EFETUIDADE DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO SE COMPARADO AO TRATAMENTO COM ELETROCONVULSOTERAPIA EM PACIENTES COM DEPRESSÃO GRAVE: REVISÃO SISTEMÁTICA
Por: Sara • 27/9/2017 • 3.176 Palavras (13 Páginas) • 587 Visualizações
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Entre a adesão e não-adesão do tratamento farmacológico pesquisas demonstram que depende de como o próprio doente vê o tratamento, observando-se que muitos abandonam o tratamento por fatores cotidianos e intrapessoais como, dificuldade de acesso ao serviço de saúde, seu próprio desejo em continuar o tratamento, relacionamento pessoal, tempo de dedicação para com o tratamento médico, dentre outros. Nessa perspectiva, criou-se um novo método que possa substituir o mesmo tendo porém os mesmos princípios terapêuticos, à eletroconvulsoterapia (MARINÊS e RITA 2009).
A eletroconvulsoterapia é caracterizada por uma técnica que utiliza a emissão de um determinado grau de corrente elétrica, sob anestesia, no paciente em crise depressiva na qual provoca convulsão, sendo mais eficiente que a terapia medicamentosa.Contudo antes do início dessa terapia é necessária uma avaliação clínica criteriosa juntamente com exames que determinem o exato estado mental do paciente para determinar tal tratamento (HUSAIN SS, 2009).
Desta forma, o objetivo desta revisão, foi de verificar a efetuidade do tratamento com a eletroconvulsoterapia em pacientes com depressão grave que não são adeptos ao tratamento farmacológico.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 MÉTODO
2.1.1Tipo de estudo e critérios de inclusão
Revisão sistemática de ensaios clínicos aleatórios de acordo com os critérios da Colaboração Cochrane e Prisma-Statement. Foram incluídos nesta revisão apenas ensaios clínicos aleatórios sobreo tratamento da depressão por meio farmacológico e eletroconvulsoterapia, em pacientes diagnosticados com depressão grave que não consegue aderir adequadamente ao tratamento farmacológico. Não houve restrição quanto ao idioma e idade dos pacientes.
2.1.2 Critérios de exclusão
Foram excluídos desta revisão ensaios clínicos que tiveram como intervenção principal outros tratamentos para pacientes em depressão que não fossem farmacológico e a eletroconvulsoterapia, ensaios clínicos não aleatórios e quando o tipo de desfecho clínico não fosse o proposto pelo estudo.
2.1.3 Tipos de Desfechos
Os desfechos avaliados foram: qualidade de vida, tristeza, desestímulo, desespero, dores, alteração no sono, perda de peso, fadiga e irritabilidade.
2.1.4 Estratégia de busca para Identificação de Estudos
A estratégia de busca foi realizada por meio detrês pesquisadores independentes, nas seguintes bases de dados: LILACS (Latin American andCaribbean Health Science, 1982-2014), SCIELO (ScientificElectronic Library Online, 1998-2014), MEDLINE (Medlars Online, 1966-2011) e PUBMED com o auxílio do professor orientador desta referida revisão,utilizando como descritores: eletroconvulterpia, depressão e tratamento farmacológico. Também foram utilizadas palavras como: pacientes, transtornos mentais, ensaio clínico e revisão sistemática. Sendo que todos os descritores foram usados na língua portuguesa e identificados por meio de consulta ao DeCSBireme (www.decs.bvs.br).
2.1.5 Avaliação do Risco de Vies (Erro Metodologico)
Para evitar viés de seleção, a validade interna dos estudos inclusos foi avaliada por dois revisores de forma independente e no caso de discordância entre estes, um terceiro revisor foi solicitado. Para esta avaliação foram seguidas as recomendações da Cochrane CollaborationHandbook e foram utilizados os itens: aleatorização, ocultação da alocação e mascaramento do avaliador e foram classificados como “baixo risco” quando claramente descritos, “alto risco” quando não descritos e “indeterminado” quando descritos de forma não clara no texto.
3 RESULTADOS
Foram encontrados inicialmente 30 artigos e destes, 10 foram excluídos inicialmente por estarem duplicados. Após breve leitura dos títulos 20 estudos completos foram avaliados, 12 foram excluídos e 06 preencheram os critérios de inclusão. Apenas dois estudos estavam em língua inglesa, os demais em língua portuguesa. Na figura 1 do apêndice 1, está o fluxograma de estratégia de busca com os resultados individuais com a base de dados da pesquisa.
Fez parte dos estudos um total de 10421 pessoas, sendo que destes, 349 tinham o diagnóstico de Depressão Resistente, 310 com o diagnóstico de Depressão, 531 foram submetidos a ECT (eletroconvulsoterapia) e 105 deprimidos foram avaliados pela Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton, porém para o diagóstico de depressão maior todos foram avaliados por essa mesma escala. Os estudos são apresentados na tabela 1 do apêndice 2.
De acordo com os critérios de classificação da Colaboração Cochrane, Tundo, et al.2015, realizou a aleatorização, sendo que foi especificado como o procedimento foi realizado, sendo classificado como baixo risco de viés. No item ocultação de alocação não informou em seu estudo se houve ou não, sendo classificado como alto risco de viés. No item mascaramento do avaliador não informou se houve mascaramento ou não, sendo classificado como alto risco de viés. E no item follow up exixte um baixo risco de viés, pois a pesquisa foi realizada através de outros ensaios clínicos.
Salehi, et al. 2015, realizou a aleatorização, sendo que foi especificado como o procedimento foi realizado, sendo classificado como baixo risco de viés. No item ocultação de alocação não informou em seu estudo se houve ou não, sendo classificado como alto risco de viés. No item mascaramento do avaliador não informou se houve mascaramento ou não, sendo classificado como alto risco de viés. E no item follow up exixte um baixo risco de viés, pois a pesquisa foi realizada através de outros ensaios clínicos.
Freire, et al. 2014, realizou a aleatorização, sendo que foi especificado como o procedimento foi realizado, sendo classificado como baixo risco de viés. No item ocultação de alocação não informou em seu estudo se houve ou não, sendo classificado como alto risco de viés. No item mascaramento do avaliador não informou se houve mascaramento ou não, sendo classificado como alto risco de viés. E no item follow up exixte um baixo risco de viés, pois a pesquisa foi realizada através de outros ensaios clínicos.
Ibanez, et al. 2014, realizou a aleatorização, sendo que foi especificado como o procedimento foi realizado, sendo classificado como baixo risco de viés. No item ocultação de alocação
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