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Psicologia Organizacional e trabalhos no Brasil

Por:   •  10/4/2018  •  5.340 Palavras (22 Páginas)  •  481 Visualizações

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3. CAPÍTULO III - DIMENSÕES BÁSICAS DE ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES.

O presente capítulo com o tema: Dimensões Básicas de Análise das Organizações, buscamos compreender, e assimilar as dimensões básicas que conferem a unidade e dinamismo a uma organização, e tem sido objeto de estudo de vários pesquisadores nas últimas décadas, com o objetivo de corroborar para as organizações encontrarem estratégias para lidar com as pessoas, com o propósito de torná-las mais envolvidas com a empresa, mais satisfeitas e produtivas. Segundo Bastos (2004), esse tema é considerado como um dos mais importantes fenômenos psicossociais da área das organizações e visa entender o que vincula uma pessoa ao seu trabalho e quais as implicações deste vínculo em sua vida pessoal. Sabe-se que nos diversos tipos de organizações, inclusive nas instituições de ensino superior, o sucesso organizacional também está relacionado ao desenvolvimento e desempenho de pessoas dispostas a se dedicarem aos seus trabalhos. Antes de analisarmos as contribuições da obra, é necessária uma breve discussão sobre a definição de “Organização”. Bastos etol. (2004), procedem a uma ampla revisão dos significados existentes, começando com o sentido encontrado no dicionário do Aurélio, e relatam sete definições, entre elas: “associação ou instituição com objetivos definidos”. Em seguida, apresentam diferentes conceitos segundo as perspectivas científicas, nessas concepções pode-se destacar Etzioni entre outros, que afirmam: “Podemos reservar, sem riscos, a palavra organização para unidades planejadas, intencionalmente estruturadas com o propósito de atingir objetivos específicos”. Também apresentam as contribuições de G. Morgan que, em 1996, apresentou uma revisão das múltiplas perspectivas para análise dos “fenômenos organizacionais”. Destacando, na sua obra Imagens da organização, as metáforas utilizadas para definir “organização”: máquina, organismo, cérebro, cultura, sistema político, prisão psíquica, fluxo e transformação e instrumento de dominação. As expectativas ou como “processo” (construção social, indivíduos são os únicos agentes causais, influenciam e modelam decisões estratégicas, e as ações ditas organizacionais podem ser ações individuais). (BASTOS et. col. 2004, p.71) Após breve análise do conceito de “Organização”, podemos retomar as contribuições encontradas no capítulo três. “Os professores universitários”, o autor passa da análise do cenário para os protagonistas. Ao analisar o professor, trabalha com três dimensões cruciais para análise organizacional que busque caracterizar e entender a dinâmica dos seus processos: A estrutura, as relações da organização com seu ambiente e as estratégias organizacionais. Neste capítulo, portanto oferecem as bases conceituais para uma análise de contexto organizacional, bem como ele se estrutura e como o contexto macrossocial em que se insere, em particular, como a organização se posiciona estrategicamente frente ao ambiente A sistematização de tais dimensões foi elaborada de forma que a dimensão estrutural procura explorar o grau de formalização e divisão hierárquica. A dimensão de estratégia busca identificar o grau de participação dos agentes organizacionais no processo de definição do plano estratégico, assim, como, o seu grau de mudança e flexibilidade. Já a dimensão da relação da organização com o ambiente investiga o grau de abertura da organização com o seu ambiente externo e o grau de complexidade percebida para tal ambiente. A partir da dimensão política, busca-se identificar quais os meios e estratégias que os agentes utilizam para atender interesses pessoais e grupais no ambiente organizacional. Cada uma das dimensões foi então, caracterizadas de acordo com os modelos de gestão aqui estudados. Neste sentido o modelo de gestão pública patrimonialista configura-se com uma estrutura pré-burocrática, ou seja, uma organização com baixa departamentalização e complexidade, uma relação com o ambiente marcado por um sistema mais impermeável às pressões externas, uma estratégia definida pelo seu dirigente principal a qual é lentamente mutável e uma dimensão política caracterizada pela vontade e habilidade política do dirigente principal. No modelo de gestão pública burocrática, a estrutura organizacional configura-se como sendo formalizadas e hierarquizadas, as estratégias organizacionais são definidas com a participação dos ocupantes formais de cargos estratégicos e muda apenas em função da alteração de normas e procedimentos. A relação com o ambiente é reduzida, e pouco permeável às pressões externas, e a dimensão política caracteriza-se por mecanismos típicos de uso de domínio de informações, normas e regras em benefício particularista ou de grupos de interesse. No modelo de gestão pública gerencial, a estrutura típica é caracterizada por ser flexível e horizontalizada com formalização apenas dos objetivos e dos resultados a serem alcançados. A estratégia é definida de forma mais participativa e mutável em função das demandas dos cidadãos/clientes. A relação com o ambiente é marcada pela ênfase no atendimento das demandas dos cidadãos, sendo em função disso, de natureza instável e flexível. Já a dimensão política no modelo gerencial caracteriza-se pelo uso das funções de planejamento e orçamento como fonte típica de uso político em benefícios particularistas. A configuração do modelo de gestão das agências reguladoras pressupõe uma estrutura organizacional baseada em processos, com uma hierarquia horizontalizada e a autoridade distribuída em função das especialidades. As estratégias são tipicamente definidas por meio de negociação e conflito entre os diferentes agentes internos e externos o que caracteriza também um ambiente complexo, mutável e dinâmico. A dimensão política caracteriza-se pelo uso dos cargos e autoridade legais em função de estratégias ilegítimas, favorecendo grupos ou indivíduos tanto internos quanto externos às agências reguladoras. A configuração aqui apresentada constitui-se numa primeira tentativa de sistematizar tanto às dimensões organizacionais quanto um instrumento de análise de modelos de gestão pública. Preconiza-se submeter tal proposta à apreciação da comunidade acadêmica da área de administração pública. Este capítulo foi abordado a recapitulação de conceitos básicos no estudo das organizações. Sua divisão é meramente didática, pois cada dimensão apresentam interfaces com as demais. Os conceitos são bastante discutidos no meio acadêmico e organizacional, mas retomar seus estudos e realizar uma revisão das teorias e conceitos é mecanismos que o profissional

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