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RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM MULHERS INICIANTES NO TREINAMENTO DE FORÇA

Por:   •  14/6/2018  •  1.794 Palavras (8 Páginas)  •  341 Visualizações

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A Organização Mundial de Saúde aponta o uso da antropometria para o cuidado aos fatores de risco das doenças crônicas. Recomenda-se a medida da cintura e do quadril, além do peso e da altura, como protocolo para avaliar o nível de gordura abdominal. Esses parâmetros antropométricos ganham destaque nas pesquisas por apresentar um baixo custo de obtenção e fácil mensuração sendo utilizados tanto na clínica quando na saúde pública. (OMS, 1995)

Diante disso o presente trabalho teve como objetivo analisar o risco de doenças cardiovasculares em mulheres iniciantes no treinamento de força.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo quantitativo de corte transversal. Segundo Minayo et at (1994), estes tipos de estudos são apropriados para descrever características das populações no que diz respeito a determinadas variáveis e os seus padrões de distribuição em um único momento e segundo a perspectiva de Ramos; Ramos; Busnello (2005) o estudo quantitativo é aquele que pode ser calculado em números e são classificados e avaliados, utilizando-se de técnicas estatísticas. O método estatístico segundo Gil (2010) Adequa-se de uma teoria estatística das possibilidades e origina um fundamental auxílio para uma investigação em ciências sociais, bem como esses procedimentos estatísticos nos fornecem um bom reforço aos resultados alcançados, sobretudo diante a experimentação.

Foram avaliadas 60 mulheres, com média de idade de 30 ± 7,8 anos, que iniciaram a prática de musculação no município de Iguatu-CE. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

Para realização da coleta de dados, foi utilizado um formulário no qual registrou-se os dados pessoais e antropométricos das voluntárias. Para a mensuração das variáveis estudadas foi utilizado o seguinte instrumento: fita métrica inelástica da marca Sanny® com precisão de 0,5 cm de largura, tanto para mensurar a medida abdominal, quanto à circunferência de cintura e quadril.

O risco das doenças cardiovasculares foi avaliado através da obesidade abdominal e pela relação cintura quadril (RCQ), de acordo com os critérios adotados por Heyward e Stolarczyk (2000) e pelo Third Report of Cholesterol Education Program (2000).

Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva, com medidas de tendência central e distribuição de frequência relativa e absoluta. A análise inferencial foi realizada pelo pacote estatístico SPSS versão 20.0 (Statistical Package for the Social Science).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da obesidade abdominal estão descritos na Tabela 1. Pode-se observar a seguir, a distribuição relativa e absoluta.

TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE ABDOMINAL

Obesidade Abdominal

Sem Risco

Risco

Alto Risco

Total

f

15

16

29

60

%

25

26,7

48,3

100%

f = frequência absoluta; % = frequência relativa.

Na análise estatística da obesidade abdominal observa-se que apresentaram risco e alto risco de desenvolver alguma patologia cardiovascular respectivamente 26,7% e 48,3% das mulheres.

Segundo Kissebah (1997), a alta concentração de gordura abdominal está diretamente proporcional a fatores de risco associados com morbidades e mortalidades elevadas, exercendo papel causal em aglomeradas anormalidades metabólicas.

Desta forma é possível constatar estudos com combinações semelhantes, Ulguim (2015) estudou 47 mulheres, dessas 22% apresentaram obesidade, sendo 30% na categoria risco e 23% alto risco.

Também corroborando sobre o assunto Girroto (2009) encontrou em seu estudo a circunferência abdominal elevada em 66,8% dos adultos estudados sendo 87,9% mulheres.

Os resultados da relação cintura/quadril (RCQ) estão descritos na Tabela 2. Pode-se observar a seguir, a distribuição relativa e absoluta.

TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DA RELAÇÃO CINTURA QUADRIL

Relação Cintura Quadril (RCQ)

Baixo Risco

Risco Moderado

Risco Alto

Muito Alto

Total

f

5

26

16

13

60

%

8,3

43,3

26,7

21,7

100%

f = frequência absoluta; % = frequência relativa.

Como observado na classificação de risco da relação cintura/quadril (RCQ) 43,3% das mulheres apresentaram risco moderado, 26,7% alto risco e 21,7% risco muito alto para saúde.

De acordo com Oliveira (2010) o Indicie de Massa corpórea (IMC) e a Relação Cintura Quadril (RCQ) apresentam-se como os indicadores antropométricos com maior aproximação no perfil lipídico de ambos os sexos. Diante disso observa-se que esses indicadores antropométricos podem ser considerados como fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Em um estudo transversal Girroto (2009) encontrou a prevalência de obesidade abdominal identificada pela RCQ, entre os 378 entrevistados, foram de 65,3% nos adultos. Sendo de 87,9% no sexo feminino, apresentando-se como um alto índice para fatores de risco de doenças coronarianas.

Ulguim (2015) apresentou em seu estudo

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