COMO PSICÓLOGOS E PSICOTERAPEUTAS DESCOBREM A FENOMENOLOGIA E O EXISTENCIALISMO
Por: SonSolimar • 5/5/2018 • 2.856 Palavras (12 Páginas) • 449 Visualizações
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O VALOR DO FENOMENOÓGICO E DO EXISTENCIAL EM PSICOLOGIA E PSICOTERAPIA.
Na psicologia e psicoterapia mostram ao paciente o que é vivido é fundamental, pois a experiência humana é única. Isso propôe demonstrar a essência, o sentido que é dado a nossa existência. Isso é proposto dentro da fenomenologia e no existencialismo, respectivamente.
A medida em que passaram a entender a fenomenologia e o existencialismo, e a aplicar os seus valores, atitudes e concepções do homem e da realidade em seu trabalho, psicólogos e psicoterepeutas sentiram imediatamente que estavam diante de um poderoso filão.
Antes da utilização do contexto fenomenológico e existencial os profissionais de saúde mental encontravam obstáculos nos atendimentos realizados com pessoas em sofrimento de superação e enfrentamento, nas suas questões existenciais.
Nietzsche relata que a utilização dos derivados da fenomenologia e do existencialismo proporcinou o desdobramento, potencialização e superação nas atitudes de negociação do vivido e da vida.
Tudo isso ganhou no âmbito das psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais codificações teóricas particulares. O que os psicólogos e psicoterapeutas fenomenológicos existenciais aprenderam pode ser resumido na teoria paradoxial da mudança, elaborada por Rogers e amplamente utilizada em gestalterapia: mudamos terapêuticamente, e existencialmente, na medida em que assumimos e afirmamos o nosso estado efetivamente vivido organismicamente.
Apesar do aprendizado obtido dos psicoterapeutas para com a fenomenologia e o existencialismo, não eram de acordo que seria sufuciente e desejável na mudança terapêutica, contudo a entrega afirmativa do cliente a sua experiência, possibilitava um enorme potencial de auto equilibração e de mudanças terapêutica e existencial.
Buber nos relata que a relação do existencialismo e a fenomenologia na prática clínica, proporciona ao pisocólogo a aproximação, o acesso ao cliente de forma a conseguir acessá-lo enquanto um tu; Desta forma o terapeuta pode entrar no modo eu-tu de funcionamento, tornando-se um eu. Esse acesso proporciona uma relação fecunda entre terapeuta e paciente, podendo ser seguida de uma sensação indescritível de admiração e plenitude. É como se fosse realmente uma ruptura do cuncionamento comum e uma abertura sutil para a dimensão ontológica que envolve todos os seres.
Apesar da existência filofofica de Hegel na compreensão da fenomenologia, não pode ser deixado de lado a afirmação enfática da necessidade desta compreensão, a partir da proposta e perspectiva epistemológica.
Identificamos sentido oposto ao termo fenômeno quando se trata de Hegel e Husserl.
Então, o que é fenômeno?
É o aspecto do real, do fantástico, da verdade, é o aparente. A aparência não é no sentido de ilusão, mas no sentido da presença na mente, chamado por Hussuel de consciência pura de algo.
É esta perpectiva da afirmação do fundamento da fenomenologia que tem mostrado profícua e rica na prática dos psicólogos e psicoterapeutas fenomenológico existencial, e que nos é muito cara.
As temáticas e as questões do outro em sua ativa desenvolvidas por Nietzsche e outros filisóficos, como Buber, são fundamentais para a teoria e prática das psicologias e psicoterapias fenomenológicas existenciais, sendo assim um dos maiores méritos da fenomenologia.
Fenomenologia:
- É uma filosofia;
- É uma metodologia;
- É uma forma de estar no mundo.
HEGEL E A PSICOLOGIA E PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL.
Nádia
A filosofia de Hegel tem uma situação peculiar com relação à fenomenologia e a filosofia da vida de Nietzsche sendo de ênfase da dialética hegeliana e da metafísica tradicional, onde a fenomenologia e a filosofia de vida de Nietzsche e o existencialismo buscam se apartar.
Sobre o idealismo de Hegel, e sobre o seu teologismo, Gerd Bornheim observa, citando e comentando Hegel:
“‘A filosofia’, escreve Hegel, ‘tem a ver tão somente com o esplendor da idéia, que se espelha na história universal.’ (...) ‘A história universal é, em si mesma, a explicação do espírito no tempo’. Evidentemente, o fundamento é entendido aqui à maneira da metafísica, porquanto o que está em jogo ‘é a verdadeira teodicéia, a justificação de Deus na história. Assim a história, o tempo e o próprio Deus passam a constituir um processo homogêneo. Contra tais inícios delirantes, a crise da metafísica logo deixaria perceber que o teologismo hegeliano termina desfigurando o processo histórico. E é então que o tempo histórico passa a conquistar seu espaço próprio”. (BORNHEIM. 1992).
Gerd Bornheim relata que o teologismo de Hegel é bem mais que a característica inicial de sua filosofia, e que esse idealismo característico é uma referência fundamental da mesma, por isso o chama de “o mestre do idealismo alemão”.
Eugen Fink, filósofo alemão que trabalhou como assistente de Edmund Husserl comenta que Nietzsche trás a inversão do idealismo, não verdadeiramente convertido, mas negado e superficialmente, o aniquilamento da concepção idealista do mundo, a destruição da religião, da moral e do ultramundo metafísico, isso através da sua destruição psicológica e um pouco mais profundamente através da abolição da alienação humana, conservando sua grandeza onde o homem é concebido como o ser que supera a si próprio e o idealismo é invertido, todas as transcendências são expressamente buscadas dentro do homem, tendo assim a máxima liberdade de criação audaciosa.
Já Deleuze, fala da relação da filosofia trágica de Nietzsche com a dialética hegeliana, destacando que a dialética não é uma visão trágica do mundo e sim a morte da tragédia, a substituição da visão trágica por uma concepção teórica (Sócrates), ou melhor ainda, por uma concepção cristã (Hegel).
“A dialética, em geral, não é uma visão trágica do mundo, mas, ao contrário, a morte da tragédia, a substituição da visão trágica por uma concepção teórica (com Sócrates), ou melhor ainda, por uma concepção cristã (com Hegel). O que se descobriu nos escritos de juventude de Hegel é também a verdade final da dialética:
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