtorno são os traumas durante a infância, no período escolar e o culto doentio ao corpo perfeito que é apresentado pela mídia e pela sociedade, por serem obrigatórios no desemprenho de algumas atividades nas áreas da moda e artística, in caso, modelos e bailarinas, por exemplo. Deste modo, o mais cabível para uma possível prevenção deste transtorno é a intervenção de profissionais na área psicossocial. (Appolinario JC, 2000).

Os danos causados pelo distúrbio vão de desnutrição, anemia, problemas cardíacos que levam a morte imediata e por se tratar de uma patologia causada por inúmeros fatores, esta é imensuravelmente difícil de ser tratada. O tratamento e acompanhamento são feitos por vários profissionais como psicólogos, médicos e nutricionistas e também pela família, que devem intervir com medicamentos ansiolíticos, reeducação alimentar e até internação imediata do paciente, pois este, por medo de engordar e do que a sociedade pensa a seu respeito acaba tentando esconder da família e terceiros os métodos nocivos que usa para emagrecer. (Nunes MA, Capellini AL, Appolinario JC, 1998. p. 171-80).

2.3 O TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP)

O transtorno de compulsão alimentar periódica, ou TCAP, é o menos nocivo dos três. Ele incide sobre pacientes com problemas de obesidade. Na maioria dos casos, estes indivíduos desencadeiam patologias psicológicas como ansiedade e depressão por se alimentarem compulsivamente e em curtos espaços de tempo, preconceito por parte da sociedade pelo fato da obesidade e também por não conseguirem se adaptar a reeducação alimentar ou regimes por conta própria, porém, estes tipos de pacientes não fazem uso de métodos nocivos para emagrecer. Logo, sessões de psicoterapias e acompanhamento nutricional são efetivas para um tratamento eficaz. (Appolinário JC, 1998. p. 40-6).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em consideração que todos os transtornos citados neste trabalho tem seu início durante a infância até

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