ANTROPOFAGIA E LITERATURAS
Por: Evandro.2016 • 25/9/2017 • 2.803 Palavras (12 Páginas) • 571 Visualizações
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Em que pese à mitologia egípcia, o deus Osíris, deus da agricultura havia fomentado vegetais e a possibilidade de cultivo a fim de cessar a prática alimentar obsoleta de comer a carne de seus semelhantes.
Contudo, nas crenças inveteradas hinduísticas, a deusa da destruição na Índia era chamada como Kali, em suas seitas canibalistas eram assassinas e violentas, assim como sentiam cobiça insaciável pelo sangue humano. Tanto que, no século XIX, no templo da cidade de Calcutá, quase todos os dias uma criança era sacrificada em nome de Kali.
A promessa de encaminhar riquezas aos miseráveis, filhos aos pais inférteis e justiça aos oprimidos e injustiçados eram pressupostos autorizadores em barganha ao sangue humano. A vítima teria que ser voluntária e ciente do ato, pois se o sacrifício não fosse espontâneo seria recusado por Kali. Um casal que pretendesse ter mais filhos deveria sacrificar o primogênito à deusa indiana. Kali continuava sendo agradada pelos Binderwurs da Índia Central que degustavam a carne de seus ascendentes idosos e enfermos. Os adeptos ao Shaktismo também celebravam esses ritos de sacrifícios. Diante à colonização na Índia pelos britânicos, essas cerimônias canibalistas ficaram proibidas, bem como a queima da viúva na cremação do falecido.
Antropólogos analisaram as tribos da Papua Nova Guiné nas décadas de 1950 e 1960. Desse estudo constataram o surgimento de uma anomalia espogeforme degenerativa entre o povo Fore. A doença denominada de Kuru foi contraída durante o consumo de cérebros humanos em rituais fúnebres. Essa doença quase devastou a população Fore pode ter sido, por milhares de anos, a causa da extinção dos neandertais.
Habitantes do Sul de Papua Nova Guiné, os povoados de Huili, adotaram as lendas de Baya Horo, gigantes comedores de carne humana e que sobreviveram por longos anos. Os homens se viram obrigados a se esconderem nas cavernas. Provavelmente, os Baya Horo foram extintos devido às patologias do Kuru e assim, os homens ganharam espaço e liberdade.
Essas lendas envolvendo gigantes canibais eram idolatradas por culturas na África, Índia, Ásia e Europa, assim como os canibais representavam povos que deveriam ser temidos.
No ano de 1999, na caverna próxima ao Rio Rhone, na França, foram localizadas ossadas de neandertais, em torno de 100 (cem) mil anos. De acordo com a aparência dos 06 (seis) ossos existiam vestígios de rompimento dos crânios com instrumentos primitivos e mandíbulas removidas, que presumem a teoria dos cérebros ingeridos. A descoberta desses esqueletos serviu de base a teoria de 2008 que tentava explicar como ocorreu o desaparecimento misterioso dos neandertais. Essa erradicação permitiu o surgimento dos homo sapiens.
2 DESENVOLVIMENTO
O canibalismo ou antropofagia possuem diferentes classificações, dentre elas existem a patológica, consensual, não consensual e por necessidade de sobrevivência.
Especialistas defendem a antropofagia patológica quando abarca homicídios, transtornos de personalidade, crueldade e excitação sexual. A parafilia representa o desejo sexual em devorar a carne humana enquanto a varorefilia representa o prazer sexual da pessoa no pensamento de ser degustado vivo por outrem ou pela raça animal. Contudo, os assassinos carnívoros possuem motivos individualizados no tocante ao devoramento da carne humana como equiparação aos rituais de canibalismos costumeiros.
No caso de Jeffrey Dahmer, o autor do fato declarou ao repórter Stone Phillips que o exercício do canibalismo fazia sentido, uma vez que suas vítimas existiriam eternamente através dele, com isso houve a instigação ao prazer sexual, enquanto o assassino em série Edmund Kepper matou alguns estudantes colegiais no estado da Califórnia, situado nos Estados Unidos da América, alimentando-se da carne humana de pelo menos duas presas, pois seria o invencível método de possuí-las sem que houvesse rejeição.
Já os estripadores de Chicago constituídos de quatro partícipes do culto satânico acometiam-nas ao estupro, à violência e à morte e, conseqüentemente alimentavam-se da carne de seus seios, tendo em vista classificá-las como carne pura.
Albert Fish escolheu comer a carne de pimpolhos pela remota curiosidade, que ensejou de molestador de crianças para assassino em série. De acordo com suas declarações, o lombo da vítima de doze anos, a menina Grace Budd era doce e tenro, era masoquita e usualmente introduzia agulhas entre o ânus e o saco escrotal. A punição estatal americano foi o extermínio na cadeira elétrica.
O alemão Armin Mewies uniu a curiosidade e a volúpia sexual que serviu de estímulo para devorar Bernd Brandes no ano de 2001. Já o soviético Andrei Chikatilo possui um histórico de 52 homicídios os quais consumia seios, genitálias e testículos cozidos. Todos os assassinatos foram provenientes de abalos da infância. A genitora do assassino sustentava que o irmão primogênito teria sido raptado por vizinhos e transformado em alimento durante um período de exorbitante fome.
O caçador John Johntson, angustiado pela morte de sua esposa pela tribo Crow realizou um massacre nas montanhas rochosas do colorado. A ira do viúvo foi ao extremo de matar inúmeros membros tribais, devorando seus fígados crus ainda quentes como provas de desprezo e vingança.
Certos estudiosos denotam o hábito de mascar unhas um ato de autocanibalismo, embora pela prática contínua da sociedade seja desclassificado do rol exemplificativo de mutilação corporal.
Em 1934, nos Estados Unidos, aconteceu um autocanibalismo forçado. Um cidadão negro conhecido como Claude Neal foi aprisionado e espancado por cerca de dois mil homens brancos após suspeitas no extermínio de Lola Cannidy aos 20 anos de idade. Foi preso e levado sob custódia, confessando o delito em 19 de outubro de 1934. Diante ao clamor rancoroso da sociedade, o xerife W. F. Chambliss, do condado de Jackson determinou a transferência do jovem à Chipley na companhia de sua genitora e de sua tia. Contudo, na madrugada de 26 de outubro do corrente ano, Claude fora retirado do presídio de Brewton e conduzido por 200 milhas ao transcorrer de Highway número 231. Em torno de 12 horas foi maltratado antes do óbito. Alguns membros de seu corpo foram mutilados, sendo obrigados a ingerir os testículos e um dedo após o decepamento do pênis, sua pele foi arrancada e corpo carbonizado. Outro caso monstruoso foi da nobre Elizabeth Báthory em que fora considerada uma renomada matadora, impondo aos seus mártires a comerem as partes de seus corpos decepados cozidas.
Em 2011, Nova
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