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Psicologia, Organizações e trabalho no Brasil

Por:   •  29/3/2018  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  1.244 Visualizações

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No item que avalia Organização: Cooperação (ordem, consenso, estabilidade versus Conflito (coerção, mudança) para os autores existe uma divergência, pois costuma-se enxergar as organizações mais como sistemas como sistemas de cooperação e consenso ou como sistemas competitivos, de conflitos e tensões.

E para confirmar essa colocação o autor traz um exemplo clássico que enfatiza a cooperação e o consenso, e nas palavras de Chester Barnard (1971):

São sempre as ações de pessoas, por palavras, olhares, gestos, movimentos, nunca objetos físicos, embora coisas possam ser usadas convenientemente como evidência da ação, como no caso da escrita [...]; coisas físicas são sempre uma parte do ambiente, uma parte do sistema cooperativo, mas nunca uma parte da organização. (ZANELLI, 2004, p.86 apud BARNARD, 1971, p. 96).

O sistema, pois, a que damos o nome de organização, é um sistema composto das atividades dos seres humanos. O que faz dessas atividades um sistema é o fato de os esforços de diferentes pessoas serem coordenados [...] (ZANELLI, 2004, p.86 apud BARNARD, 1971, p. 96).

Dessa forma para o autor é necessário considerar três características que distinguem uma organização: a cooperação, a adesão de seus membros com base em um propósito comum e a aptidão desses mesmos membros para a comunicação.

O último ponto de análise são as Perspectivas teóricas de análise conceitual das organizações, na qual o autor considera que existe múltiplos conceitos de organização, porém, seleciona três abordagens: cognitivista, culturalista e institucionalista.

Na visão cognitivista podemos usar a ideia de Simon, uma vez que “[...] cada indivíduo deve saber quais são as reações dos demais, a fim de determinar de maneira adequada as consequências de suas próprias ações [...]” (ZANELLI, 2004, p.90 apud SIMON, 1970, p. 73). Dessa forma para o autor, decisões são desencadeadas por estímulos, sendo o comportamento decorrente do hábito que poderá ocasionar um certo automatismo de respostas. O hábito irá desempenhar uma função ao comportamento planejado, e representa ajustamento, a uma adaptação previamente condicionada. E em uma perspectiva construcionista a investigação de um fenômeno prioriza a explicação dos processos por meio dos quais as pessoas descrevem, explicam e dão sentido ao mundo em que vivem.

A visão culturalista tem forte influência da antropologia, sendo que o conceito de cultura assume um papel central para o entendimento dessa visão nos processos organizacionais.

Para Zanelli (2004) em uma perspectiva culturalista, as organizações são minis sociedades que têm seus próprios padrões distintos de cultura e subcultura. Esses padrões – de crenças ou significados compartilhados, fragmentados ou integrados –, apoiados em várias normas operacionais e rituais, podem exercer influências decisivas na habilidade total da organização de lidar com os desafios que enfrenta.

Na visão institucionalista a sociedade é uma rede, um tecido de instituições, organizações, estabelecimentos, agentes e práticas. O texto apresenta três pilares da estrutura das instituições que são: regulatório (responsável por regras formais e informais, de vigilância e sanção que desperta comportamentos de medo/culpa ou de inocência/incorruptível), normativo (inclui tanto valores quanto normas que impõem restrições aos comportamentos sociais) e cultural-cognitivo (ênfase nas concepções compartilhadas constitutivas da natureza da realidade social e nos frames por meio dos quais significados são atribuídos). Para o autor a relevância dessa abordagem institucionalista das organizações é respaldada por sua crescente difusão nos mais diversos campos de estudo.

Logo, o capítulo Conceito e Perspectivas de Estudo das Organizações, podemos ter uma noção mais detalhada sobre as definições de organização que foi explanada desde o senso comum até o campo científico, na qual explorou conceitos nas visões propostas: cognitivista, culturalista, institucionalista e neo-institucionalista (abordagens francesa e anglo-saxônica), além dos autores apresentarem uma síntese das organizações como produto do trabalho humano.

Referência: Zanelli, J. C., Borges-Andrade, J. E. & Bastos, A. V. B. (2004). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed.

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