EXERCÍCIOS CLÍNICA INFANTIL II ESTUDO DE CASO
Por: Juliana2017 • 9/1/2018 • 1.863 Palavras (8 Páginas) • 424 Visualizações
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a narrar uma história. Fazia sons e movimentava-se de acordo com o que faltava. Permaneceu brincando por um bom tempo. Quando faltava dez minutos para acabar o tempo, avisei-a. Laura perguntou-me se poderia voltar outro dia, pois estava muito bom brincar ali. Em seguida levantou-se e voltou a brincar com a boneca que já havia pegado primeiramente. Aos cinqüenta minutos, disse a ela que teríamos que parar de brincar, pois o tempo havia terminado. Laura em momento algum demonstrou timidez ou falta de interesse em brincar. Não se interessou pelos materiais que lembravam ou propunham atividades escolares, muitos menos em usar sucatas para confeccionar alguma coisa. No que pude observar, ela é uma criança muito esperta e capaz de retratar seus detalhes, momentos e ações de sua vida cotidiana com prazer e alegria. Laura é muito comunicativa, em nenhum momento deixou de conversar, expunha com clareza suas idéias e vontades, o que favorecia nosso diálogo.
Pelo fato de ter conhecimento das fases do desenvolvimento cognitivo da criança, segundo Piaget, pode-se afirmar que a criança se encontra no segundo estágio, tido como pré-operacional, apresenta um bom nível de desenvolvimento sócio-afetivo, psicomotor, lingüístico e cognitivo. Percebe-se que a escola tem trabalhado esta criança em todos os aspectos; físico, intelectual e social. Pelo que se pôde investigar a experiência histórica da mesma também contribui muito positivamente no seu desenvolvimento. Os momentos de observação foram ricos, pois as situações oportunizaram a criança a viver momentos de conflitos, tanto sozinha, quanto em grupo, diante dos desafios que o jogo apresentava, a colocar em prática suas regras, seus conhecimentos e seus valores ao estar junto com os outros, se fazendo entender pelo outro coordenando o seu pondo de vista com o do outro. Diante de tais comportamentos, a todo instante a criança demonstrou ter um grande controle emocionou, além de demonstrar estima pelos coleginhas e o desejo de fortalecer as relações de afeto que os unem. Isso significa que existe um respeito mútuo entre as crianças com base nas leis do desenvolvimento da reciprocidade.
Tomando por base a teoria de Freud, que também é notável na educação, pode-se dizer que a criança observada se encontra na fase Fálica e que as fases anteriores a esta foram bem desenvolvidas. Isso significa que os educadores (família e professores) que tiveram um contato maior com esta criança estavam preparados para dar-lhe uma boa educação e ajudá-la a passar pelas fases sem traumas, restrições e punições. “Freud e seus adeptos afirmam que os aspectos extremamente significativos de nosso desenvolvimento pessoal e emocional são determinados durante os primeiros sete anos de nossa vida”. Pelo comportamento apresentado, a criança em evidência não manifestou em nenhum momento que foi submetida a práticas inadequadas de educação que possam resultar em prejuízo para o seu ajustamento como adulto.
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1. DE ACORDO COM O CASO LAURA, A PACIENTE LOGO QUE ENTROU NO CONSULTÓRIO, ESCOLHEU UMA BONECA PARA BRINCAR. SEGUNDO ESTUDOS SOBRE ATIVIDADES LÚDICAS, A BONECA É CONSIDERADA UM OBJETO ESTÁTICO. COMENTE ESTA ATITUDE.
Na atividade lúdica, o que se torna importante, não é apenas o resultado da ação mas sim, o momento, ou seja a própria ação que possibilita a quem o vivencia momentos de fantasia, imaginação onde a criança passa a ser capaz de ser o que ela quiser
Quando a criança apenas carrega uma boneca ou manipula um brinquedo sem nenhum tipo de manipulação não é considerado lúdico, ou seja o a boneca é apenas um objeto, porém o mesmo ato com representação se torna lúdico
as crianças muito menores querem satisfazer seus desejos imediatamente, porém se for agradada logo esquecerá, já na criança em idade pré-escolar essa situação ocorre de forma diferente, pois é quando
surgem os desejos que não podem ser satisfeitos e nem esquecidos e “Para resolver
essa tensão, a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo”
Ou seja, quando seu desejo não pode ser
imediatamente realizado a criança concretiza-o por meio do brincar onde ela utliliza-se do seu imaginário.
2. ENQUANTO BRINCAVA, LAURA RELATAVA O QUE ESTAVA FAZENDO. COMO VOCÊ APROVEITARIA ESTE MOMENTO PARA DESENVOLVER A LINGUAGEM ORAL E CONHECER MELHOR O HISTÓRICO FAMILIAR DA PACIENTE?
CASO III - O paciente Pedro Paulo tem a linguagem bastante desenvolvida para a sua idade, porém manifestou somente quando solicitado. Possui boa motricidade. É capaz de desenhar, escrever o próprio nome. Escreve outras palavras, utilizando apenas algumas letras da palavra (pré-silábico). Explora objetos e situações novas. É uma criança apática, dominada, sem decisões próprias, demonstra muita insegurança principalmente quando está manuseando objetos escolares.
Vê na família, principalmente a mãe, aquela que sabe tudo, que comanda tudo. Colocaa em papel de destaque e em tamanho maior que os outros elementos.
Segundo Freud, se encontra na fase fálica, com exagerado apego à mãe. É uma criança capaz de ouvir e reproduzir o que ouviu.
Demonstrou organização e lógica de pensamento e de acordo com as reações diante dos objetos escolares. O paciente sente aversão à escola, fato este que pode ser conseqüência do pouco desenvolvimento em relação à escrita e leitura e ele se sente inferior perante o seu grupo. Não vê na escoa, ainda um espaço de crescimento, formação, alegria e bem estar.
É preciso trabalhar resgatando sua auto-estima, oferecendo-lhe e possibilitando-lhe mostrar seu potencial, para que desenvolva suas
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