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O CONSUMO DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM RISCO CARDIOVASCULAR

Por:   •  24/7/2018  •  1.635 Palavras (7 Páginas)  •  392 Visualizações

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VLDL (very low density lipoprotein): Lipoproteínas de densidade muito baixa ou, de origem hepática;

Alimentação como fator de risco cardiovascular

A Sociedade Brasileira de Cardiologia desenvolveu uma tabela de referência para valores de níveis plasmáticos de Colesterol (tabela1). Em indivíduos com uma dieta desequilibrada e com grande quantidade de alimentos de origem animal, esses níveis se mostram acima dos níveis desejadas, colocando assim essa população dentro de um considerável fator de risco cardiovascular. Assim como o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo, outros fatores de risco que não serão aprofundados nesse artigo, são condições comportamentais da sociedade moderna, que busca a praticidade em alimentos enlatados embutidos, com baixo teor de fibras e mineiras. Esse fato tem comprovadamente elevado os casos de mortalidade por DVC, um dado relevante, levando em conta que as doenças cardíacas são as maiores causadores de morte entre as doenças crônicas.

Tabela 1 – Referencia para níveis plasmáticos de colesterol

Classificação

Colesterol (mg/dl)

Desejável

Até 200 mg/dl

Limiar

Até 239 mg/dl

Elevado

A partir de 240 mg/dl

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

Como os níveis de colesterol aumentam os riscos cardiovasculares

Os alto a níveis de LDL e baixos níveis de HDL favorecem a formação das placas de gorduras nas artérias o que leva ao desenvolvimento da Doença Coronariana. Os alterosas formam-se gradualmente e desenvolvem-se irregularmente nos grandes troncos das duas artérias coronárias principais, as que rodeiam o coração e lhe fornecem o sangue. Este processo gradual é conhecido como aterosclerose. Para que o coração se contraia e bombeie o sangue normalmente, o miocárdio requer uma provisão contínua de sangue rico em oxigênio que as artérias coronárias lhe proporcionam. Porém, quando a obstrução de uma artéria coronária vai aumentando, pode desenvolver-se uma isquemia do músculo cardíaco que causa lesões graves.

A causa mais frequente de isquemia do miocárdio é a doença das artérias coronárias. As complicações principais desta doença são a angina de peito e o ataque cardíaco. Da mesma forma, o processo da urbanização observada na população brasileira teve, provavelmente, um impacto importante na incidência das doenças cardiovasculares. Sabe-se que a urbanização está associada com um perfil inadequado dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares21. O maior acesso da população à atenção primária e ao tratamento das DCV deve ser prioridade do governo brasileiro, pois as DCV são as principais causas de morte na população com mais de 60 anos, em especial, nas classes socioeconômicas menos favorecidas.

Dieta Vegetariana como prevenção de doenças cardíacas

Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, “é considerado vegetariano todo aquele que exclui de sua alimentação todos os tipos de carne, aves e peixes e seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos. O vegetarianismo inclui o veganismo, que é a prática de não utilizar produtos oriundos do reino animal para nenhum fim. O indivíduo que segue a dieta vegetariana pode ser classificado de acordo com o consumo de subprodutos animais (ovos e laticínios): Ovolactovegetariano é o vegetariano que utiliza ovos, leite e laticínios na alimentação. Lactovegetariano é o vegetariano que não utiliza ovos, mas faz uso de leite e laticínios. Ovovegetariano é o vegetariano que não utiliza laticínios mas consome ovos. Vegetariano estrito é o vegetariano que não utiliza nenhum derivado animal na sua alimentação. É também conhecido como vegetariano puro. Estudos demonstram que os vegetarianos apresentam pressão arterial mais baixa (entre 5 mmHg e 10 mmHg) que os onívoro e menor prevalência de hipertensão arterial, mesmo quando o índice de massa corporal (IMC) é similar. A mortalidade por doença isquêmica do coração (DIC) foi 24% mais baixa entre os VEGs, comparativamente aos ONIs, sendo ainda mais baixa entre os ovolactovegetarianos. O menor risco cardiovascular entre VEGs poderia ser explicado, em parte, pela ocorrência de níveis mais baixos de colesterol nesses indivíduos. A dieta vegetariana já é ultimada como medida de tratamento para pessoas com alto risco de problemas cardiovasculares. Muito se estuda sobre as dietas restritas e seus possíveis fatores negativos no organismo, como deficiência de vitaminas, porém essa carência de nutriente não acontecerá se a dieta for equilibrada e o estilo de vida do indivíduo for composto por atitudes saudáveis e exames preventivos de rotina, fatores que diminuem os riscos de problemas do coração.

Estudo comparativo vegetarianos e onívoros

Foi realizado um estudo onde participaram 76 indivíduos. Desses, 22 eram onívoros e 54 vegetarianos que foram subdivididos em três grupos, sendo 19 ovolactos, 17 lactos e 18 vegetarianos restritos. Foram medidas as concentrações de CT, TG, LDL e HDL dos indivíduos participantes do estudo. Na tabela 2 observa-se diferenças significativas entre as amostras, sendo o maior valor em onívoros e decréscimo de acordo com o grau de restrição de produtos de origem animal, com menor taxa observada em vegetarianos restritos. Com relação ao HDL, não se observa diferença significante entre as amostras de onívoros é vegetarianos.

[pic 1]

Esses números mostram como uma dieta restrita do uso de produtos de origem

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