Capitalismo dependente e a psicologia no Brasil: das alternativas á psicologia crítica.
Por: Ednelso245 • 7/5/2018 • 1.326 Palavras (6 Páginas) • 441 Visualizações
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- Quais são o três espaço de atuação da psicologia vistas como essenciais para o desenvolvimento de praticas criticas?
R: A primeira esfera é das politicas sociais e publicas cujo objetivo é atender os setores mais pobres da sociedade, sendo assim é a proposta de uma psicologia que se comprometer com as classe subalterna. A psicologia politicas sociais no Brasil contribui na formulação, gestão, execução, monitoramento e avaliação das politicas publicas. A segunda esfera é a psicologia social comunitária, que nos anos 70 não procurou deselitizar a profissão como também contribuiu para o fortalecimento dos movimentos populares contra ditadura. Atualmente a psicologia social comunitária fundamenta-se nas teorias da historicidade dos fenômenos psicológicos e a unidade dialética da relação individuo e sociedade. A terceira, e ultima, esfera é a luta antimanicomial que surge no final do anos 60 e ao longo dos anos 70, resumindo, os manicômios da época eram constituídos por controle, violência e exclusão. Apesar da participação dos psicólogos ser pequena no inicio, esse cenário muda a partir dos anos 80 com a crescente participação dos profissionais nos equipamentos públicos de saúde. Atualmente se há produção de um conjunto de sistematização teórica sobre a luta antimanicomial e praticas alternativas ao modelo hospitalocêntrico.
- Como ocorreu a formação das correntes teóricas na psicologia critica?
R: As primeiras analisas criticas na psicologia brasileiras surgem na primeira metade do século XX. Mas as elaborações de teorias sistemáticas passam a surgi na década de 80, quando os teóricos críticos tentaram responder as diversas crises da psicologia no Brasil. Dentro do contexto histórico da época, há elementos que explicam o movimento. Esses elementos são o processo de reorganização da classe trabalhadora contra a burguesia, a entrada de entidades de oposição da psicologia, a difusão e criação de organizações psicanalíticas, a formação de associações e círculos de estudo e intervenção do movimento institucionalista, a difusão dos movimentos de saúde coletiva e luta antimanicomial, a fundação da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) e o processo de expansão da pesquisa nas universidades brasileiras.
- Como surgiu a psicologia social critica brasileira?
R: A psicologia social critica surge dos reflexos da “crise” da psicologia entre os anos 1960 e 1970. A linha teoria embora seja diversificada (teve influencias psicanalíticas e marxista, entretanto atualmente a temática é enorme). O modelo da psicologia social critica passa a ganhar corpo após congressos da Sociedade Interamericana de Psicologia. Após isso foi realizado o I Encontro Brasileiro de Psicologia Social em 1979, inclusive o surgimento da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social), cujo objetivo era a construção de uma psicologia social critica voltada para o âmbito nacional, lidando com as mais diferentes correntes teóricas desde que contribuíssem para a constituição de uma sociedade mais jutas.
- Quais foram os desafios enfrentados pela psicologia critica no brasil?
R:Segundo Lacerda Jr é possível afirma que o pensamento critico na psicologia brasileira foi marcado por dois desdobramentos. O primeiro foi a ofensiva das lutas sociais que questionava as classes dominantes no Brasil que resultou no surgimento das ações, pesquisas e estudos de psicólogos brasileiros que buscavam construir uma nova sociedade e psicologia. O segundo desdobramento foi a derrota das lutas sociais contra ditadura militar e a sociedade burguesa como um todo. Essa derrota produziu um ambíguo processo na psicologia critica brasileira, intensificando a acomodação teórica de um lado e do outro criou um clima ideológico onde passou a se busca modelos e praticas alternativas, pois derrota seria produto das deficiências das “grandes narrativas anteriores”.
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