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Psicologia Escolar no Brasil

Por:   •  5/12/2017  •  783 Palavras (4 Páginas)  •  452 Visualizações

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Essas práticas psico-educacionais são utilizadas nos dias atuais e temos como herança uma postura não muito clara e delimitada sobre qual o real papel do psicólogo dentro da instituição educacional haja visto que é recorrente a prática de atendimento individual, postura clínica dentro deste ambiente.

Nos anos 70, chegou ao Brasil importado dos EUA, a Teoria da Carência Cultural que denunciava disparidade no rendimento escolar entre crianças com contextos socioeconómicos distintos. Segundo a teoria, crianças que compunham as classes econômicas mais pobres apresentavam baixo rendimento pois o ambiente em que viviam geravam deficiências nutricionais, cognitivos, emocionais e de linguagem e ainda eram vítimas de insegurança e desestrutura familiar. Diante dessas explicações, as escolas no Brasil passaram a adotar uma política de Programas Educacionais Compensatórios às crianças carentes e os psicólogos passaram a ter o papel de investigar e diagnosticar as deficiências dos carentes mediante testes psicológicos, detetando suas dificuldades e auxiliando os profissionais da educação nos processos de aprendizagem. Medidas como a merenda escolar, os grupos de reforço de aprendizagem, materiais escolares que estimulassem as crianças em idade de alfabetização, Pré-Escola, Escolas Municipais e Escolas Infantis foram tomadas na tentativa de solucionar os problemas nos processos educacionais. Só então nos anos 80 que foi iniciado um movimento analítico crítico sobre o papel do psicólogo na escola com base no Materialismo Histórico dialético de Karl Marx, onde os problema por detrás da aprendizagem passaram a ser reconhecidos como complexos cuja reflexão deve abarcar os aspectos históricos, econômicos, políticos e sociais.

A psicologia sempre esteve presente nos processos educativos criando parâmetros para classificar as crianças que não estavam dentro dos padrões ideias que iam de encontro aos interesses da classe hegemônica vigente nos diferentes períodos da história, criando rótulos e categorizando em normais e anormais num dado momento, depois denominando criança problema e num outro momento em deficientes ou carentes.

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