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POTÊNCIA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES DE CICLISTAS E CORREDORES DE RUA DE TERESINA - PI

Por:   •  25/9/2018  •  5.139 Palavras (21 Páginas)  •  344 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

Durante muito tempo têm sido abordados, de formas diferentes, os conceitos e aplicações da aptidão física, englobando principalmente a saúde e a performance. Entre todos os componentes da aptidão física podemos destacar a potência muscular como ótimo preditor da força máxima, importante tanto para a qualidade de vida como para o melhor desempenho em atividades de alto rendimento (WEINECK, 1989).

A potência muscular é caracterizada por uma força de contração máxima, necessária para vencer uma sobrecarga na maior velocidade possível necessitando de uma combinação excelente entre aplicação da força e velocidade, tendo em vista que quanto maior a força ou velocidade do movimento maior será a potência gerada (WEINECK, 1989; BARBANTI, 2002).

O desempenho nos saltos verticais (SV) é utilizado como um ótimo indicador da produção dos níveis de potência muscular gerada pelos músculos dos membros inferiores em diversas modalidades que precisam de ações explosivas, tais como corrida e ciclismo (BOSCO, 2007).

Estudos têm mostrado que diversos parâmetros como o nível de força máxima (Fmáx), o tempo para atingir a força máxima (TFmax) e a taxa de desenvolvimento da força (TDF), estão relacionados com o desempenho nos saltos verticais (STONE et al, 2003;MCLELLAN et al, 2011).

Desta forma, padrões de força, determinantes da potência de membros inferiores, relacionam-se com a performance nos testes de SV, especialmente no Counter Moviment Jump (CMJ) e no Squat Jump (SJ) (KRASKA et al, 2009; MCLELLAN et al, 2011), onde a distinção destes aspectos pode ser útil para a especificidade do treino em modalidades que fazem uso de ações explosivas, porém com ações motoras diferentes como no ciclismo e na corrida de rua.

O presente estudo trará ótimos resultados para os praticantes de ciclismo e corredores de rua, tendo em vista que os conhecimentos adquiridos servirão de base para orientação de atletas, treinadores e profissionais, subsidiando estratégias de treinamento mais específicas e com o objetivo de melhorar a potência dos membros inferiores.

- Tema

Potência muscular de membros inferiores de ciclistas e corredores de rua.

- Problema

Qual modalidade, ciclismo ou corrida de rua, apresenta uma maior potência de membros inferiores?

1.3 Hipótese

Levando em consideração os testes de salto verticais para análise da potência muscular de membros inferiores, é esperado que:

H1: A potência de membros inferiores de corredores é maior do que a de ciclistas.

H2: A potência de membros inferiores de corredores é menor do que a de ciclistas.

1.4 Objetivo geral

Comparar a potência muscular de membros inferiores no salto vertical de corredores de rua e de ciclistas de Teresina-PI.

1.5 Objetivos específicos

Avaliar a potência média de membros inferiores no salto vertical de corredores de rua e ciclistas através dos protocolos Liza Lite e Sargent jump test.

Comparar a velocidade, altura e tempo de vôo na impulsão vertical de corredores de rua e ciclistas.

Caracterizar os ciclistas e corredores de rua quanto a prática da modalidade.

1.6 JUSTIFICATIVA

O desempenho nos saltos verticais é visto como um ótimo indicador da produção de níveis de potência muscular gerada pelos músculos de membros inferiores, neste sentido, o SV torna-se de suma importância no desempenho em diversas modalidades que precisam de ações explosivas, tais como corrida e ciclismo (BOSCO, 2007). Segundo Fleck & Kraemer (2008), “potência é a velocidade em que se cumpre o trabalho” ou força dividida pela unidade de tempo (ZATSIORSKY, 1999). Fica perceptível uma relação hiperbólica entre força e velocidade, precisando assim, de uma combinação excelente no emprego de tais variáveis para otimização da potência gerada (HILL, 1938).

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Corrida

Correr é uma destreza natural do ser humano que aparece nos primeiros anos de vida com estímulos estreitamente ligados ao desenvolvimento motor da criança, especialmente no que se refere à análise e/ou exploração do ambiente em que habita (MIRANDA, 2007; SALGADO; CHACON-MIKAHIL, 2006).

Segundo Serrão (2001), dentre os vários tipos existentes de movimento, o mais usado é sem dúvida a marcha, caracterizada por uma associação de movimentos de translação para todo o corpo.

Tendo em vista que, as duas formas da marcha humana são caminhar e correr, a corrida desperta maior atenção, não só por ser o meio mais rápido, mas também por ser utilizada em forma de competição na maioria dos desportos, especificamente em corridas de alto rendimento, como as de rua. Atualmente o critério da Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) define as corridas de rua como provas de pedestrianismo, disputadas em circuitos de rua (ruas, avenidas, estradas) com distâncias oficiais variando de 5 km a 100 km (SALGADO; CHACON-MIKHAIL, 2006).

O surgimento da corrida de rua, segundo Dallari (2009), data do século XVII, período em que os atletas eram naturais das classes trabalhadoras e cuja primeira competição classificatória aconteceu em 1837, com percurso de 84 km. O marco fundamental da história das corridas de rua foi a maratona Olímpica de 40Km, realizada em 1896, na cidade de Atenas. No Brasil os registros referentes às corridas de rua são posteriores, com a identificação da maior prova de corrida de Rua do Brasil, realizada no dia 31 de Dezembro de 1925 na cidade de São Paulo, conhecida como a Corrida de São Silvestre que apresentou no início, 60 atletas concluintes e em 2013, mais de 22.000 (ROJO, 2014).

A corrida de rua entre todas as idades, se tornou uma atividade ou fenômeno sociocultural, com diferentes significados, nos últimos anos, deixando de ser competitiva e adotando o cuidado com a saúde como objetivo especifico (MIRANDA, 2007; SALGADO e CHACON-MIKAHIL,

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