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PSICOLOGIA EM AÇÃO: PSICOLOGIAS X MAL DE ALZHEIMER

Por:   •  19/12/2018  •  2.430 Palavras (10 Páginas)  •  314 Visualizações

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Num estágio final da doença, onde as perdas cognitivas não possibilitam mais nenhuma interação, a união familiar é que confortará, para que ocorra a aceitação da perda do doente.

PSICOLOGIA DO TRÂNSITO X ALZHEIMER

A Psicologia no Trânsito estuda o comportamento dos pedestres, de todas as idades, do motorista amador e profissional, do motociclista, dos ciclistas e todos aqueles que se inserem nesse contexto. Esses comportamentos são os processos de atenção, detecção, diferenciação e percepção à tomada e os processamentos de informações, a memória a curto e longo prazo.

A doença de Alzheimer, numa fase inicial, inclui dificuldades relacionadas à memória e a outras funções importantes para a realização do ato de dirigir, como a orientação espacial, que fica prejudicada, a percepção, que é mais lenta, principalmente a atenção visual, dificultando o tempo de reação das respostas. No primeiro estágio, uma pessoa com essa doença pode até ainda conseguir dirigir, embora provavelmente tenha esquecido o caminho para determinado local, entretanto, com o passar das fases, essa pessoa esquecerá até mesmo as ações essenciais para tal ato, como pisar na embreagem, engatar a primeira marcha, etc.

Dirigir um veículo requer muita atenção e cautela, então o Psicólogo do Trânsito pode trabalhar com um paciente de Alzheimer, conscientizando-o que ele precisa de cuidado diário, auxílio e acompanhamento quando sair de casa de carro, tirando lentamente a possibilidade dele dirigir, pois, se tira no mesmo momento em que a doença for diagnosticada, estaria acabando com uma grande parte da sua independência, visto que as respostas emocionais são muito negativas e o processo de adaptação a essa mudança tão grande é muito difícil. Além disso, deve-se orientar também a família do paciente.

PSICOLOGIA EDUCACIONAL X ALZHEIMER

O Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, caracterizada, principalmente, pela perda de memória. Isso ocorre gradativamente, o que permite dividir a doença em estágios de desenvolvimento. No estágio primário, o paciente começa a ter pequenos esquecimentos, até isso se tornar uma prática. Além disso, se ele já estiver sido diagnosticado, há também o conflito com a existência da doença. Como isso aconteceu? Porque logo comigo? E o futuro, como será? Esses são alguns dos questionamentos feitos pelo portador da patologia. E, exatamente nessas questões, se encontra o papel do psicólogo, especificamente, o psicólogo educacional. A cognição figura como uma das principais áreas afetadas pela doença, todo o processo de aprendizagem é comprometido.

Memória, cognição e aprendizagem são alguns dos temas abordados pela Psicologia Educacional. Então, é necessário que o profissional explore as deficiências de cada enfermo e atue nelas, visando a melhora. Essa, na maioria das vezes, é obtida através da repetição, pois é muito difícil um portador de Alzheimer assimilar um comportamento. No próprio tratamento da doença, veem-se possibilidades de atuação do psicólogo dessa área: estimulação cognitiva, com o uso do pensamento, raciocínio lógico, atenção, memória, linguagem, planejamento e orientação, onde podem ser praticadas tarefas, como jogos, construções e resgate de histórias.

PSICOLOGIA JURÍDICA X ALZHEIMER

Psicologia jurídica é área que faz uma correlação com o Direito, tanto nas questões teóricas, como práticas, tendo como objeto de estudo os comportamentos que ocorrem ou possam ocorrer; engloba muitos aspectos. Precisa-se considerar duas ciências diferentes, que abordam um mesmo fenômeno de formas diferentes (ciências da saúde mental x direito penal). Considerando a ideia de comportamento inadequado, o comportamento inadequado é sintoma, que é a expressão de um sofrimento psíquico.

O Mal de Alzheimer envolve o declínio cognitivo gradual. Desde o estágio inicial, o enfermo pode apresentar agressividade. Então, pode cometer algum crime, como bater em alguém (agressão física), brigar na fila da farmácia e situações afins. Nos estágios seguintes, há comprometimento das funções motoras e perda de discernimento, de noção da gravidade dos seu atos, perda de memória mais grave, dificuldade de se comunicar, dificuldade motora, etc, o que vai se agravando cada vez mais, até que a lei o considera civilmente incapaz. O membro responsável pode entrar com pedido de interdição, que serve como medida de proteção para o próprio enfermo, já que o mesmo fica vulnerável à prática dos seus atos, evitando, dessa forma, sua exposição a situações de risco. Sua intervenção pode ser feita através da curatela, um instituto jurídico pelo qual o curador tem o encargo imposto pelo juiz de cuidar dos interesses da vida civil, como administrar bens, assinar documentos, etc de outra pessoa que se encontra incapaz de fazê-lo. A nomeação do curador é feita pelo juiz, que estabelece, conforme previsão legal, as atribuições desse curador. No processo de interdição, o paciente será avaliado por perito médico que atestará sua capacidade de discernimento. O laudo emitido servirá de orientação para o juiz decidir pela intervenção, ou não. Além disso, o paciente deverá ser levado até a presença do juiz (se houver possibilidade) para que este possa conhecê-lo. É como se fosse uma relação existente entre pais e filho menor de idade. A criança não pode assinar contratos, movimentar conta no banco, necessitando da representação dos seus pais para tanto. Com a interdição, podemos comparar o paciente interditado como sendo a criança, e os pais, o curador. Se o paciente não for interditado, todos os atos praticados por ele serão válidos, a princípio. Ao passo que, se ele for interditado, seus atos serão nulos.

PSICOLOGIA CLÍNICA X ALZHEIMER

O Alzheimer é uma doença degenerativa, desta forma, atinge diretamente o comportamento funcional do individuo que a porta. Quando nos lembramos do Alzheimer nos remetemos logo à perda da memória e agressão da parte do portador, mas não é só quem tem a doença que sofre com os sintomas que avançam progressivamente. Intervir numa família que está desestruturada pela presença da doença é fundamental e é justamente onde o Psicólogo Clínico pode atuar, tornando o convívio familiar com o portador da doença mais harmonioso. Além de ajudar a aceitação da enfermidade na vida do doente.

A família passa por um processo doloroso desde a revelação do diagnóstico e acompanha o processo de perdas cognitivas significativas gradativas

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