A IMPORTÃNCIA DO DIAGNÓSTICO PARA A INTERVENÇÃO PRECOCE DA PESSOA COM AUTISMO ASSOCIADO À DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Por: Juliana2017 • 1/6/2018 • 6.241 Palavras (25 Páginas) • 395 Visualizações
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................26
REFERÊNCIAS..........................................................................................................28
INTRODUÇÂO
O tema do seguinte trabalho é Autismo e diagnóstico, para sua delimitação escolhemos abordar como tema central: A importância do diagnóstico precoce da pessoa com autismo associado à deficiência intelectual, para que ocorra uma estimulação no melhor momento da vida, ou seja, enquanto se é um bebê.
Este trabalho procura apresentar dados que elucidem a importância do diagnóstico precoce para pessoa autista, pois o quanto antes é realizado o diagnóstico mais rápido se pode fazer uma intervenção que minimize os riscos e defasagens que a síndrome acarreta.
Objetivamos, com esse trabalho, ilustrar a importância do diagnóstico precoce para a pessoa com autismo associado à deficiência intelectual, o que possibilita a realização de intervenções, como a estimulação precoce, que auxiliam no processo de desenvolvimento e minimizam os riscos da deficiência.
Para a realização deste estudo utilizaremos a pesquisa bibliográfica por meio de livros, revistas e sites relacionados ao assunto.
No primeiro capítulo enfocamos nosso trabalho nos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, onde o autismo está inserido, e falamos sobre características básicas para o diagnóstico de pessoas autistas.
No segundo capítulo abordamos as temáticas dificuldade no diagnóstico e estimulação precoce, falando sobre a importância do diagnóstico precoce para a estimulação essencial e de como seria importante que todas as crianças tivessem acesso a bons médicos e profissionais qualificados para um atendimento de qualidade.
No terceiro capítulo relatamos uma breve história do autismo, desde sua denominação por Kanner em 1943. Abordamos também as polêmicas geradas em torno das possíveis causas do autismo e sua relação com a família e o sofrimento causado à criança e a família ao responsabilizá-los pelo diagnóstico de autismo do filho.
No quarto capítulo discutimos a respeito da ideologia de inclusão, de como as escolas não estão preparadas para atender a todas as necessidades das crianças de nosso país. Falamos também sobre as leis referentes a educação especial e como seria importante para a educação brasileira se as leis de fato fossem cumpridas e realmente saíssem do papel.
Esperamos que o seguinte trabalho demonstre a importância de se melhorar a qualidade e competência para realização do diagnóstico, e em sequência podermos começar cada vez mais cedo o processo de estimulação essencial nas crianças com autismo.
- TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo abordaremos os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, onde o autismo está inserido, e discorreremos sobre características básicas para o diagnóstico de pessoas autistas.
Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM-IV o Transtorno Autista está dentro de uma secção chamada transtornos invasivos do desenvolvimento. Estes transtornos são caracterizados por apresentarem prejuízo severo e invasivo nas habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação, ou presença de comportamento, interesses e atividades estereotipados.
Dentro da secção dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento estão o Transtorno Autista, o Transtorno de Rett, o Transtorno Desintegrativo da Infância, o Transtorno de Asperger e o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Em muitos casos é possível que estes transtornos estejam associados a algum grau de deficiência intelectual e também é possível que existam mais comorbidades associadas.
1.1 Transtorno de Rett
Segundo Schwartzman (2003, p. 88), Transtorno de Rett, em 1966 Andreas Rett identificou uma condição com características de deterioração neuromotora em crianças do sexo feminino, apresentando um quadro clínico bastante singular. É considerada um das principais causas da deficiência intelectual grave no sexo feminino.
1.2 Transtorno Desintegrativo da Infância
Segundo Schwartzman (2007, p. 3), o Transtorno Desintegrativo da Infância foi descrito pela primeira vez por Heller, em 1908. Heller relatou seis casos de crianças e jovens que, após um desenvolvimento aparentemente normal, nos primeiros três a quatro anos de vida, começaram a apresentar uma perda significativa das habilidades sociais e comunicativas.
1.3 Transtorno de Asperger
Segundo Fonseca; Campos e López (2007, p. 2), Transtorno de Asperger foi descrito pela primeira vez pelo médico austríaco Hans Asperger, em 1944. Ele estudou em grupo de pacientes com inteligência normal, mas que apresentavam um prejuízo qualitativo no desenvolvimento da interação recíproca e alguns estranhos comportamentos, no entanto, sem atraso na aquisição da linguagem.
As principais características clínicas da criança com a Síndrome de Asperger são gestos comunicativos não-verbais anormais, falta de empatia, dificuldade no relacionamento com pessoas fora de seu ciclo familiar, dificuldade em expressar emoções e sentimentos, interesses restritos e repetitivos em um mesmo assunto, dificuldade com a mudança de rotina e preocupações excessivas com horários
e regras.
A capacidade de interagir com outras crianças torna-se difícil, pois é pouco empática (tem dificuldade de se colocar no lugar de outra pessoa e imaginar o que as outras pessoas estão pensando), apresenta comportamento excêntrico,suas vestimentas podem se apresentar estranhamente alinhadas (ter um jeitão diferente de se comportar e se arrumar) e também com uma grande dificuldade de socialização o que tende a torná-la solitária.
As crianças com síndrome de Asperger têm pouca habilidade de lidar com o social, o que leva a inadequações comportamentais e dificuldade no entendimento das relações humanas. São um pouco flexíveis, apresentam dificuldade em lidar com quebras de rotina e podem apresentar-se emocionalmente vulneráveis e instáveis.
Muitas vezes pessoas leigas fazem confusão entre o Transtorno Autista e o Transtorno de Asperger, dizendo que as crianças autistas são pequenos
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