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CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE ARTROSE DE MEMBROS INFERIORES EM IDOSOS: Revisão de Literatura

Por:   •  10/10/2018  •  3.514 Palavras (15 Páginas)  •  290 Visualizações

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Dessa forma, é positiva a percepção da contribuição social e científica deste estudo, pois todo e qualquer conhecimento adicionado sempre servirá de subsídio científico, teórico e prático. Diante disto, acrescentar informações sobre a atual utilização da cinesioterapia no campo da fisioterapia facilitará em uma abordagem com sucesso proporcionando benefícios aos idosos que possuem artrose nos membros inferiores.

Isso certamente, mostra que o tema tem relevância acadêmica, pois, apesar de alguns trabalhos já publicados na área, ainda existe carência de material para se entender como esse problema tem se manifestado no contexto local, uma vez que os dados e informações existentes ainda são limitados, sendo necessários estudos de maior amplitude.

Espera-se com essa revisão da literatura a compreensão mais detalhada sobre o tema exposto, a saber, em nível acadêmico e que esse estudo possa abrir um leque de outros questionamentos que possibilitem a contribuição para a busca incessante por respostas sobre o método de cinesioterapia e sua utilização na reabilitação de idosos acometidos por artrose a partir de cada caso específico, assim como as variáveis que dela venham a surgir, a fim de enriquecer a história acadêmica e profissional de todos que pesquisam sobre a temática.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceito de Cinesioterapia

Entende-se por Cinesioterapia um termo referente às técnicas terapêuticas capazes de ajudar as pessoas a recuperar o movimento de determinadas partes do seu corpo. A palavra cinesioterapia tem origem no vocábulo grego kínesis (“movimento”) e “terapia”. Entende-se que a cinesioterapia é um exercício terapêutico que restabelece o movimento normal e a independência humana, esse recurso trabalha a amplitude de movimento, a coordenação motora, a força muscular, a resistência, o equilíbrio, a flexibilidade, a consciência corporal, a caminhada.

Todos estes elementos são de extrema importância para o movimento normal e a independência humana. A cinesiologia estuda a relação entre a saúde e a qualidade dos movimentos. Além disso, quando é desenvolvida em atividade em grupos pode contribuir na diminuição da solidão e no aumento da auto-estima.

A cinesioterapia é conceituada como o uso do movimento ou exercício como forma de tratamento. É uma técnica que baseia nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica, no objetivo de proporcionar aos pacientes um melhor e mais eficiente trabalho de prevenção, cura e reabilitação. (GUIMARÃES, 2003).

A cinesioterapia é utilizada nos idosos com o intuito de promover a manutenção da postura para evitar quedas, buscando a melhora da força muscular, a flexibilidade e equilíbrio, além disso, busca a melhora da resistência, a potência da funcionalidade do idoso e melhora da sua qualidade de vida. Segundo Fleck et al. (1999) “o termo “qualidade de vida” tem diversos significados, relacionado à saúde é definido pelo estado subjetivo (condições de saúde e funcionamento social) do paciente, ou seja, a forma de se adaptar de acordo com suas a limitações”.

Observa-se que a cinesioterapia é a terapia do movimento, que usa os movimentos naturais do corpo para realizar a recuperação funcional das patologias osteoarticulares e músculo-esqueléticas, buscando restaurar o movimento natural e homeostasia corporal.

Segundo o Portal Educação, a Cinesioterapia é algo moderno, porém ainda muito polêmico, no entanto, a cinesioterapia parece ser aquele que melhor sintetiza o vasto campo da terapia pelo movimento. Em suma, a cinesioterapia, é o treinamento planejado e sistemático de movimentos corporais, posturas ou atividades físicas, tendo como finalidades preventivas e curativas.

2.2 A utilização da Cinesioterapia no tratamento da Artrose nos membros inferiores dos idosos

É possível observar que nos dias atuais vem acontecendo muita queda de idosos, e isso muitas das vezes decorre da idade avançada dos mesmos, e em sua maioria são as mulheres as maiores vítimas de quedas. No entanto, isso acontece com o idoso devido doenças crônicas, dificuldades de mobilidade, diminuição do equilíbrio, redução da força muscular dos membros inferiores, medicamentos, problemas visuais, perturbações cognitivas. Isso devido acontecer a diminuição da reserva funcional e resistência das pessoas por causa do envelhecimento, levando assim ao aumento de risco de morte de pessoas idosas.

Segundo levantamento de dados do IBGE, a população brasileira é constituída por 10,2% de indivíduos acima de 60 anos de idade. Nas próximas décadas, o número de idosos na população tende a crescer no mundo todo. Em 2025, a população atingirá 14% de indivíduos idosos, colocando o Brasil em sexto lugar mundial em número de habitantes com mais de 60 anos de idade. (TOIGO; LEAL JUNIOR; ÁVILA; 2007).

Nas palavras de Dimbarre (2012 apud FIRMINO, 2006), “o envelhecimento fisiológico envolve uma série de alterações nas funções orgânicas e mentais, ocorrendo devido a idade avançada que estabelece seus efeitos sobre o organismo”, no qual o mesmo vai perdendo a capacidade de manter o equilíbrio homeostático e faz com que todas as funções fisiológicas gradualmente declinem. É notório que as alterações funcionais que o idoso sofre devido o envelhecimento faz com que a sua vitalidade e resistência diminua, abrindo espaço para o aparecimento de doenças. Com o passar dos anos, as alterações funcionais sofridas com o envelhecimento, diminui a vitalidade e resistência, contribuindo para o aparecimento de doenças degenerativas e de condição crônica, assim como também doenças cardiovasculares e osteoarticulares.

Diante disso, Dimbarre (2012 apud COOPER, 2002) defende essa idéia, segundo as suas palavras, “o idoso tem suas habilidades regenerativas limitadas, apresentando mudanças físicas e emocionais que o expõe ao perigo na sua qualidade de vida, podendo levar o mesmo à obter a Síndrome da Fragilidade, desenvolvendo também outras doenças”. Diante disso, Gazzola (2005) faz relato que “os exercícios cinesioterápicos possuem eficácia significativa na melhora do equilíbrio estático e dinâmico nos idosos, diminuindo o risco de quedas e melhorando a qualidade de vida”.

Deste modo, a cinesioterapia é de extrema importância para elevar a qualidade de vida do idoso, pois sabe-se que a duração do período de morbidade implica nas questões pessoais, sociais e médicas de amplas dimensões. O individuo passa por uma trajetória difícil,

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