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Radiografia dos Membros Inferiores

Por:   •  24/11/2017  •  2.654 Palavras (11 Páginas)  •  414 Visualizações

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2.2 A IMPORTANCIA DO RAIO X PARA O DIAGNOSTICO

Após a descoberta do RX, este se tornou indispensável na medicina, principalmente para os ortopedistas e traumatologistas. Uma vez que através deste exame é possível constatar várias lesões do sistema músculo – esquelético.

Apesar de serem solicitados constantemente quando há alguma suspeita de lesão óssea, a radiografia pode também identificar estruturas não ósseas. Como por exemplo, uma alteração nos tendões, músculos e ligamentos.

Assim como todo método de diagnóstico por imagem por imagem, a radiografia tem suas limitações, mas elas são excelentes nas pesquisas de lesões ósseas, degenerativas, inflamatórias, reumatologias, tumorais ou infecciosas.

Há de se lembrar também que o conhecimento prévio dos princípios de projeção da imagem radiográfica se faz necessário para o correto diagnóstico. As informações obtidas pelas radiografias podem ser as mais variadas possíveis. O diagnóstico radiológico obtido será correlacionado pelo médico solicitante com os dados de história clinica. Logo uma boa radiografia, seguida de um bom atendimento médico permite-se chegar a um diagnóstico preciso.

3. DOENÇAS

3.1 OSTEONECROSE DO QUADRIL (NECROSE AVASCULAS DA CABEÇA FEMORAL)

Osteonecrose do quadril é uma condição dolorosa que ocorre quando o suprimento de sangue para o osso é interrompido. O termo necrose significando morte celular. Seria o equivalente ao um infarto do coração, porém na cabeça femoral. Sem um suprimento de sangue as células ósseas morrem, levando a alterações do formato e funcionamento do quadril. Como consequência, a osteonecrose pode levar à destruição da articulação do quadril e artrose. Osteonecrose é também chamada de necrose avascular ou necrose asséptica. Embora possa ocorrer em qualquer osso, a osteonecrose afeta muito freqüentemente o quadril, mas especificamente a cabeça do fêmur.

A maioria dos pacientes afetados tem menos de 40 anos de idade. Este fato é muito importante na medida em que esta é uma idade ativa e os pacientes frequentemente deixam de praticar esportes, têm dificuldade para atividades simples como subir escadas ou mesmo abandonam a sua atividade profissional. O tratamento desta doença pode melhorar significativamente a vida destes pacientes.

3.1.1 Causa

A osteonecrose do quadril se desenvolve quando o suprimento de sangue para a cabeça do fêmur é interrompido. Sem alimentação adequada, o osso na cabeça do fêmur morre e gradualmente entra em colapso. Como resultado, a cartilagem articular que abrange os ossos do quadril também colapsa, levando a artrite/artrose incapacitante. A causa do desgaste é basicamente mecânica, pois com a perda da esfericidade da cabeça femoral, aumenta o atrito ao movimentar o quadril. O atrito elevado causa o desgaste em alta velocidade. O mecanismo pelo qual estas causas levam à necrose óssea é variável, incluindo dano direto aos vasos, elevação da pressão intraóssea e lesão direta das células. O resultado é a interrupção do suprimento sanguíneo e morte das células ósseas da cabeça femoral. A cabeça femoral enfraquecida acaba por colapsar e deformar na maioria dos pacientes com necrose em mais de 50% da cabeça femoral.

A osteonecrose também pode ser causada por trauma, como após uma fratura do colo do fêmur ou após uma luxação traumática do quadril. Também pode ocorrer por outras causas, nas quais podem estar envolvidas situações como: alterações da coagulação sanguínea (hipercoagulabilidade), uso crônico de corticoides, abusam de álcool, tabagismo, dislipidemias, disbarismo etc.

3.1.2 Os sintomas da osteonecrose

A osteonecrose desenvolve-se em fases. A dor no quadril é, normalmente, o primeiro sintoma. Isso pode levar a uma dor intensa ou uma dor latejante na virilha ou região glútea.A maioria dos pacientes sentem piora da dor com atividades e movimentação, porém também podem sentir dor em repouso ou acordar com dor. Conforme a doença progride, se tornará mais difícil ficar de pé e colocar peso sobre o quadril acometido. O tempo de progressão da doença através destes estágios varia de alguns meses a mais de um ano. É muito importante diagnosticar a doença precocemente, pois alguns estudos mostram que o tratamento precoce está associado com melhores resultados.

A maioria dos pacientes somente procura atendimento quando a doença já está em um estágio avançado. Deve-se ter um alto índice de suspeita em pacientes com fatores de risco como uso de corticoide e ingestão elevada de álcool.

3.1.3 Os exames de imagem

Os exames de imagem que podem ajudar o seu médico a confirmar o diagnóstico incluem:

Raios X - Esses exames criam imagens de estruturas densas, como ossos. Os raios X são utilizados para determinar se o osso da cabeça femoral entrou em colapso e em que grau.

Ressonância Nuclear Magnética (RNM) - Alterações precoces no osso que não podem aparecer em um raio-x podem ser detectadas com um exame de ressonância nuclear magnética. Esses exames são utilizados para avaliar o quanto o osso tem sido afetado pela doença. Uma ressonância magnética pode mostrar a osteonecrose bem precocemente, mesmo que ainda não cause sintomas. É um ótimo método para tentar detectar osteonecrose no quadril oposto, mesmo sem dor.

[pic 5]

Na figura 5A pode se ver a lesão de osteonecrose, um alo branco dentro da cabeça femoral com centro escuro. A seta na figura 5B demonstra o osso esclerótico(branco) e sem irrigação sanguínea. Na figura 5C o osso sem irrigação foi removido. Será colocado enxerto ósseo no local acometido.

Brannon, James K. 2012. “Nontraumatic Osteonecrosis of the Femoral Head: Endoscopic Visualization of Its Avascular Burden.” Orthopedics 35(9): e1314–22.

3.1.4 Tratamento

O tratamento dá necrose da cabeça femoral é determinado analisando-se em conjunto os sintomas e exame físico com os exames de imagem. A presença de dor, a idade, estado de saúde geral, doenças associadas, o tamanho da lesão e a localização na cabeça femoral determinarão o tratamento.

De maneira geral podemos classificar o tratamento em não cirúrgico, cirúrgico com preservação do quadril e cirúrgico com artroplastia (prótese do quadril). A decisão da melhor alternativa dependerá

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