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A Construção Histórica e Desafios Contemporâneos

Por:   •  25/7/2018  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  433 Visualizações

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Taylor em Princípios da administração científica, define, como objetivo principal dos sistemas em administração, assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. Negando pois o antagonismo entre os interesses capitalistas e os dos trabalhadores.

Na construção da administração cientifica, as contribuições de Taylor, de acordo com o texto, foram complementadas por Fayol. Enquanto o primeiro se ocupou em estudar o planejamento da execução das tarefas, o segundo partiu de uma visão macroscópica da organização, preocupando-se com as funções de gerenciamento.

Ford, de acordo com o texto, implantou adicionalmente um departamento social em sua empresa incluíndo uma enorme equipe de investigadores desenvolvendo todo um trabalho de levantamento de hábitos do empregado, na sua vida na empresa e fora dela, incluindo visitas a sua casa. Os empregados eram avaliados quanto à dedicação à família, aos cuidados com a casa, à aplicação do salário entre outros aspectos. Sendo muito criticado por controlar a vida integral de seus empregados.

Com as políticas de remuneração do fordismo, conseguia-se manter os empregados longe dos sindicatos, enquanto o taylorismo mobilizava a oposição sindical durante a década de 1910. Tais abordagens integrativas (taylorismo e fordismo), de acordo com o texto, vieram substituir o papel de suporte ideológico ao capitalismo tradicional, oferecido inicialmente pelo protestantismo ascético, quando este declinou em aceitação e aprovação social.

Na primeira metade do século XX, os fatos históricos configuraram um cenário de comoção Social, exigindo uma retomada do progresso econômico e uma diminuição dos conflitos trabalhistas. O primeiro fato a ser destacado, são as mudanças no plano econômico, destacando-se o keynesianismo, que surgiu em oposição às ideias liberais que dominavam o mundo capitalista até aquele momento. De acordo com o texto, Keynes, negociador do pós-guerra inglês, considerava o capitalismo liberal incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.

Dentre as características do keynesianismo, citadas no texto, podemos destacar que o mesmo conduz a análise do mercado de trabalho a um plano macroeconômico. Compreende que a dinâmica do mercado de trabalho está subordinada a uma série de variáveis macroeconômicas. Rejeita que o pleno emprego seja uma situação de equilíbrio espontâneo, derivado exclusivamente do equilíbrio entre oferta e demanda de emprego; em vez disso, defende que sua consecução demanda a regulação planejada e governamental. Keynes, de acordo com o texto, elucidou a inter-relação entre público e privado, passando a ter em conta sua interdependência no entanto sua concepção não é contraditória ao taylorismo nem ao fordismo, como modelos de organização do trabalho.

O desenvolvimento do capitalismo na primeira metade do século XX levou à tentativa de construção de um Estado do Bem-estar. Durante o período do Estado do Bem-estar, de acordo com o texto, a atividade e a produção de conhecimento sobre o ato de gerenciar alcançaram tamanha fertilidade que surgiram diversas abordagens e teorias sobre o assunto como a burocracia, a teoria estruturalista das organizações, a administração por objetivos, entre outras.

Apesar da influência do modelo de desenvolvimento do Estado do Bem-estar, Infelizmente, ele não foi aplicado homogeneamente em todo o mundo nem em todos os setores econômicos, principalmente no que diz respeito ao modo de organização do trabalho. Não se concretizando plenamente em todo o mundo, mas apenas naqueles países centrais do capitalismo. Nos países periféricos, foi só uma referência. A falta de um efetivo Estado de Bem-estar no Brasil e o prolongamento da ditadura militar, de acordo com o texto, fizeram algumas conquistas de melhores condições de trabalho ocorrer tardiamente, entre o fim da década de 1970 e meados da década de 1980, a partir do processo de abertura democrática nacional.

Desde os anos 70, de acordo com o texto, o mundo do trabalho conta com um cenário em que os marcos conjunturais são os seguintes: 1. crescimento mais lento da economia, com queda da credibilidade no progresso e no futuro; 2. Surgimento do desemprego estrutural e dissociação entre crescimento econômico e crescimento da oferta de emprego; 3. Generalizada percepção de instabilidade no emprego; 4. Persistência de várias formas de discriminação (p. ex., qualificação e gênero); 5. Tendência à redução das incompatibilidades entre instrução formal e requisitos dos postos de trabalho no núcleo moderno da economia; e 6. Persistência das trocas de trabalho pobre em conteúdo e/ou arriscado por aumento dep consumo entre a maioria da população (trabalhos precários).

Podemos perceber que o tema deste capítulo, as concepções do mundo do trabalho, como dito pelo autor é a história da incessante luta do homem pela transformação da natureza, da alienação humana promovida pelas condições específicas que o trabalho assume na produção capitalista. Os diversos padrões de acumulação capitalista não devem obscurecer o essencial: a apropriação individual do trabalho social como a marca distintiva da ordem do capital. A história do trabalho é, portanto, também a história da resistência dos homens diante dessas condições impostas para

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